Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Novas Verdades

O profeta do Altíssimo declara que nos últimos dias o conhecimento devia aumentar. Há novas verdades a ser reveladas ao investigador humilde. Os ensinamentos da palavra do Altíssimo devem ser desembaraçados de erros e superstição com os quais tem sido entravada.


Ellen White escreveu claramente acerca da importância de nos libertarmos dos erros doutrinários em que nossos pais caminharam, afirmando sobre a necessidade de continuar a obra da reforma. Isto demonstra que ela compreendia que ainda havia erros que precisavam ser banidos do meio dos adventistas do sétimo dia, e que havia coisas que precisavam de ser clarificadas. Por outro lado, ela apela para o nosso dever de aceitar a luz da verdade em toda a sua dimensão, caso contrário seremos envoltos em trevas e rejeitados pelo Altíssimo .

As frases seguintes encontram-se em Spirit of Profecy, vol. 4 (1884), pág. 186, par. 2 e 3. Quero partilhá-las, pois além de serem sumamente interessantes e apropriadamente aplicáveis ao tempo em que vivemos, não as encontrei no actual livro O Grande Conflito.

“We shall not be accepted and honored of God in doing the same work that our fathers did. We do not occupy the position which they occupied in the unfolding of truth. In order to be accepted and honored as they were, we must improve the light which shines upon us, as they improved that which shone upon them; we must do as they would have done, had they lived in our day. Luther and the Wesleys were reformers in their time. It is our duty to continue the work of reform. If we neglect to heed the light, it will become darkness; and the degree of darkness will be proportionate to the light rejected. {4SP 186.2}

The prophet of God declares that in the last days knowledge shall be increased. There are new truths to be revealed to the humble seeker. The teachings of God’s word are to be freed from the errors and superstition with which they have been encumbered. Doctrines that are not sanctioned by the Scriptures have been widely taught, and many have honestly accepted them; but when the truth is revealed, it becomes the duty of every one to accept it. Those who allow worldly interests, desire for popularity, or pride of opinion, to separate them from the truth, must render an account to God for their neglect. {4SP 186.3}”

TRADUÇÃO: “Nós não seremos aceites e honrados pelo Altíssimo, ao fazer a mesma obra que nossos pais fizeram. Nós não ocupamos a posição que eles ocuparam na revelação da verdade. Para sermos aceites e honrados como eles foram, temos de aproveitar a luz que brilha sobre nós, como eles aproveitaram a que brilhou sobre eles; devemos fazer como eles teriam feito, se tivessem vivido em nossos dias. Lutero e os Wesley foram reformadores em seu tempo. É nosso dever continuar a obra de reforma. Se deixarmos de prestar atenção à luz, ela se tornará em trevas e o grau de escuridão será proporcional à luz rejeitada.

O profeta do Altíssimo  declara que nos últimos dias o conhecimento devia aumentar. Há novas verdades a ser reveladas ao investigador humilde. Os ensinamentos da palavra do Altíssimo devem ser desembaraçados de erros e superstição com os quais tem sido entravada. Doutrinas que não são sancionadas pelas Escrituras têm sido largamente ensinadas, e muitos as têm aceitado honestamente; mas quando a verdade é revelada, torna-se o dever de cada um aceitá-la. Aqueles que permitem que os interesses mundanos, desejo de popularidade, ou orgulho de opinião, os separem da verdade, terão de prestar contas ao Altíssimo por sua negligência.”

James White, marido e fiel companheiro de Ellen White, fala-nos acerca de alguns erros abandonados, após terem recebido mais luz, no tempo posterior ao desapontamento. Determinadas frases que ele escreveu, publicadas anteriormente ao tempo em que sua esposa escreveu as frases citadas acima, demonstram haver concordância não só entre os dois mas também que, além dele, outros compreenderam que entre os erros fundamentais aceites pelos protestantes e até mesmo pela maioria dos adventistas, estava a trindade. Ele realça ainda a importância de se continuar a reformar, a fim de livrar a igreja de erros anti-escriturísticos, nomeando também a reforma de Martinho Lutero:

"Como erros fundamentais, nós poderíamos classificar com este falso Sábado [o Domingo] outros erros que os protestantes trouxeram da igreja católica, como o batismo por aspersão, a trindade, a consciência dos mortos e o tormento eterno. A multidão que agarrou estes erros fundamentais, fez isto ignorantemente, sem dúvida; mas pode isto ser suposto, que a igreja do Ungido levará junto de si estes erros até às cenas do julgamento que irromperão sobre  o mundo? Nós não acreditamos.” Review and Herald , 12 de Setembro de 1854, vol. 6, nº5, pág. 36, par. 7.

“O “mistério da iniquidade” começou a operar na igreja nos dias de Paulo. Por último, pôs de parte a simplicidade do evangelho, e corrompeu a doutrina do Ungido, e a igreja foi para o deserto. Martinho Lutero, e outros reformadores, surgiram na força do Altíssimo, e com a Palavra e o Espírito, fizeram grandes avanços na Reforma. A grande falta que podemos encontrar na Reforma é, que os Reformadores pararam de reformar. Se eles tivessem continuado em frente, até terem deixado para trás o último vestígio do papado, tal como a imortalidade natural, o batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros anti-escriturísticos.” Review and Herald, 7 de Fevereiro de 1856, vol. 7, no. 19, pág. 148, par. 22.

Reparem bem que Tiago White não disse eu, mas “Nós não acreditamos”!

Ele não estava sozinho. Entre outros, tinha sua esposa ao seu lado. “Na assembléia geral de crentes na verdade presente, realizada em Sutton, Vermont, em Setembro de 1850” Ellen White teve uma visão anti-trinitária:

Vi um trono, e assentados nele estavam o Pai e o Filho. Contemplei o semblante de Yahushua e admirei Sua adorável pessoa. Não pude contemplar a pessoa do Pai, pois uma nuvem de gloriosa luz O cobria. Perguntei a Yahushua se Seu Pai tinha a mesma aparência que Ele. Yahushua disse que sim, mas eu não poderia contemplá-Lo, pois disse: “Se uma vez contemplares a glória de Sua pessoa, deixarás de existir.Primeiros Escritos, pág. 54.
Ou seja, se entre o pequeno grupo de adventistas que procuraram estudar mais profundamente as escrituras depois de 1844, – liderado por Tiago White e sua esposa, Ellen White, e José Bates – avançando segundo a luz que lhes era concedida, a trindade foi considerada erro anti-escriturístico, quer dizer então que uma nova concepção da divindade tomou lugar entre aqueles que se tornariam mais tarde os adventistas do sétimo dia, sendo um dos seus marcos ou reformas.

“Aqueles que procuram remover os velhos marcos, não estão retendo firmemente; eles não estão se lembrando de como receberam e ouviram. Os que tentam introduzir teorias que removeriam os pilares de nossa fé quanto ao santuário ou quanto à personalidade do Altíssimo ou do Ungido, estão agindo como cegos. Estão procurando introduzir incertezas e deixar o povo do Altíssimo à mercê das ondas, sem uma âncora.” Manuscript Release, 760, págs. 9, 1905 (Este manuscrito encontra-se separado dos restantes no site http://egwwritings.org/).

Esta interessantíssima frase de Ellen White aponta para “os pilares da nossa fé”. Como é que ela poderia falar dos “pilares de nossa” em 1905, se estes não fossem distintivos das crenças dos demais grupos de adventistas?!

Quais eram esses distintivos?!

A verdade sobre o santuário, que revelou também a verdade sobre o sábado entre os 10 mandamentos, e a verdade sobre a personalidade do Altíssimo e do Ungido. Em que é que consistia este último pilar? James e Ellen White respondem-nos. Não existe nenhuma trindade. Existe Pai e Filho, o Altíssimo e Yahushua, o Ungido.

Já imaginaram o que seria o relacionamento de James e Ellen White se a maneira de compreender a divindade fosse diferente?! Como poderiam orar e trabalhar juntos adorando a deuses diferentes? Seria para eles impossível, como é para nós participarmos de um culto à trindade, junto com outros “cristãos”, ainda que professem ser adventistas do sétimo dia, se é que temos consciência da verdade!

Sim, como poderia ela dizer “pilares de nossa fé”, se desde o início (período pós 1844, ou não estaríamos a falar de pilares), ela não concordasse com a posição geral dos pioneiros adventistas do sétimo dia nesse então, os quais eram claramente anti-trinitários?!

Ao falar da personalidade do Altíssimo e do Ungido, não citando nenhuma 3ª pessoa, ela dá uma evidência inequívoca de que a trindade foi desde cedo abandonada entre os humildes pesquisadores da Palavra do Altíssimo, e uma nova compreensão quanto à divindade foi aceite.

Ou seja, essa nova luz da verdade dada aos pioneiros adventistas do sétimo dia, deve permanecer para sempre como uma verdade, e os escritos desses homens devem ser reimpressos em testemunho da verdade:

Identificar a Verdade – Quando o poder do Altíssimo testifica sobre o que é a verdade, aquela verdade permanece para sempre como a verdade. Nenhumas pós-suposições, contrárias à luz que o Altíssimo tem dado, devem ser recebidas. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são a verdade, mas que não são a verdade. A verdade para este tempo, o Altíssimo no-la deu como um fundamento para a nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é verdade. Um surgirá, e ainda outro, com uma nova luz que contradiz a luz que o Altíssimo tem dado pela demonstração de Seu Santo Espírito.

Alguns dos que passaram pela experiência adquirida no estabelecimento desta verdade, ainda estão vivos. O Altíssimo graciosamente preservou suas vidas, para repetirem e repetirem até o fim de suas vidas, a experiência por que passaram tal como fez o apóstolo João, mesmo até ao fim de sua vida. E os porta-estandartes, que caíram na morte, devem falar através da reimpressão de seus escritos. Fui instruída que, deste modo, suas vozes devem ser ouvidas. Eles devem levar avante seu testemunho sobre o que constitui a verdade para este tempo.Preach the Word, pág. 5, (Counsels to Writers and Editors, págs. 31, 32, 1905).

“...Nenhum alfinete deve ser removido no que o Senhor estabeleceu... Encontraríamos nós segurança, em menos do que o Senhor nos tem dado nesses últimos cinquenta anos?” Review and Herald, 25 de maio de 1905, par. 28.

"Quando o homem vier para mudar um alfinete do fundamento que o Altíssimo estabeleceu por seu Espírito Santo, permita que os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falem claramente, e permita que aqueles que estão mortos também falem, re-imprimindo os seus artigos em nossas revistas. Focalize os raios da divina luz que o Altíssimo tem dado, como Ele tem guiado seu povo passo a passo no caminho da verdade. Essa verdade prevalecerá no teste do tempo e da experiência". Manuscript Release, vol. 1, nº 55, (A Warning against False Theories), 24 de Maio de 1905, par. 1.

Mais de 50 anos depois da visão do trono do Altíssimo, Ellen White apresentou novamente uma frase nitidamente anti-trinitária, demonstrando mais uma vez a harmonia existente entre ela e os restantes pioneiros, entre os quais o seu marido, na compreensão deste assunto. Por outro lado, depois de todos esses anos, demonstra bem que a sua compreensão da divindade permaneceu a mesma, após ter compreendido que a trindade era um erro escriturístico:

Não é aos homens que devemos exaltar e adorar, é ao Altíssimo, o único Soberano verdadeiro e vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. (...) Unicamente o Pai e o Filho devem ser exaltados.” Filhos e Filhas de Deus [do Altíssimo], 21 de fevereiro de 1956, pág. 58 (The Youth's Instructor, 7 de julho de 1898).
Repito, a verdade de que “Unicamente o Pai e o Filho devem ser exaltados” deve permanecer para sempre como a verdade. E as verdades expressas pelos pioneiros adventistas nas revistas, devem tornar a ser estudadas e reimprimidas, como medida preventiva para a apostasia. Vale a pena repetir que os pioneiros não acreditavam em trindade de espécie alguma! Antes, pelo contrário, a luz que receberam foi de molde a rejeitarem-na.

No entanto, conforme falaram Ellen White e seu marido, não esqueçamos que existem novas verdades a descobrir, e novas reformas a serem operadas entre os verdadeiros adventistas do sétimo dia. Acredito que assim como para os pioneiros adventistas, o baptismo trinitário era um erro desconhecido, o que não se passa no nosso caso, existam ainda para nós outras descobertas a fazer no campo da verdade!

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov. 4:18.

Não nos podemos calar. Temos de clamar bem aaaaaalto!

Não foi mudado somente “um alfinete do fundamento que o Altíssimo estabeleceu por seu Espírito Santo”, mas os próprios alicerces e pilares! É por isso que a igreja adventista do sétimo dia caiu, e digo-o com lágrimas e angústia dentro de mim…

“Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra.” Jer. 4:19.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Anexo ao artigo "O Mistério da Mulher e da Besta Que a Trás"

Ellen White concordava que Apocalipse 17 se refere sobretudo aos últimos dias, sendo uma descrição da corrupção e apostasia do mundo religioso, englobando todas as igrejas dos últimos dias, precisamente no período no qual vivemos.


Quero lembrar algo interessante que Ellen White escreveu acerca de Apocalipse 17 e o tempo do fim, e que nos ajudará a compreender melhor o que significam as duas últimas partes da visão de João:

"O estado de corrupção e apostasia que nos últimos dias existiria no mundo religioso, foi apresentado ao profeta João, na visão de Babilônia, "a grande cidade que reina sobre os reis da Terra". Apoc. 17:18." Patriarcas e Profetas, págs.166,167.

Ou seja, Ellen White concordava que Apocalipse 17 se refere sobretudo aos últimos dias, sendo uma descrição da corrupção e apostasia do mundo religioso, englobando todas as igrejas dos últimos dias, precisamente no período no qual vivemos. No entanto, este período já se iniciou em 1798, como podemos ver no artigo: "O Mistério da Mulher e da Besta Que a Trás". Para ler este artigo, clica no título da mensagem. 

Enoque viu a apostasia da IASD

(Mais alterações... ) Enoque viu o estado corrupto do mundo, no tempo em que Cristo aparecesse pela segunda vez, ou seja, que haveria uma geração jactanciosa, presumida, voluntariosa, negando o único Deus e o Senhor Jesus Cristo, pisando o sangue de Cristo, e desprezando a obra expiatória".

“De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Hb. 10:29.


“Por meio de santos anjos Deus revelou a Enoque Seu propósito de destruir o mundo por um dilúvio, e também lhe revelou amplamente o plano da redenção. Pelo Espírito de Profecia levou-o através das gerações que viveriam após o dilúvio, e mostrou-lhe os grandes acontecimentos ligados à segunda vinda de Cristo e ao fim do mundo. 

Enoque estivera perturbado com respeito aos mortos. Parecia-lhe que os justos e os ímpios iriam para o pó juntamente, e que este seria o seu fim. Não podia ver a vida do justo além da sepultura. Em visão profética foi instruído com relação à morte de Cristo, e foi-lhe mostrada a Sua vinda em glória, acompanhado por todos os santos anjos, para, da sepultura, resgatar o Seu povo. Viu também o estado corrupto do mundo, no tempo em que Cristo aparecesse pela segunda vez, ou seja, que haveria uma geração jactanciosa, presumida, voluntariosa, negando o único Deus e o Senhor Jesus Cristo, pisando a lei, e desprezando a obra expiatória. Viu os justos coroados de glória e honra, e os ímpios banidos da presença do Senhor, e destruídos pelo fogo.” Patriarcas e Profetas, págs. 85,86.

A Enoque foi permitido antever as últimas cenas no mundo, antes da 2ª vinda de Jesus Cristo. Entre os detalhes descritos destaca-se a negação do único Deus verdadeiro e do Senhor Jesus Cristo, por parte de uma geração jactanciosa, presumida, voluntariosa.

É importante compreendermos que este facto pressupõe que essa mesma geração, anteriormente confessou o único Deus verdadeiro e ao Senhor Jesus Cristo. Podemos notar o episódio em que Pedro negou o Seu Mestre (Mat. 26:69-75). Pedro amava a Cristo, mas pouco a pouco, o orgulho e egoísmo tomaram conta do seu coração. Foi assim que no momento de prova, ele vacilou e negou a Jesus Cristo. No entanto, sabemos que se arrependeu, e de novo voltou à comunhão com o Pai e com o Filho. Mas esta geração mencionada anteriormente, e que apresenta as mesmas fraquezas de Laodiceia (Ap. 3:15-17), não se arrependeu, e por isso foi vomitada e rejeitada.

Quem é esta igreja?!
Que igreja durante os seus primórdios permaneceu firme ao único Deus verdadeiro e ao Senhor Jesus Cristo e posteriormente o negou?!

Não há dúvidas!
Essa igreja apóstata é a igreja adventista do sétimo dia, a qual não só negou ao único Deus verdadeiro e ao Senhor Jesus Cristo, ao aceitar a trindade, (adoração ao sol e ao próprio Satanás), como também pisou a lei, transgredindo todos os mandamentos, e ainda rebaixou a expiação de Cristo, colocando-a a um nível meramente humano, desprezando o sacrifício e sangue de Cristo. (Ver: http://www.adventistas.com/biz/cartas_andreasen/page6.htm)

Antes de continuar, quero mencionar o facto de que existe uma diferença significativa entre o texto do Patriarcas e Profetas apresentado anteriormente, e a frase original do Spiritual Gifts, vol. 3., pág. 55, 56.



Enquanto no primeiro livro mencionado lemos “uma geração jactanciosa, presumida, voluntariosa, negando o único Deus e o Senhor Jesus Cristo, pisando a lei, e desprezando a obra expiatória”, no segundo, o original, em lugar de pisando a lei, podemos ler “pisando o Seu sangue”.

Parece-me estranho terem mudado estas palavras, já que são coisas completamente distintas!
( Ver: http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/maos-criminosas-parte-2.html)


No entanto, prefiro aceitar a frase tal qual ela se encontra em Spiritual Gifts, ainda que não exista da outra forma um erro em si mesma, mas porque é assim que foi escrita a frase original, e existe uma maior coerência semântica; além disso, parece-me ser uma clara alusão ao seguinte verso:

“De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Hb. 10:29.

De facto, o sangue de Cristo tem sido pisado e profanado, pela igreja adventista do sétimo dia, por sua apostasia e traição à aliança de Deus com Seu povo. Pelas novas (falsas) doutrinas, em que não reconhecem que Jesus tomou a nossa natureza com todas as paixões inerentes ao homem sem, no entanto, ter manifestado qualquer inclinação ao pecado. Tal ideia é repugnante, pois coloca Jesus, o nosso Salvador e Modelo, numa posição mais vantajosa que a nossa, e portanto ineficiente para nos libertar do pecado na posição em que estamos. Por outro lado, afirmam que Jesus, o Filho de Deus, não morreu de facto, mas apenas o ser humano Jesus. Isto é esoterismo, espiritismo, anticristo, e degrada completamente a expiação de Cristo, e coloca o Seu sangue ao mesmo nível que o de qualquer outro ser humano.

Na continuação quero mencionar algumas frases interessantes que também encontrei em Spiritual Gifts, vol. 3, nas págs. 85, 86, respectivamente (After the Flood), que descrevem as cenas prévias à destruição final dos ímpios, e que por estranho que seja, não as consegui encontrar nem no Patriarcas e Profetas, nem no relato paralelo de O Grande Conflito:

 
Neste primeiro parágrafo, o contexto é o de quando Satanás reúne a vasta multidão dos ímpios, fazendo-lhes crer que é possível tomar a cidade Nova Jerusalém. Então vem a seguinte frase que quero destacar:

“…que eles [os ímpios] podem guerrear com eles [os justos que se encontram no interior da cidade], e destronar DEUS e Seu FILHO JESUS CRISTO, e tomarem o trono e ocupar a cidade….”

Ou seja, para que Satanás tomasse o trono (se isso fosse possível), bastaria destronar o Pai e o Filho… ninguém mais!

Neste segundo parágrafo, o contexto refere os ímpios a contemplar a glória de Cristo em Seu trono, e a gloriosa multidão de redimidos com sua coroas e faces radiantes. Contrariamente a estes últimos, os ímpios encontram-se completamente desesperados pois sabem que estão para sempre perdidos. A primeira frase que quero destacar é esta:

“…e eles gemem em angústia ao perceberem que escolheram uma vida de rebelião contra DEUS, e JESUS CRISTO seu Salvador….”

Estas duas frases demonstram bem, mais uma vez, que não existe um 3º ser divino diferente do Pai e de Seu Filho Jesus Cristo, como tenho amplamente demonstrado, e que uma trindade ou divindade triúna é completamente falsa. Em relatos como este, seria um desprezo ao Espírito Santo, se este fosse como muitos erradamente pensam ser, uma 3ª pessoa diferente do Pai e do Filho.
A frase seguinte demonstra bem o espírito dos adventistas do sétimo dia nominais:
“Então, muitos dos que professaram ser seguidores de CRISTO, mas que não honraram DEUS em suas vidas, enumeraram suas boas acções quando viveram sobre a terra, e rogam para serem admitidos dentro da cidade. Eles alegam que os seus nomes estavam nos livros da igreja…. Cristo responde, os vossos casos foram decididos. Os vossos nomes não se encontram inscritos no livro da vida. Vocês professaram crer no meu nome, mas pisaram a lei de DEUS.”
Pensam que por terem seus nomes escritos nos livros da igreja, e por praticarem “boas obras” se salvarão, no entanto, estão pisando aos pés a lei de Deus. Os seus nomes não estão por isso inscritos no livro da vida.

E de nós, que será?
Atentemos pois para a verdade, enquanto se pode achar, não aconteça que estejamos entre o número daqueles que, professando-se adventistas do sétimo dia, se acharão perdidos naquele dia, ao lado dos assassinos e ladrões, e do próprio Satanás…
“Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.” Jr. 8:20.

“Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas.” Prov. 1:15.

Judas e a Sinagoga de Satanás

Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.” Ap. 3:9.
"Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?

Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.
Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.” Jo. 18:4-6.
Para surpresa dos discípulos, Judas, aquele que parecia ser o mais prometedor entre os doze, demonstrou ser um mentiroso e um ladrão muito bem disfarçado. Tinha a responsabilidade de tesoureiro, e parecia até preocupar-se com os pobres (Jo. 12:4-6), no entanto, o egoísmo e a avareza tomaram completamente conta de seu ser, ao ponto de trair seu Mestre por trinta moedas de prata (Mt. 26:14-16).
Aquele que aparentava um grande nível de piedade, e que durante cerca de três anos e meio permaneceu ao lado de Jesus, era um hipócrita, um lobo disfarçado de ovelha, um homicida. Ferido pela repreensão de Jesus no jantar em Betânia (Jo. 12:4-8), e frustrado e desiludido pela atitude “demasiado” modesta e humilde do Messias, entregou-o nas mãos dos principais dos judeus, no Getsémani.
Uma luz divina iluminou o rosto do Salvador, e uma como que pomba pairou sobre Ele. Em presença dessa divina glória, a turba assassina não pôde permanecer um momento. Cambalearam em recuo. Sacerdotes, anciãos, soldados e o próprio Judas caíram como mortos por terra. 
O anjo retirou-se, e dissipou-se a luz. Jesus tivera oportunidade de escapar, mas permaneceu, calmo e senhor de Si. Como pessoa glorificada, ficou em meio daquele bando endurecido, agora prostrado e impotente a Seus pés. Os discípulos contemplavam tudo silenciosos, com admiração e respeitoso temor.O Desejado de Todas as Nações, págs. 591, 592.

Porventura, repetir-se-á a história?!
Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.” Ap. 3:9.
João profetizou sobre uma classe de pessoas que dizendo-se povo de Deus não o são, pois mentem. Embora a aplicação do texto bíblico tenha sido primeiramente para o período histórico da igreja cristã durante o movimento adventista (também chamado milerita), tem também, certamente, uma aplicação para os nossos dias.
Eu vi que a igreja nominal e os adventistas nominais, como Judas, nos denunciarão aos católicos a fim de obter sua influência para lutar contra a verdade. Os santos serão então um povo obscuro, pouco conhecido para os católicos; mas as igrejas, e os adventistas nominais que conhecem  nossa fé e costumes (porque eles nos odiavam por causa do sábado, pois não podiam refutá-lo) trairão os santos  e os denunciarão aos católicos como aqueles que desrespeitam as instituições do povo; ou seja, que eles guardam o sábado e desrespeitam o domingo.Spalding Magan Collection, 18 de Março de 1852,  pág. 1, par. 5.
Embora a grande maioria dos adventistas nominais não tenha aceitado certas verdades como o sábado, como os adventistas do sétimo dia, esta traição da parte dos primeiros, não chegou a consumar-se completamente durante o período das leis dominicais no fim do séc. XIX, pois estas não foram avante.
Lamentavelmente, os adventistas do sétimo dia, são hoje essas “igrejas” e esses “adventistas nominais”, pois inverteram sua marcha ao aceitarem os mesmos erros, como a trindade, e consequentemente a autoridade de Roma, nos quais permaneceram os adventistas nominais em geral depois de 1844, quando foi dada a luz quanto ao sábado e outras verdades.
Desta forma, e paradoxalmente, serão os adventistas do sétimo dia os principais perseguidores do pequeno grupo que permanecerá firme ao verdadeiro sábado bíblico. A própria igreja adventista do sétimo dia aderiu já, virtualmente, às leis dominicais, que falsamente chamam sábado ao domingo, visto que ao aceitar a trindade, verdadeira adoração ao sol, honra desde já o domingo.  
A irmandade entre os adventistas nominais e os adventistas que aceitaram o sábado está no passado. Quem conhece hoje a fé e os costumes dos verdadeiros adoradores do sábado?! São os que professam ser adventistas do sétimo dia, os quais neste momento se demonstram já ser os nossos principais opositores, visto que não participamos de sua apostasia.
Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés.Primeiros Escritos, pág. 15.
Você pensa que aqueles que adoram diante dos pés dos santos (Apocalipse 3:9), serão salvos no fim. Aqui tenho que discordar de você; porque Deus me mostrou que esta classe eram professos adventistas, que se tinham perdido, e “crucificado de novo para si mesmos o Filho de Deus, expondo-o ao vitupério”. E na "hora da tentação", que ainda está para vir, para manifestar o verdadeiro carácter de cada um, eles saberão que estão perdidos para sempre; e oprimidos com angústia de espírito, se prostrarão aos pés dos santos.A Word to the Little Flock, pág. 12.
“Vi uma nuvem flamejante aproximar-se de onde Jesus estava. Então Jesus ... tomou o Seu lugar na nuvem que O levou para o oriente, onde ela apareceu primeiro aos santos na Terra - uma pequena nuvem escura que era o sinal do Filho do Homem. Enquanto a nuvem passava do Santíssimo para o oriente, o que levou vários dias, a sinagoga de Satanás adorava prostrada aos pés dos santos. To The Little Remnant Seattered Ab-road, 06-04-1846.” Maranata, pág.285.
Tarde demais, reconhecerão o seu erro, tal como Judas (Mt. 27:3-5), e se prostrarão e adorarão aos pés dos santos, em reconhecimento da sua justiça e verdade.
Fazemos nós parte do grupo dos santos, ou da sinagoga de Satanás, a igreja adventista do sétimo dia apostatada?! Estamos desenvolvendo nosso carácter à semelhança do carácter de Cristo, ou como Judas, enganando?!
Hoje precisamos de ir aos pés de Cristo, entregar nossa vida nas mãos do Pai celestial, reconhecer nossa fraqueza e clamar por Seu socorro!

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão.” Is. 41:10, 11.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Não Toqueis Coisa Imunda

Houve uma saída, uma decidida separação dos ímpios, uma escapada para salvar a vida. Assim foi nos dias de Noé; assim nos dias de Ló; assim aconteceu com os discípulos antes da destruição de Jerusalém; e assim será nos últimos dias. De novo se ouve a voz de Deus em uma mensagem de advertência, mandando Seu povo separar-se da iniqüidade que prevalece. 
A Bíblia é clara em matéria de condescendência com o pecado, associação com aqueles que o praticam, e permanência em lugares pecaminosos. Desta forma, torna-se um risco para os filhos de Deus o permanecer em lugares onde existe uma perigosíssima comunhão com aqueles que escarnecem de Deus. Mas ainda assim, existem aqueles que, após conhecerem determinadas verdades, permanecem voluntariamente no erro. Torna-se necessária uma imediata separação:

“Não vos ponhais debaixo de um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade, ou que comunhão tem a luz com as trevas?
Que harmonia há entre Cristo e Belial, ou que parte tem o crente com o incrédulo?
Que consenso há entre um santuário de Deus e ídolos? pois nós somos um santuário do Deus vivo, como Deus disse: Habitarei neles e andarei entre eles; serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Por isso, Saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor, E não toqueis coisa imunda; Eu vos receberei,
E ser-vos-ei Pai, E vós ser-me-eis filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.” II Cor. 6:14-16.

Em todo o relato bíblico temos claros exemplos sobre esta matéria, uns como modelo e outros como advertência, apresentando as consequências de condescender com o pecado e com aqueles que o praticam.

Os descendentes de Sem não se misturaram com os de Cam, que habitavam na planície, mas se retiraram para as montanhas (Gn. 10:6,19,21,30,31). Abrão precisou sair de Ur dos Caldeus, Ló teve que sair com urgência de Sodoma. O povo hebreu fugiu do Egipto. Os cristãos escaparam de Jerusalém, antes que a cidade fosse destruída.

Por outro lado, são muitos os casos em que, lamentavelmente, os filhos de Deus condescenderam com os filhos das trevas (Gén. 6:2; Núm. 25:1,2), e as consequências foram terríveis. Poderia ainda mencionar o facto de que as inúmeras apostasias do povo hebreu se deveram à desobediência à ordem tão clara de exterminação dos povos pagãos (Dt. 20:16-18; Jz. 1:19, 21, 27-36; 2:1-3), deixando-se influenciar ao ponto de fazerem pacto com eles.

Muito mais do que afastar-nos das cidades e lugares populosos onde abunda a pecaminosidade, temos que separar-nos até mesmo daqueles que, professando ser o povo de Deus, os adventistas do sétimo dia, rejeitaram verdades bíblicas ao aceitarem erros terríveis como a trindade, e ao deturparem a doutrina da expiação, por exemplo. Tal como o povo de Israel no passado, pela falta de firmeza nos princípios da verdade, a igreja adventista acabou por se envolver com os ímpios, através do ecumenismo, deixando-se corromper completamente.

Torna-se então necessário, a todo o crente sincero, abandonar de uma vez por todas a comunhão com as igrejas adventistas, assim como no passado foi necessário os cristãos deixarem Jerusalém, segundo a ordem do próprio Jesus Cristo, devido à condenação que repousava sobre a cidade que o rejeitou (Luc. 21:20, 21).

Torna-se até um perigo o associarmo-nos com aqueles que uma vez foram nossos irmãos de fé, ainda que sejam nossos familiares, não aconteça que, por força desses laços de amizade, nos deixemos corromper e ser permissivos. No passado, após ter recebido os dez mandamentos no Sinai, o povo de Deus idolatrou e se prostituiu. Então foi dada a ordem de se matar até o próprio irmão e amigo (Êx. 32: 25-29). O que quererá esta ordem dizer para nós hoje?!      

“Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda participa de suas más obras.” II Jo. 9-11.

“O bom siso te protegerá, e o discernimento e guardará; para te livrar do mau caminho, e do homem que diz coisas perversas; dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas.” Prov. 2:11-13.

Apartai-vos do meio desta congregação [Corá e seu grupo, v. 16], para que eu, num momento, os possa consumir.”
“Fala a toda esta congregação [todo o povo], dizendo: Subi do derredor da habitação de Corá, Datã e Abirão.”
“E falou à congregação, dizendo: Retirai-vos, peço-vos, das tendas desses homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu, para que não pereçais em todos os seus pecados.” Núm. 16: 21, 24, 26.

Estes textos são muito claros!

Não há possibilidade nenhuma de comunhão com aqueles que conhecendo a verdade, se rebelam continuamente contra ela e contra os mensageiros da verdade, desprezando-os e ignorando-os, e acusando-os falsamente, enganando-se a si mesmos, e aos outros, como foi o caso de Corá, Datã e Abirão.

A ordem é “retirai-vos, peço-vos, das tendas desses homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu, para que não pereçais em todos os seus pecados”. Afastemo-nos de tais pessoas, desviemo-nos deles, nem sequer os saudemos, nem ainda toquemos o que é seu, não aconteça que as pragas que caírem sobre suas “tendas” nos atinjam. É tempo de nos apartarmos da sinagoga de Satanás e de Jerusalém!

“Antes da destruição de Sodoma, Deus enviou uma mensagem a Ló: "Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças". Gên. 19:17. A mesma voz de advertência foi ouvida pelos discípulos de Cristo, antes da destruição de Jerusalém: "Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes". Luc. 21:20 e 21. Não deviam demorar-se para conseguir coisa alguma de suas posses, mas antes aproveitar-se da oportunidade para fugir.
Houve uma saída, uma decidida separação dos ímpios, uma escapada para salvar a vida. Assim foi nos dias de Noé; assim nos dias de Ló; assim aconteceu com os discípulos antes da destruição de Jerusalém; e assim será nos últimos dias. De novo se ouve a voz de Deus em uma mensagem de advertência, mandando Seu povo separar-se da iniqüidade que prevalece. 
O estado de corrupção e apostasia que nos últimos dias existiria no mundo religioso, foi apresentado ao profeta João, na visão de Babilônia, "a grande cidade que reina sobre os reis da Terra". Apoc. 17:18. Antes de sua destruição será feito do Céu o convite: "Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas". Apoc. 18:4. Como nos dias de Noé e Ló, tem de haver uma separação distinta do pecado e pecadores. Não pode haver transigência entre Deus e o mundo, nem um retrocesso para se conseguirem tesouros terrestres. "Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mat. 6:24.”  Patriarcas e Profetas, págs.166,167.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quem São Meus Irmãos?

Infelizmente, a família terrestre de Jesus Cristo se tornara uma sombra em Sua vida e ministério. Aqueles que mais razões tinham para estar ao Seu lado, e apoiá-lo em Seus trabalhos, foram aqueles cujo esforço em deter Sua obra lhe causou maior dor e sofrimento.
Porventura não sucedeu já a mesma coisa connosco, ao procurarmos seguir mais de perto a Cristo, e sermos mais fiéis à verdade?!

A forma como Cristo respondeu àquele que lhe trouxera a notícia de que sua mãe e irmãos se encontravam no exterior do lugar onde pregava, em determinado momento, certamente o surpreendeu. Acredito que ficou confuso, e até mesmo perplexo, tanto ele como aqueles que o rodeavam, ao ouvir Jesus dizer que a sua mãe e irmãos eram aqueles que estavam diante dEle, ou seja, os seus discípulos. Talvez maior surpresa tenha sido para estes últimos, o ouvirem palavras tão honrosas.

Infelizmente, a família terrestre de Jesus Cristo se tornara uma sombra em Sua vida e ministério. Aqueles que mais razões tinham para estar ao Seu lado, e apoiá-lo em Seus trabalhos, foram aqueles cujo esforço em deter Sua obra lhe causou maior dor e sofrimento.


Porventura não sucedeu já a mesma coisa connosco, ao procurarmos seguir mais de perto a Cristo, e sermos mais fiéis à verdade?!


E não me estou a referir a familiares “gentios”, mas a adventistas do sétimo dia da nossa família, que nos estejam bastante próximos por circunstância geográfica ou grau de parentesco.

Creio que as frases que apresento mais abaixo, retiradas do capítulo 33 de O Desejado de Todas as Nações, expressam bem a experiência de cada um daqueles que respondem ao chamado de Cristo para ser Seus discípulos, bem como de todos aqueles que ousarem enfrentar o erro e apostasia de Israel, como ainda se considera, a apóstata igreja adventista do sétimo dia.

Eu encontrei, e acredito que também vós encontrareis conforto, força e ânimo, ao sabermos que também nosso Mestre Jesus passou por esta experiência. Se Cristo, sendo puro e perfeito, recebeu as maiores acusações, como não as receberemos nós também, sendo tão imperfeitos?!

Como disse Jesus:
“Lembrai-vos das palavras que eu vos disse: O servo não é maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também vos hão de perseguir a vós; se guardaram as minhas palavras, também hão de guardar as vossas.” Jo. 15:20.

“Os filhos de José longe estavam de ter simpatia pela obra de Jesus. As notícias que lhes chegavam aos ouvidos acerca de Sua vida e trabalhos, enchiam-nos de surpresa e terror. Ouviram que dedicava noites inteiras à oração, que durante o dia era oprimido por grande quantidade de gente, e não Se permitia sequer o tempo necessário para comer. Os amigos achavam que Se estava consumindo por Seu incessante labor; não podiam explicar a atitude que tinha para com os fariseus, e alguns havia que receavam pelo equilíbrio de Sua razão

Isso chegou aos ouvidos de Seus irmãos, bem como a acusação dos fariseus de que Ele expulsava demônios pelo poder de Satanás. Sentiram vivamente a vergonha que lhes sobrevinha devido a seu parentesco com Jesus. Sabiam que tumulto Suas palavras e obras ocasionavam, e não somente se alarmavam com as ousadas declarações dEle, mas ficavam indignados com a acusação que fazia aos escribas e fariseus. Resolveram persuadi-Lo ou constrangê-Lo a deixar esse método de trabalhar, e induziram Maria a unir-se a eles, pensando que, em vista de Seu amor por ela, poderia conseguir levá-Lo a maior prudência. (…)

Enquanto Jesus estava ainda ensinando o povo, os discípulos trouxeram a notícia de que Sua mãe e Seus irmãos estavam fora, e desejavam vê-Lo. Sabia o que lhes ia no coração, e "respondendo, disse ao que Lhe falara: Quem é Minha mãe? e quem são Meus irmãos? E, estendendo a Sua mão para os Seus discípulos, disse: Eis aqui Minha mãe e Meus irmãos; porque qualquer que fizer a vontade de Meu Pai que está nos Céus, este é Meu irmão, e irmã e mãe". Mat. 12:48-50. 

Todos os que recebessem a Cristo pela fé, estar-Lhe-iam ligados por um laço mais íntimo que os de parentesco humano. Tornar-se-iam um com Ele, como Ele era um com o Pai. Crendo em Suas palavras e praticando-as, Sua mãe Lhe estava mais próxima e salvadoramente ligada, do que por meio do parentesco natural. Seus irmãos não receberiam nenhum benefício de sua relação com Ele, a menos que O aceitassem como Salvador pessoal. 

Que apoio teria Cristo encontrado em Seus parentes terrestres, houvessem eles crido nEle como enviado do Céu, e com Ele cooperado na obra de Deus! Sua incredulidade lançou uma sombra sobre a vida terrena de Jesus. Foi uma parte da amargura daquele cálice de aflição que esgotou por nós. 

A inimizade ateada no coração humano contra o evangelho, experimentou-a vivamente o Filho de Deus, e foi-Lhe mais penosa no próprio lar; pois tinha o coração cheio de bondade e amor, e apreciava a terna consideração nas relações de família. Seus irmãos desejavam que cedesse às idéias deles, quando esse proceder teria estado inteiramente em desarmonia com Sua divina missão. Achavam que Ele necessitava de seus conselhos. Julgavam-nO sob seu ponto de vista humano, e pensavam que, se falasse apenas coisas aceitáveis aos escribas e fariseus, evitaria a desagradável controvérsia que Suas palavras suscitavam. Consideravam de Sua parte uma exorbitância, pretender divina autoridade, e colocar-Se perante os rabis como reprovador de seus pecados. Sabiam que os fariseus estavam buscando ocasião de O acusar, e achavam que lhes dera suficiente ocasião. 

Com o limitado alcance, não podiam calcular a missão que viera cumprir e, portanto, não eram capazes de simpatizar com Ele em Suas provações. Suas palavras rudes, destituídas de apreço, mostravam que não tinham a verdadeira percepção de Seu caráter, e não discerniam que o divino se confundia com o humano. Viam-nO freqüentemente cheio de pesar; mas, em vez de O confortar, seu espírito e palavras apenas Lhe magoavam o coração. Sua natureza sensível era torturada, mal-entendidos os motivos que O impeliam, mal compreendida a Sua obra

Seus irmãos apresentavam muitas vezes a filosofia dos fariseus, batida e mofada pelo tempo, e ousavam pensar que podiam ensinar Àquele que compreendia toda a verdade e entendia todos os mistérios. Condenavam francamente o que não podiam compreender. Suas censuras eram-Lhe vivas provações, e Sua alma consumia-se e enchia-se de aflição. Professavam fé em Deus, e O julgavam estar reivindicando quando O tinham ao próprio lado em carne, e não O conheciam. 

Estas coisas tornaram espinhosa a vereda que Jesus devia trilhar. Tão penosos Lhe eram os mal-entendidos no próprio lar, que experimentou alívio em ir para onde os mesmos não existiam. Um lar havia que Ele gostava de visitar - o de Lázaro, Maria e Marta; pois na atmosfera de fé e amor Seu espírito tinha repouso. Ninguém, entretanto, havia no mundo capaz de compreender-Lhe a divina missão, ou saber a responsabilidade que sobre Ele pesava pelo bem da humanidade. Muitas vezes só podia encontrar lenitivo em isolar-Se, e comungar com Seu Pai celeste

Os que são chamados a sofrer por amor de Cristo, que têm de suportar injustos conceitos e desconfianças, mesmo no próprio seio da família, podem encontrar conforto no pensamento de haver Jesus sofrido o mesmo. Ele é tocado de compaixão por eles. Convida-os a serem Seus companheiros, e a buscar alívio onde Ele próprio o encontrava - na comunhão com o Pai. 

Os que aceitam a Cristo como seu Salvador pessoal, não são deixados órfãos, suportando sozinhos as provações da vida. Ele os recebe como membros da família celeste; pede-lhes que chamem Pai a Seu próprio Pai. São Seus "pequeninos", caros ao coração de Deus, a Ele ligados por ternos e indissolúveis laços. Tem por eles inexcedível ternura, sobrepujando tanto a que nosso pai e nossa mãe sentiam por nós mesmos em nosso desamparo como o divino ultrapassa o humano. 

Uma bela ilustração das relações de Cristo para com Seu povo, encontra-se nas leis dadas a Israel. Quando, em virtude da pobreza, um hebreu se via forçado a abrir mão de seu patrimônio, e a vender-se como escravo, o dever de resgatá-lo a eles e a sua herança, recaía no parente mais chegado. Lev. 25:25; 47-49. Rute 2:20. Assim a obra de nos redimir a nós e a nossa herança, perdida por causa do pecado, recaiu sobre Aquele que nos é "parente chegado". Foi para resgatar-nos que Ele Se tornou nosso parente. Mais achegado que o pai, mãe, irmão, amigo ou noivo é o Senhor nosso Salvador. "Não temas", diz Ele, "porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu." "Desde que tu te fizeste digno de honra diante de Meus olhos, e glorioso, Eu te amei; e entregarei os homens por ti, e os povos pela tua vida." Isa. 43:1 e 4. 

Cristo ama os seres celestiais, que Lhe circundam o trono; mas quem explicará o grande amor com que nos tem amado? Não o podemos compreender, mas podemos sabê-lo real em nossa própria vida. E se mantemos para com Ele relações de parentesco, com que ternura devemos olhar os que são irmãos e irmãs de nosso Senhor! Não devemos estar prontos a reconhecer as responsabilidades de nosso divino parentesco? Adotados na família de Deus, não devemos honrar a nosso Pai e nossos parentes?”
Quantas vezes as mesmas acusações me foram feitas, como aquela de que “alguns havia que receavam pelo equilíbrio de Sua razão”!

Quantas vezes a minha família se envergonhou de seu parentesco comigo, da mesma forma que a mãe e irmãos de Jesus se envergonharam do seu parentesco com Ele!

Quantas vezes me procuraram deter, apresentando todo o argumento possível e imaginário, como aquele de que eu só criava contendas e divisões na igreja e na família; de que minhas palavras eram uma constante crítica aos “responsáveis e escolhidos de Deus” e de que tendo sido um instrumento nas mãos de Deus me tornara um instrumento de Satanás!

O próprio Jesus, que operava milagres pelo poder de Deus, não foi acusado de o fazer pelo príncipe dos demónios?!

Quantas vezes, de igual forma que Jesus, os mal-entendidos na minha própria família me têm feito desejar ausentar-me para onde possa sentir alívio dos mesmos!

Nosso Mestre nos adverte e nos aconselha:
Irmãos entregarão à morte a irmãos, e pais a filhos; filhos se levantarão contra seus pais, e os farão morrer.
Sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.
Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do homem.
Não é o discípulo mais que o seu mestre, nem o servo mais que o seu senhor.
Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? (…)
Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
Pois vim causar divisão entre o filho e seu pai, entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra, assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa.
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim;
e aquele que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.” Mat. 10: 21-25, 34-38.

A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.