Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

domingo, 8 de maio de 2011

Onde Pousou a Arca de Noé?!

Ora essa! Toda a gente sabe que foi no monte Ararate… Pelo menos é o que a grande maioria das pessoas irá responder, mas será que foi exactamente nesse lugar?! Tenho razões suficientes para pensar que não, e não estou de maneira nenhuma a pôr em causa o relato bíblico, pelo contrário. Existem pequenos detalhes que poderão fazer muita diferença.
Muitos poderão ainda considerar esta pergunta completamente descabida, uma vez que muitos investigadores apresentaram algumas provas de que a (suposta) arca está no monte Ararate. Existem mesmo aqueles que dizem ter visto a arca.
No entanto, nada em concreto pode ser apresentado a esse respeito, continuando um mistério!
Não sou nenhum perito no assunto, mas gostaria de apresentar rapidamente algumas considerações sobre este tema, fruto de reflexão juntamente com minha esposa.
E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate.” Gén. 8:4.
Depois de a arca ter andado à deriva sobre o grande oceano diluviano durante cerca de 5 meses (Gén. 7: 11, 17, 24; 8: 3, 4), finalmente repousou “sobre os montes de Ararate”. É interessante que Ararate parece referir-se não a um monte em específico, mas a um conjunto de montanhas. Por outro lado, a língua hebraica só se passou a escrever com vogais já no final do 1º milénio da nossa era. Muito possivelmente esta palavra que originalmente se escrevia apenas com as consoantes “rrt”, poderá ter sido alterada quando os massoretas judaicos inventaram um sistema de pontos para não se perder a pronúncia que havia em sua época.
Na descrição bíblica da habitação dos descendentes de Sem, existem dois nomes geográficos à volta dos quais existem ainda bastantes dúvidas quanto à sua verdadeira localização:
E foi a sua habitação desde Messa, indo para Sefar, montanha do oriente.” Gén. 10:30.
Ou seja, não sabemos exactamente a localização de Messa e Sefar. Contudo lemos que Sefar era uma montanha ou a montanha do Oriente. Embora pareça uma pista vaga, visto que o Oriente é muito grande, pode ser bastante útil, tendo em conta o contexto bíblico:
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.” Gén. 11:2.
À pista anterior juntam-se agora mais algumas. Desde já devemos interrogar-nos sobre quem é que partiu do Oriente, e onde é a terra de Sinar. Se lermos atentamente o contexto dos cap. 10 e 11 de Génesis, facilmente podemos compreender que dentre os filhos de Noé houve um grupo que deixou o Oriente em direcção à terra de Sinar, e ali construíram a famosa torre de Babel. Este grupo era constituído por rebeldes que desprezaram a promessa do Deus eterno (Gén. 9: 11-14), de que não mais haveria um dilúvio. Estes decidiram precaver-se construindo um refúgio para um eventual acontecimento do género.
Podemos ainda deduzir que antes que os descendentes de Noé se separassem, posteriormente, pelas terras mencionadas no cap. 10, estariam todos juntos nos “montes do Ararate”, onde repousou a arca. Onde? Algures numa “montanha do Oriente” ou a Oriente de Sinar, de onde está escrito que partiram os construtores de Babel.
Quanto à terra de Sinar, onde em certo vale ou planície se construiu esta torre, sabemos sem margem de dúvida que se refere à actual região do Iraque, antiga Babilónia e região da Mesopotâmia (Gén. 10: 10).
Analisando um mapa do local, facilmente podemos perceber que o actual monte Ararate não fica a Oriente de Sinar, mas ao norte, na parte leste da actual região da Turquia, perto da Arménia, Irão, e Azerbeijão. É ainda interessante notar que o nome “Ararate” pode não ter sido um nome original, mas a junção de dois nomes Aras e Murat, dois rios entre os quais se situa o actual monte Ararate.
Por outro lado, sabendo que este monte é um estrato-vulcão, e que o vulcanismo é resultado da acção do dilúvio sobre a Terra, então a ideia de que o nome Ararate, conforme se encontra actualmente escrito nas nossas Bíblias, se refira ao actual Ararate, torna-se ainda mais inconsistente. Ellen White escreveu algo muito interessante a este respeito:
Nesse tempo [depois do dilúvio] imensas florestas foram sepultadas. Estas foram depois transformadas em carvão, formando as extensas camadas carboníferas que hoje existem, e também fornecendo grande quantidade de óleo. O carvão e o óleo freqüentemente se acendem e queimam debaixo da superfície da Terra. Assim as rochas são aquecidas, queimada a pedra de cal, e derretido o minério de ferro. A ação da água sobre a cal aumenta a fúria do intenso calor, e determina os terremotos, vulcões e violentas erupções. Vindo o fogo e a água em contato com as camadas de pedra e minério, há violentas explosões subterrâneas, as quais repercutem como soturnos trovões. O ar se acha quente e sufocante. Seguem-se erupções vulcânicas; e, deixando estas muitas vezes de dar vazão suficiente aos elementos aquecidos, a própria terra é agitada, o terreno se ergue e dilata-se como as ondas do mar, aparecem grandes fendas, e algumas vezes cidades, vilas, e montanhas a arder são tragadas. Estas assombrosas manifestações serão mais e mais freqüentes e terríveis precisamente antes da segunda vinda de Cristo e do fim do mundo, como sinais de sua imediata destruição. ” Patriarcas e Profetas, pág. 108, 109.
Ou seja, o monte Ararate, tal como se encontra actualmente, é uma montanha, pelo menos em grande percentagem, de formação pós-diluviana, devido a erupções vulcânicas desde esse tempo para cá. Pelo facto de se poderem encontrar fósseis e até mesmo minas de sal no topo da montanha, fica a dúvida se uma parte da estrutura da montanha poderia já existir ou não antes do dilúvio, uma vez que também neste mesmo capítulo do Patriarcas e Profetas, a serva do Senhor fala de “um vento violento” que alterou em grande medida a estrutura geográfica da Terra.
No entanto, Ellen escreveu ainda duas outras frases que projectam mais luz sobre este tema:
As águas tinham estado quinze côvados acima das mais altas montanhas. O Senhor se lembrou de Noé, e à medida que as águas diminuiram, fez a arca descansar sobre o topo de um conjunto de montanhas, que Deus em seu poder tinha preservado e feito ficar firmes durante toda a violenta tempestade. Estas montanhas estavam separadas [umas das outras] apenas por uma pequena distância, e a arca moveu-se e repousou sobre uma, depois sobre outra destas montanhas, e não foi mais conduzida sobre o vasto oceano. Isso trouxe grande alívio a Noé e a todos os que estavam dentro da arca. À medida que as montanhas e colinas apareceram, estavam numa condição quebrada, áspera, e tudo em torno delas apareceu como um mar de água turva ou lama mole.” Spiritual Gifts, vol. 3, pág. 77.

As águas subiram quinze côvados acima das mais altas montanhas. Pareceu muitas vezes à família, que estava dentro da arca, que deveriam perecer, tendo sido o seu barco durante cinco longos meses arremessado de um lado para outro, aparentemente por conta do vento e das ondas. Foi uma prova severa; mas a fé de Noé não vacilou, pois tinha certeza de que a mão divina estava ao leme. 

Começando a baixar as águas, o Senhor fez com que a arca flutuasse para um lugar protegido por um grupo de montanhas, que por Seu poder haviam sido preservadas. Essas montanhas estavam a pouca distância uma das outras, e a arca moveu-se em direção àquele abrigo calmo, e não mais foi levada sobre o ilimitado oceano. Isto deu grande alívio aos viajantes cansados e arremessados pela tempestade.” Patriarcas e Profetas, pág. 105.

Tendo em conta que Deus protegeu o conjunto de montanhas no meio das quais a arca de Noé repousou, não sendo estas afectadas pelo dilúvio, nem a composição geológica nem a estrutura e forma do actual monte Ararate se enquadram nesta descrição da pena inspirada. Esta descrição se enquadra mais com uma cordilheira de montanhas, onde existisse talvez um género de planalto no meio, a fim de que a arca de Noé pudesse repousar em segurança e não mais fosse arrastada pela correnteza das águas.

À medida que as águas iam baixando, os cumes das montanhas foram aparecendo, o que sugere que este local fosse bastante elevado em relação às demais montanhas. Tendo em conta que este conjunto de montanhas se encontrava a Oriente de Sinar, poderíamos até imaginar que alguma das altas montanhas do actual Irão, onde se insira um planalto, pudesse corresponder à descrição dada em cima. Alguns sugerem, por exemplo, os montes Zagros no Irão. Seria porventura alguma outra montanha do Oriente?!

Não sei! Uma coisa é certa: acredito que a influência da tradição judaico-cristã de que o monte Ararate é o monte onde repousou a arca de Noé, está afastar as atenções do verdadeiro lugar onde eventualmente ela ainda esteja, por falta de atenção ao relato bíblico. Se propositadamente ou não, não sei, mas há ainda muito por descobrir acerca deste tema.

Este grupo de montanhas deve conservar traços do mundo antediluviano, e é certamente a mais antiga de todas. Serão então as únicas cujo interior está intacto, sem fósseis ou minas, sem diferentes estratos geológicos, cuja descoberta revelará não só a arca de Noé, mas também, acredito, outras verdades desconhecidas!

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A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


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Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.