Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Afinal, qual era o problema? – parte II

“Em tudo isto, não pecou Job com os seus lábios”. Job 2: 10.


Para entendermos de que forma Job pecou, voltemos a ler o comentário bíblico à sua reacção às calamidades do capítulo 1. “Em tudo isto, Job não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Job 1:22. Ah! Da primeira vez ele não atribuiu a Deus falta alguma. Mas da segunda vez, quando a dor o atingiu mais de perto, sim. Embora não tenha pecado com os seus lábios (Job 2:10), Job pecou no seu pensamento, atribuindo falta a Deus.

O pecado começa sempre na mente, pois é aí que a tentação nos assalta. “Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. É preciso primeiro obter o seu próprio consentimento; a alma tem de propor-se a praticar o acto pecaminoso, antes de a paixão poder dominar a razão, ou a iniquidade triunfar sobre a consciência. A tentação, por forte que seja, nunca é desculpa para o pecado.” Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 67.

A tentação não é pecado. Mas, antes de mentir, adulterar, matar, roubar, ofender, etc., de uma forma visível ou audível, o pecador teve de consentir primeiramente com o pecado. Isto acontece na mente. Ou seja, teve de ceder à tentação. Ao fazê-lo já estava a transgredir a Lei de Deus, e ao fazê-lo já estava a pecar. Ainda que não tivesse consumado o acto de uma forma exterior! (Fosse por palavras ou actos).

Jesus ensina: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que, qualquer que atentar numa mulher, para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat.5:28.

“Temos todavia uma obra a fazer a fim de resistirmos à tentação. Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem bem guardar as entradas da alma; devem evitar ler, ver, ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros. A mente não deve ser deixada a divagar ao acaso em todo o assunto que o adversário das almas possa sugerir.” Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 285.

Da mesma forma Job, ao murmurar contra Deus no seu coração, estava a consentir com o pecado, ainda que os seus lábios o não pronunciassem. No seu íntimo, a falta que Job estava a atribuir a Deus era de ser injusto, ao permitir que tudo aquilo lhe acontecesse. Soa-nos familiar?

Estaremos nós a cair no mesmo erro, no mais íntimo do nosso ser, acusando a Deus de ser injusto por permitir que nos sobrevenham provações, a nós que somos Seus filhos e o amamos, que guardamos os Seus mandamentos e que lhe somos fiéis? Será isto realmente assim? Somos nós justos e Deus injusto?!

Pecar em pensamento… Isto é sério, irmãos! A Palavra de Deus diz-nos: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filip. 4:8. “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”. Col. 3:2.

Daí a importância de “não permitir que vossa mente se desvie da fidelidade para com Deus. (…) Até vossos pensamentos devem ser trazidos em sujeição à vontade de Deus, e vossos sentimentos sob o domínio da razão e da religião. (…) Se os pensamentos forem maus, maus serão também os sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o carácter moral.

Quando julgais que, como cristãos, não vos é requerido restringir os pensamentos e sentimentos, sois levados sob a influência dos anjos maus, e convidais a sua presença e o seu domínio.

Se cederdes às vossas impressões, e permitirdes que os pensamentos sigam o rumo da suspeita, da dúvida, dos lamentos, achar-vos-eis então entre os mais infelizes dos mortais, e vossa vida se demonstrará um fracasso.” Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 92.

Foi exactamente isso que Job fez: permitiu que os seus pensamentos seguissem o rumo da suspeita, da dúvida e dos lamentos, pecando assim contra Deus. Ele não confiou na sabedoria divina e, em vez disso, julgou-O na sua limitada visão humana. Pode a criatura julgar o seu Criador?!

Deus conhecia as fraquezas de Job. Foi para impedir que a vida de Job se tornasse um fracasso que Deus o provou na fornalha da aflição. “Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu Sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.” Isa. 48:17. Da mesma maneira, Ele conhece as nossas fraquezas, e prova-nos para impedir que a nossa vida se torne num fracasso. Ele quer ensinar-nos e guiar-nos, hoje.

O nosso Pai Celeste nos exorta: “Filho meu, não desprezes a correcção do Senhor, e não desmaies quando, por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.” Heb.12:5

Possa a nossa oração, cada dia ser: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito recto.” Sal. 51:10. Amém!

(continua em: http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2009/07/da-abundancia-do-coracao-fala-boca.html )

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A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.