Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cristo – O Espírito Insuflador de Vida

As seguintes frases de Ellen White demonstram claramente que as palavras “Espírito”, “Espírito Santo”, “Espírito de Deus” ou “Espírito de Cristo”, se referem claramente a todas as bênçãos espirituais que fluem de Deus para nós, por meio de Cristo, o verdadeiro pão do céu. Os anjos por sua vez, repartem essas bênçãos pela multidão dos filhos de Deus.
Lembram-se da multiplicação dos pães? Deus por meio de Cristo efectuou o milagre, e os discípulos repartiram o pão para toda a multidão. Semelhantemente sucede hoje enquanto Cristo ministra no santuário celestial: São os anjos que repartem as Suas bênçãos a todo o povo de Deus, actuando como mensageiros, em todos os lugares da Terra.
Os anjos de Deus estão sempre indo da Terra ao Céu e do Céu à Terra. Os milagres de Cristo pelos aflitos e sofredores, foram operados pelo poder de Deus através do ministério dos anjos. E é por meio de Cristo, pelo ministério de Seus mensageiros celestiais, que toda bênção nos advém de Deus. Tomando sobre Si a humanidade, nosso Salvador une Seus interesses aos dos caídos filhos de Adão, ao passo que mediante Sua divindade, lança mão do trono de Deus. E assim Cristo é o mediador da comunicação dos homens com Deus, e de Deus com os homens.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 143 (cap. 14).
Lembram-se do sonho de Jacó? Ele viu uma escada que descia do céu à terra; o Pai estava no topo, e os anjos subiam e desciam. Constantemente, os anjos de Deus sobem e descem, ministrando “àqueles que hão-de herdar a vida eterna” (Heb. 1:7,14).
Os judeus honravam a Moisés como doador do maná, rendendo louvor ao instrumento e perdendo de vista Aquele por quem a obra fora operada. Seus pais tinham murmurado contra Moisés, e posto em dúvida e negado sua missão divina. Agora, no  mesmo espírito, os filhos rejeitaram Aquele que lhes apresentava a mensagem de Deus. “Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do Céu; mas Meu Pai vos dá o verdadeiro pão do Céu.” O doador do maná ali estava entre eles. Fora o próprio Cristo que conduzira os hebreus através do deserto, e os alimentara diariamente com o pão do Céu. Esse alimento era uma figura do verdadeiro pão do Céu. O Espírito insuflador de vida, brotando da infinita plenitude de Deus, eis o verdadeiro maná. Jesus disse: “O pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 385, 386 (cap. 41).
Jesus Cristo é claramente definido como o “Espírito insuflador de vida”, “o verdadeiro maná”, “O pão de Deus… que desce do Céu e dá vida ao mundo”.
Cristo tornou-Se uma mesma carne connosco, a fim de nos podermos tornar um espírito com Ele. É em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro - não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa. Os que vêem a Cristo em Seu verdadeiro carácter, e O recebem no coração, têm vida eterna. É por meio do Espírito que Cristo habita em nós; e o Espírito de Deus, recebido no coração pela fé, é o princípio da vida eterna.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 388. 
Jesus tomou a nossa natureza com todas as suas contingências! Ou seja, tomou a natureza humana pecaminosa, com as mesmas paixões e tendências da carne que nós, sem no entanto ter cedido ao pecado nem mesmo num só pensamento ou impulso. Não cedeu a nenhuma tendência pecaminosa, porque foi gerado e nasceu do Espírito de Deus, e viveu no Espírito desde a Sua infância. Embora sujeito às mesmas tentações às quais estamos sujeitos, as paixões humanas estavam plenamente subjugadas no Espírito, e por isso Sua inclinação, em Sua mente, era constantemente para o bem.
Pela Sua vitória sobre o pecado podemos nos “tornar um espírito com Ele”. O que é que isto quer dizer?! Cristo é a videira, nós as varas, e a mesma seiva, a mesma vida que flui na videira, fluirá para as varas que nela forem enxertadas. (Jo. 15:1-5). Somos membros do corpo de Cristo (I Cor. 12), e Seu sangue, Sua vida, flui para nós, a fim de vivermos!
Quer dizer que podemos ter a mesma pureza de pensamento que Cristo, a mente de Cristo (I Cor. 2:10-16), podemos vencer como Ele venceu, vivendo diariamente no Espírito de Deus e de Cristo (Ro. 8:1-15). Significa uma experiência, uma comunhão espiritual com ambos. O mesmo poder do Pai que operava em Cristo operará também em nós, e nos tornaremos participantes da natureza divina.
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” Jo. 17:21-23.
Sois seguidor de Cristo? Então tudo quanto se acha escrito  a respeito da vida espiritual está escrito para vós, e pode ser alcançado mediante vossa união com Cristo. Esmorece o vosso zelo? Esfria o primeiro amor? Aceitai novamente o oferecido amor de Cristo. Comei-Lhe da carne, bebei-Lhe do sangue e vos tornareis um com o Pai e com o Filho. (…) 
O Salvador respondeu-lhes: “Isto vos escandaliza? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são Espírito e vida.”
A vida de Cristo, que dá vida ao mundo, acha-se em Sua palavra. Era por Sua palavra que Cristo curava a moléstia e expulsava os demônios; por Sua palavra acalmava o mar, e ressuscitava os mortos; e o povo dava testemunho de que Sua palavra tinha poder. Ele falava a palavra de Deus, como o fizera por intermédio de todos os profetas e instruidores do Antigo Testamento. Toda a Bíblia é uma manifestação de Cristo, e o Salvador desejava fixar a fé de Seus seguidores na palavra. Quando Sua presença visível fosse retirada, a palavra devia ser sua fonte de poder. Como seu Mestre, deviam viver “de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Mat. 4:4. 
Como a vida física se mantém pela comida, assim é a espiritual mantida pela Palavra de Deus. E toda alma deve receber, por si própria, vida da Palavra de Deus. Como temos de comer por nós mesmos a fim de receber nutrição, assim devemos receber a palavra por nós mesmos. Não a haveremos de obter simplesmente por meio de outra pessoa. Cumpre-nos estudar cuidadosamente a Bíblia, pedindo a Deus o auxílio do Espírito Santo, para que possamos compreender a Palavra. Devemos tomar um versículo, e concentrar a mente na tarefa de averiguar o pensamento nele posto por Deus para nós. Convém demorar-se sobre esse pensamento até que nos apoderemos dele, e saibamos “o que diz o Senhor”.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 389, 390.
Necessitamos diariamente de uma experiência com Cristo por meio da oração, e pelo estudo da Sua Palavra, a qual Ele mesmo transmitiu aos profetas (Ap. 19:10). Esses momentos se tornarão para nós em Espírito e vida. Assim nos alimentaremos pela fé, da carne e do sangue de Cristo. Os anjos de Deus, que são cheios do Espírito e resplendor da glória divina, actuarão em nossos corações a fim de nos auxiliarem no estudo de Sua Palavra (Heb. 1:14).
Que espírito é o que vivifica?
“Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente {Gn 2,7}; o segundo Adão é espírito vivificante.” I Cor. 15: 45 (VC).
Cristo, o segundo Adão, é ESPÍRITO VIVIFICANTE!
Faz pouco tempo, foi-me pedido para enxertar uma videira. Enxertei duas varas. Uma pegou, está florescer, e frutificará. A outra não pegou, e certamente apodrecerá. Houve algum impedimento para que a seiva fluísse da videira para a vara.
Que será de nós?!
Apodreceremos e morreremos no deserto deste mundo ou frutificaremos em Cristo para honra de Deus, o Pai?!
Comemos e bebemos diariamente, no entanto continuamos a morrer. Não haveremos então de buscar o Pão da Vida?!
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará.” Jo. 6:27.
O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são Espírito e vida.”

domingo, 24 de abril de 2011

“Com Risco de Fracasso e Ruína Eterna”

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” Jo. 3:16, 17.
Verdadeiramente, o Altissimo deu, não emprestou, o  Seu Filho!

Satanás aborrecera a Cristo no Céu, por causa de Sua posição nas cortes de Deus. Mais O aborreceu ainda quando se sentiu ele próprio destronado. Odiou Aquele que Se empenhou em redimir uma raça de pecadores. Não obstante, ao mundo em que Satanás pretendia domínio, permitiu Deus que viesse Seu Filho, impotente criancinha, sujeito à fraqueza da humanidade. Permitiu que enfrentasse os perigos da vida em comum com toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna. O Desejado de Todas as Nações, cap. 4, pág. 34.
A igreja adventista do sétimo dia não reconhece que verdadeiramente, Yahushua, o Filho do Altissimo, tenha tomado a natureza humana pecaminosa, enfraquecida tanto física como moralmente, e que em Sua morte pereceu tanto em Sua natureza humana quanto divina, afirmando que a sua divindade não morreu. (ver anexo no final do artigo)
No entanto, ao se tornar um ser humano, a natureza divina de Yahushua fundiu-se com a natureza humana numa só, não havendo mais a possibilidade de separação. Caso contrário, o sacrifício do ungido teria sido inválido, pois não seria verdadeiramente o sangue do Filho do Altissimo, gerado nos dias da eternidade (Sl. 2:7; Prv. 8: 22-25, 30:4; Heb. 1:5).
A frase acima é bastante esclarecedora!
No caso de que a natureza divina do ungido não tivesse morrido, então que sentido faria, Ellen White dizer por inspiração que Yahushua se tornou homem “com risco de fracasso e ruína eterna”?!
Que quer isto dizer? Que, se Yahushua tivesse falhado na Sua missão, ele mesmo estaria perdido eternamente, como qualquer ser humano transgressor da lei de Yahuh.
Se como Filho do Altissimo pudesse escapar à morte na cruz, então também poderia escapar “de fracasso e ruína eterna”. Mas não foi assim. Yahushua sofreu a separação eterna de Seu Pai, e sofreu a condenação que nos estava reservada, em Sua natureza tanto humana quanto divina. E isto não podemos compreender!
O próprio Yahushua dá testemunho disso:
Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” Ap. 1:18.

Como poderia o ungido, o Filho do Altissimo, afirmar estas palavras se não tivesse provado verdadeiramente a morte?!

A máfia religiosa da igreja adventista tenta dar a volta à questão, inventando as explicações mais absurdas… por uma simples razão, para defender a trindade. Sabemos que a trindade defende, erradamente, que o ungido é tão eterno quanto Seu Pai, e por isso não poderia morrer. Por isso esta igreja caiu, e está irremediavelmente apostatada, porque ao defender este terrível erro deu lugar ao espiritismo, esoterismo e panteísmo em toda a sua força, e se tornou no anticristo negando o único e verdadeiro Altissimo, o Pai, e a seu Filho, nosso Senhor (I Cor. 8:6; I Jo. 2:22).
Foi assim que tal e qual um muro que faz barriga e ameaça desmoronar-se, caiu, ainda que contra todas as evidências muitos dos “guias cegos” continuem a achar que parece que cai, mas não cai.
Como está escrito:
Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” Mat. 15:14
Sai Dela Povo Meu!  



Anexo:

Eis o que a igreja defende oficialmente num de seus livros:

    "Na crucificação, a Sua humanidade morreu, mas não a divindade, pois isso teria sido impossível." Os Adventistas do Sétimo Dia Crêem... pág. 49.

De facto, acerca disto a igreja faz afirmações absurdas e do maior nível de estupidez que se possa descrever, ao ponto de sugerirem subtilmente a existência separada do Filho do Altissimo  e de Yahushua, homem, como pessoas separadas. Chegam ao ponto de dizer que na cruz a humanidade morreu, enquanto a divindade estava ali ao lado, viva! (Ler em Trindade, pág. 280, 299).

Eu respondo:

"O Filho do Altissimo Morreu de Facto!"

Esta parte do anexo foi retirada de uma mensagem já publicada: "Mãos criminosas alteraram os escritos de Ellen White". (http://www.scribd.com/doc/48274750/Maos-Criminosas-Alteraram-os-Escritos-de-Ellen-White) Mas como talvez muitos não tenham lido essa mensagem resolvemos republicar esta parte.

"Yahushua o ungido, em quem a natureza divina e humana estavam combinadas, morreu literalmente por nós. Muitos afirmam a partir de algumas frases de Ellen White, que Yahushua não morreu em Sua natureza divina. Se assim fosse, o sacrifício de Yahushua seria inválido, pois não teria sido o Filho do Altissimo a morrer por nós, mas simplesmente um homem. Como poderia a natureza divina ser independente da humana se estavam combinadas ou fundidas?! Não seria isso uma teoria espírita e uma negação clara de que somente o Pai é o Eterno Altissimo, imortal e invisível (Tm. 6:15,16)?!
Analisemos as seguintes frases:
 A divindade e a humanidade estão combinadas naquele que tem o espírito de Cristo.” Youth’s Instructor, 30 de Junho de 1892, par. 3, (Ver também em Sons and Daughters of God, pág. 24).
“Compare isto com as riquezas da glória, a riqueza de louvor emanando de línguas imortais,  os milhões de ricas vozes no universo de Deus em hinos de adoração. Mas ele se humilhou a Si mesmo, e tomou a mortalidade sobre Ele. Como membro da família humana, ele era mortal, mas como Deus, ele era a fonte de vida para o mundo. Ele poderia, na sua pessoa divina, resistir sempre ao avanço da morte, e recusar-se a ficar sob seu domínio, mas ele voluntariamente entregou a sua vida, pois fazendo assim ele poderia dar vida e trazer à luz a imortalidade. Ele levou os pecados do mundo, e sofreu a penalidade, que esmagou sua alma divina como uma montanha. Ele entregou a sua vida em sacrifício, para que o homem não morresse eternamente. Ele morreu, não por ter sido obrigado a morrer, mas de sua livre vontade. Isto foi humildade. Todo o tesouro do céu foi derramado numa só dádiva para salvar o homem caído. Ele trouxe em sua natureza humana todas as energias vivificantes que os seres humanos precisarão e devem receber.” Review & Herald, 4 de Setembro de 1900, par. 5 (Ver também em O Desejado de Todas as Nações, no último par. do cap. 52).    
 “Os homens precisam entender que a Divindade sofreu e mergulhou nas agonias do Calvário.MS 153, 1898.” Ellen White, S.D.A. Bible Commentary, vol. 7, pág. 907, par. 2, (That I May Know Him, pág. 70, par. 2). 

“Jesus disse a Maria: “Não me toques; porque ainda não subi para meu Pai”. Quando Ele fechou os olhos na morte sobre a cruz, a alma de Cristo não foi logo para o céu, como muitos acreditam, ou como poderiam ser verdade Suas palavras — “Eu ainda não subi para meu Pai”? O espírito de Jesus dormiu no túmulo com Seu corpo, e não voou rumo ao céu, para lá manter uma existência separada, e olhar desde cima para os discípulos de luto, a embalsamar o corpo de que tinha levantado voo. Tudo o que abrangia a vida e a inteligência de Jesus permaneceu com seu corpo no sepulcro, e quando ele saiu de lá, o fez como um ser completo; ele não teve que invocar o seu espírito do céu. Ele tinha poder para dar a Sua vida e tomá-la novamente.” Ellen White, S.D.A. Bible Commentary, vol. 5, págs. 1150, par. 6, (Ver também The Spirit of Prophecy, vol.3, págs. 203, 204). 

“Quando Jesus expôs diante de seus discípulos o facto de que ele deveria ir a Jerusalém para sofrer e morrer nas mãos dos sacerdotes e dos escribas, Pedro tinha presunçosamente contradito seu Mestre, dizendo: "Longe de ti, Senhor; isso não te acontecerá”. Ele não podia conceber ser possível que o Filho de Deus fosse morto. Satanás sugeriu à sua mente que, se Jesus era o Filho de Deus, ele não podia morrer.” Spirit of Prophecy, vol. 3, cap. 17, (Jesus at Galilee), pág. 231, par. 1.
Mais adiante irei analisar mais detalhadamente a razão pela qual, não só em relação a este assunto, mas também em relação a outros, se encontram claras contradições nos escritos de Ellen White.”

“Outro exemplo que gostaria de apresentar tem que ver com algumas frases concernentes à morte de Yahushua. Algumas dessas frases, já as apresentei anteriormente, como por exemplo, a frase seguinte:
“Jesus disse a Maria: “Não me toques; porque ainda não subi para meu Pai”. Quando Ele fechou os olhos na morte sobre a cruz, a alma de Cristo não foi logo para o céu, como muitos acreditam, ou como poderiam ser verdade Suas palavras — “Eu ainda não subi para meu Pai”? O espírito de Jesus dormiu no túmulo com Seu corpo, e não voou rumo ao céu, para lá manter uma existência separada, e olhar desde cima para os discípulos de luto, a embalsamar o corpo de que tinha levantado voo. Tudo o que abrangia a vida e a inteligência de Jesus permaneceu com seu corpo no sepulcro, e quando ele saiu de lá, o fez como um ser completo; ele não teve que invocar o seu espírito do céu. Ele tinha poder para dar a Sua vida e tomá-la novamente.” Ellen White, S.D.A. Bible Commentary, vol. 5, págs. 1150, par. 6, (Ver também The Spirit of Prophecy, vol.3, págs. 203, 204).

No entanto existem frases “de Ellen White” que dizem claramente o contrário, como esta frase que se segue: 

“"Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Aquele que disse: "Dou a Minha vida para tornar a tomá-la" (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 301.

Como entender tal paradoxo?! Como iria Ellen White escrever uma coisa e depois o contrário?!

Relembremos mais uma das frases que anteriormente apresentei: 

“Quando Jesus expôs diante de seus discípulos o facto de que ele deveria ir a Jerusalém para sofrer e morrer nas mãos dos sacerdotes e dos escribas, Pedro tinha presunçosamente contradito seu Mestre, dizendo: "Longe de ti, Senhor; isso não te acontecerá”. Ele não podia conceber ser possível que o Filho de Deus fosse morto. Satanás sugeriu à sua mente que, se Jesus era o Filho de Deus, ele não podia morrer.” Spirit of Prophecy, vol. 3, cap. 17, (Jesus at Galilee), pág. 231, par. 1.
Esta frase é muito clara!
Pensar que Yahushua, o Filho do Altissimo, não podia morrer, é de procedência maligna. Portanto, a frase que fala que a divindade não morreu, tal como se apresenta, não foi inspirada pelo Altissimo, mas por Satanás, nem tão pouco creio ter sido escrita por Ellen White! Bem disseram os pioneiros que a trindade rebaixa a expiação do ungido, pois se Yahushua morreu apenas como um simples ser humano, então essa morte não tem valor nenhum.
Estranhas frases (supostamente) de Ellen White a este respeito, “surgiram” num tempo em que determinados indivíduos, como Kellogg, e Wilcox começaram a agitar a bandeira da trindade entre os adventistas. O raciocínio de que o ungido como Ser divino não podia morrer, era um elemento importante tanto para a argumentação da trindade, como para o seu estabelecimento, senão vejamos a seguinte declaração:
Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas co-eternas. Deus é imortal, omnipotente, omnisciente, acima de tudo e sempre presente. Ele é infinito e está além da compreensão humana, mas é conhecido por meio da Sua auto-revelação. É para sempre digno de culto, adoração e serviço por parte de toda a Criação. – Crenças Fundamentais, 2” Os Adventistas do Sétimo Dia Crêem…, pág. 16.”
Para uma melhor compreensão acerca das alterações aos escritos de Ellen White recomendamos a leitura do artigo na sua totalidade. Vale a pena! Ou se preferir imprimir e ler em papel, acesse para download: http://www.scribd.com/doc/48274750/Maos-Criminosas-Alteraram-os-Escritos-de-Ellen-White.

Aproxima-se o Tempo de Agonia e Angústia!

Se hoje não nos colocamos do lado da verdade, antes cedemos perante pai, mãe, marido, mulher, filho/a, irmão/ã, e outros familiares e amigos, diante de pastores e membros de igreja, que fé é a nossa?! Se em tempo de paz não podemos enfrentar as mais mínimas provas, como enfrentaremos amanhã as mais duras provas de sempre?!

Estás preparado para suportar as provas que estão precisamente diante de nós?! A história da Terra está chegando ao seu fim. Está a tua vida selada para Deus?
Estás de tal maneira firmado na verdade que possas dar razão da tua fé, sozinho, diante de uma multidão irada, que te acusará de todo o género de injustiça, estando tu inocente?!
Se hoje não nos colocamos do lado da verdade, antes cedemos perante pai, mãe, marido, mulher, filho/a, irmão/ã, e outros familiares e amigos, diante de pastores e membros de igreja, que fé é a nossa?! Se em tempo de paz não podemos enfrentar as mais mínimas provas, como enfrentaremos amanhã as mais duras provas de sempre?!
Que estamos a fazer neste momento? Estamos com todas as forças buscando a Deus, tendo como prioridade estudar Sua Palavra, entender toda a verdade, até mesmo aquelas verdades que nos sejam inconvenientes, e vivendo como à vista do Senhor Jeová?!

"Enoque, separando-se do mundo, e passando muito do seu tempo em oração e comunhão com Deus, representa o  povo fiel de Deus nos últimos dias que estará separado do mundo." Spiritual Gifts, vol. 3, pág. 58.
Quanto tempo dedicamos a Deus?! Temos passado noites em oração?! Temos consciência de que vivemos nos dias do juízo investigativo, e nossa postura devia assemelhar-se o mais possível aos dias de terrível expectativa dos israelitas antes do dia do “Yom Kippur”, o dia da expiação, quando todas as ocupações secundárias eram colocadas de lado (Lev. 23:26-32)?!
Nossos sentimentos, impulsos e afectos devem fluir para o céu, não para a terra, não no baixo canal do pensamento e condescendência sensuais. Já é tempo de que cada alma esteja como que à vista do Deus que sonda os corações.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 366, par. 1.

Estamos nos desembaraçando de todos os compromissos com este mundo, de tudo quanto nos prejudique em nossa espiritualidade?! Estamos nós conscientes do conflito cósmico existente sobre a Terra?! Podemos dizer que estamos vivendo somente para Deus?! (I Co. 7:27-35)
Se assim não for, certamente que a mais terrível perseguição contra os filhos de Deus, os acontecimentos mais drásticos que já ocorreram na Terra, te surpreenderão como o ladrão da noite (I Tes. 5:4).
Deves hoje buscar conhecer ao Pai e a Seu Filho como nunca antes (Jo. 17:3)!
O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada. O tempo de graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião. Jacó prevaleceu porque era perseverante e decidido. Sua vitória é uma prova do poder da oração importuna. Todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como ele o fez, e como ele forem fervorosos e perseverantes, serão bem-sucedidos como ele o foi. Os que não estão dispostos a negar o eu, a sentir verdadeira agonia perante a face de Deus, a orar longa e fervorosamente rogando-Lhe a bênção, não a obterão. Lutar com Deus - quão poucos sabem o que isto significa! Quão poucos têm buscado a Deus com contrição de alma, com intenso anelo, até que toda faculdade se encontre em sua máxima tensão! Quando ondas de desespero que linguagem alguma pode exprimir assoberbam os que fazem suas súplicas, quão poucos se apegam com fé inquebrantável às promessas de Deus!” O Grande Conflito, pág. 621 (Cap. 39). 
A igreja remanescente terá de passar por grande prova e aflição. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e de suas hostes. Satanás reputa por súditos seus os habitantes do mundo; adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas eis um pequeno grupo que resiste à sua supremacia. Se ele os pudesse desarraigar da Terra, seu triunfo seria completo. Como influenciou as nações pagãs para destruírem Israel, assim, num futuro próximo, ele incitará as maléficas potências terrestres para destruir o povo de Deus. Exigir-se-á a todos que rendam obediência a decretos humanos, em violação da lei divina. Aqueles que se conservarem fiéis a Deus e ao dever serão ameaçados, denunciados, e proscritos. Serão traídos “até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos”. Lucas 21:16.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, pág. 231, par.1.

Está muito próximo o tempo em que se desencadeará a perseguição contra os que proclamam a verdade. A perspectiva não é lisonjeira; mas, não obstante isso, não esmoreçamos em nossos esforços por salvar os que estão prestes a perecer, por cujo resgate o Príncipe do Céu ofereceu Sua própria vida. Se falha um meio, experimentemos outro. Nossos esforços não devem ser débeis e sem vigor. Enquanto nos for poupada a vida, trabalhemos para Deus. Em todas as épocas da igreja, mensageiros designados por Deus se têm exposto a censura e perseguição por amor da verdade. Mas aonde quer que o povo de Deus seja forçado a ir, ainda que, como o discípulo amado, sejam banidos para ilhas desertas, Cristo saberá onde estão, e os fortalecerá e abençoará, enchendo-os de paz e alegria.” Idem, vol. 9, pág. 227, par. 3.

sábado, 23 de abril de 2011

“Este é o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna”

Análise de alguns dos textos bíblicos que foram deturpados em determinadas versões (I Jo. 5:20; II Pd. 1:1; Tt. 2:13; Rom. 9:5; Jd. 4; Fil. 3:3), com a finalidade de defender a doutrina da trindade, colocando Cristo em igualdade com o Pai.  Como reconhecer qual a versão mais correcta? É simples! Observar aquela que mais se aproxima não só do contexto bíblico em que o verso se enquadra, mas também com o conjunto de verdades da Bíblia.



Quem é o verdadeiro Deus e vida eterna?
O apóstolo João nos responde com muita clareza:
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo. 17:3 (ACF - Todos os versos apresentados são desta tradução, à excepção dos casos em que se defina outra).
A resposta parece óbvia, no entanto muitos teimam em forjar o texto bíblico:
I Jo. 5:20
“Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (NVI).
“O Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro”. Quem é o “Verdadeiro”?!
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.” Jo. 1:18
“Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.” Jo. 14:7
Até uma criança poderá responder em sua simplicidade que o “Verdadeiro” é Deus, o Pai!
Podemos ainda ler o verso mencionado acima na versão inglesa:
“And we know that the Son of God is come, and hath given us an understanding, that we may know him that is true, and we are in him that is true, { even } in his Son Jesus Christ. This is the true God, and eternal life.” (KJ).
Não há dúvidas!
Mas se lermos o mesmo texto noutras versões, existe algo de errado:
“Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (AA).
Nous savons aussi que le Fils de Dieu est venu, et il nous a donné l'intelligence pour connaître le Véritable; et nous sommes en ce Véritable, en son Fils Jésus-Christ. C'est lui JÉSUS qui est le Dieu véritable, et la vie éternelle. (APEE).

Claramente estas últimas versões desvirtuam a mensagem original do texto bíblico, desrespeitando o seu todo, e forjando-o na pretensão de defender a trindade. O Filho é colocado numa posição que pertence unicamente ao Pai, sendo definido como “o verdadeiro Deus”. Jesus é definido como “a verdade” (Jo. 14:6), “Verdadeiro” (Ap. 19:11) e “a vida eterna” (I Jo. 1:2), mas não como “o verdadeiro Deus”. O Pai em diversos versos é irrefutavelmente definido como o único e verdadeiro Deus. Além do verso que estamos a analisar (I Jo. 5:20), e do que de início apresentei (Jo. 17:3), que curiosamente são do mesmo autor, João, e portanto não se iriam contradizer, existem outros:

“Aquele que aceitou o seu [de Cristo] testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro.” Jo. 3:33

“Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro”. I Tes. 1:9  

O próprio Cristo deu testemunho disso:

“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. (…)

E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele.” Mc. 12: 29, 32 (Comparar com Dt. 6: 4,5).

É interessante notarmos que até mesmo os teólogos que prepararam o Comentário Adventista concordam que “o verdadeiro Deus” se refere ao Pai:

Conhecer ao que é verdadeiro. 

    Literalmente "para que conheçamos ao Verdadeiro" (BJ, BC); isto é, a Deus, ao Pai (cf. João 7:28; 17:3; 1 Tes. 1:9), a quem o Filho veio para revelá-lo aos homens e quem pode ser conhecido verdadeiramente só mediante o Filho (ver com. João 1:18; 14:9). Com esta descrição do Pai, João desvia a mente de seus leitores da falsidade do gnosticismo (ver pp. 643-644) à verdade da fé cristã verdadeira. 

    No verdadeiro.

    É óbvio que se trata de Deus o Pai, como o indicam as palavras seguintes, "seu Filho Jesus Cristo". 

    Este é o verdadeiro Deus. 

    É possível aplicar estas palavras a Jesus Cristo, mas sua aplicação mais provável corresponde com o Pai pois dele é de quem João tem estado falando nas declarações precedentes. Mas como em outras passagens, também não há aqui necessidade de distinguir categoricamente entre o Pai e o Filho, pois ambos são um em natureza, carácter e propósito.” http://www.ellenwhitebooks.com/?t=2&l=124&p=6

Com a última parte não posso concordar de maneira nenhuma, pois não é o Pai que se sujeita ao Filho, mas o Filho ao Pai (I Cor. 15: 27, 28).

Mas este não é um texto isolado!

Existem muitos outros versos que, na pretensão de se defender a trindade, aparecem de tal modo transformados, ou melhor deformados, em determinadas traduções da Bíblia, que títulos que normalmente são aplicados ao Pai são atribuídos a Jesus. Isto é, que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno como o Pai, o que está errado, pois está escrito que houve um começo para Cristo na eternidade, no dia em que foi gerado pelo Pai (Heb. 1:5).

Podemos ver, por exemplo, e de forma geral, que a tradução trinitária (ACF) favorece a trindade:

II Pd. 1:1, 2

“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que connosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor”. (ACF).

A tradução católica é, neste ponto, mais correcta:

Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, pela justiça do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo, alcançaram por partilha uma fé tão preciosa como a nossa, graça e paz vos sejam dadas em abundância por um profundo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor!” (VC).

Como reconhecer qual a versão mais correcta? É simples! Observar aquela que mais se aproxima não só do contexto bíblico em que o verso se enquadra, mas também com o conjunto de verdades da Bíblia.

Não faria nenhum sentido que no primeiro verso não se fizesse distinção entre Deus e Seu Filho, e logo de seguida isso acontecesse. Claramente se vê que num caso destes, houve, sem sombra de dúvida, articulação ou abuso do texto bíblico.

Outro verso em que a versão trinitária “mete água”:

Tt. 2:13

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo”.

As seguintes versões estrangeiras clarificam que o verso em questão se refere a ambos, ao Pai e ao Filho:

“Looking for that blessed hope, and the glorious appearing of the great God and our Saviour Jesus Christ; {glorious...: Gr. the appearance of the glory of the great God, and of our Saviour Jesus Christ}” (KJ)

“En attendant la bienheureuse espérance, et la manifestation de la gloire du grand Dieu et de notre Sauveur Jésus-Christ”. (LSG).

As expressões “and of” e et de”, indicam que a frase se refere a dois sujeitos, a Deus, o Pai, e ao Filho, e que também o Pai virá com Seu Filho, em Sua 2ª vinda. Infelizmente, a tendência dos tradutores é uma parcialidade completa, que visa defender uma falsa trindade, a custo de adulterarem e falsificarem não só determinados textos, mas o máximo possível de toda a Bíblia.

Então o verso deveria ter sido traduzido assim:

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo

O seguinte verso bíblico é um dos preferidos dos trinitários:

Rom. 9:5

“Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.”

“Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de tudo, bendito para sempre! Amém.” (NVI).

“Whose are the fathers, and of whom came Christ in the flesh, who is over all, God, to whom be blessing for ever. So be it.” (BBE).

Todas estas traduções parecem favorecer a trindade. Eu mesmo me debrucei sobre o original grego e, conforme a colocação das vírgulas, assim iremos obter traduções bem diferentes. Notem aquilo que afirmam os teólogos adventistas:

“O qual é Deus.

   Bem como aparece na RVR, este versículo afirma que Cristo é Deus. Outras versões parecem não o dizer com tanta clareza, ou transformam o texto de maneira que se exalta a Deus e não a Cristo. O problema vem de que o grego no primeiro século não se escrevia com pontuação alguma. Nos antigos manuscritos aparecem alguns signos de pontuação, mas é evidente que foram introduzidos por copistas e hoje se lhes dá pouca importância. O texto grego, sem pontuação e sem distinção entre maiúsculas e minúsculas, diz assim: "dos quais os pais e dos quais o Cristo o segundo a carne o que sobretudo [ou todas as coisas] Deus bendito para os séculos amém". 

    São três as principais interpretações do versículo. A primeira é a da RVR: "Dos quais, segundo a carne, veio Cristo, o qual é Deus sobre todas as coisas, bendito pelos séculos". Segundo esta interpretação, totalmente possível em base ao grego, Cristo é igualado a Deus. A segunda interpretação põe um ponto depois de "carne". Assim se lê: "Dos quais os pais e dos quais o Cristo segundo a carne. O que é sobre todas as coisas é Deus bendito para os séculos". Esta interpretação também não faz violência ao texto. A terceira forma de ler o versículo é em verdade uma modificação da segunda. A passagem se leria assim: "Dos quais os pais e dos quais o Cristo segundo a carne, o que é sobre todas as coisas. Deus bendito para sempre!

    A comissão das Sociedades Bíblicas que estudou as evidências textuais que se citam neste Comentário, expediu-se sobre este assunto, reconhecendo que não se trata de um problema textual senão de pontuação. Favorecem a primeira interpretação por ser a mais natural. Admitem, no entanto, que sua opinião não é decisiva. (Bruce Metzger, A Textual Commentary on the New Testament, pp. 520-523.) 

    Sem ter maiores evidências, o problema se reduz a escolher entre uma interpretação que afirma que Cristo é Deus, e outra que não o diz. Em concordância com Metzger, pode dizer-se que a forma como interpreta a RVR é a mais natural e singela, sem fazer violência alguma ao texto grego, e mais harmoniosa com o contexto. Paulo tem estado repassando os muitos benefícios e privilégios que Deus tinha conferido a Israel como a seu povo escolhido, e menciona a descendência do Messias da raça de Israel como o clímax dessas bênçãos; mas essa descendência está limitada a sua natureza física. O Messias tem outra natureza que não é carnal, e Paulo agora adiciona à descrição de Cristo, "o qual é Deus sobre todas as coisas, bendito pelos séculos". A forma em que Paulo fala da 581 humanidade de Cristo parece exigir como antítese esta clara afirmação de sua divindade (cf. Rom. 1: 3-4). Que Cristo é divino e que é Aquele que está "acima de todas as coisas", ensina-se em muitas passagens do NT (Jo. 1: 1-3; Éfe. 1: 20-22; Fil. 2: 10-11; Col. 1: 16-17; 2: 9. Ver Nota Adicional com. Jo. 1). Um estudo mais amplo deste texto pode fazer-se em The Ministry de setembro de 1954, pp. 19-21 e em Problems in Bible Translation, pp. 218-222.” http://www.ellenwhitebooks.com/?t=2&l=90&p=10

Apesar da clara oposição à tradução que exalta a Deus, como Deus, pelo menos reconhecem essa possibilidade. É lamentável e vergonhoso o sugerirem que tal tradução “faz violência” ao texto bíblico. Está ela em conflito com o contexto do verso ou do conjunto de verdades bíblicas?! “Raça de víboras”, que constantemente adulteram o texto bíblico a fim de favorecer a trindade!

As seguintes versões respeitam o contexto do verso em estudo, bem como o todo da Palavra de Deus:

“A eles pertencem os patriarcas e é deles que descende Cristo, segundo a carne. Deus que está acima de todas as coisas, bendito seja Ele pelos séculos! Ámen.” (Franciscanos Capuchinhos).

“A quem pertencem os antepassados e de quem [procedeu] o Cristo segundo a carne: Deus, que é sobre todos, [seja] bendito para sempre. Amém.” (NM)

Se lermos com atenção o verso seguinte (v.6), refere-se a Deus e não a Cristo!

Quero ainda chamar a vossa atenção para o seguinte verso:

Jd. 4

“Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.”

“Pois certos homens ímpios se introduziram furtivamente entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este julgamento; eles transformam em dissolução a graça de nosso Deus e negam [aqui omitem parte do texto] Jesus Cristo, nosso único Mestre e Senhor.” (VC).

“For there are certain men crept in unawares, who were before of old ordained to this condemnation, ungodly men, turning the grace of our God into lasciviousness and denying the only Lord God, and our Lord Jesus Christ.” (KJ).

Na versão trinitária, mais uma vez, o Pai é desprezado, sendo Jesus colocado no Seu lugar. Na versão católica, omite-se a referência ao Pai, na parte final do verso. Na versão inglesa que apresento, o verso está muito mais completo, falando sobre a negação tanto de Cristo, quanto de Deus o Pai. A palavra Senhor aplica-se a ambos enquanto que a palavra único concerne a pessoa de Deus.

A tradução correcta seria então:

“Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam o único Senhor Deus, e o nosso Senhor Jesus Cristo.”

Como é possível existirem tais diferenças?! Mãos criminosas…

“Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do caminho da vida ali revelado.” Primeiros Escritos, pág. 220, 221.

Num próximo artigo falarei de outros versos tais como Jo. 1:1 e Fil. 2:1-11.

Para finalizar gostaria de chamar a vossa atenção para o facto de que, no grego, além de não haver pontuação, todas as letras eram maiúsculas. Digo isto porque a palavra “espírito” no grego, tanto se podia referir ao Espírito de Deus que agora colocamos com letra inicial maiúscula,  como ao nosso espírito ou ao vento, por exemplo, que hoje em dia se coloca com inicial minúscula. Desta forma sucede que na hora de traduzir do grego para o português ou outra língua qualquer, até certo ponto, os tradutores podem articular as coisas para fazer parecer que a palavra espírito se refira a Deus ou não. Vou dar um exemplo com várias versões:

Fil. 3:3

“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (Ver Jo. 4:23, 24).

“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne…”  (RA).

“Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne…” (NVI).

“Porque os verdadeiros circuncisos somos nós, que prestamos culto a Deus pelo Espírito de Deus, e pomos nossa glória em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (VC).

Neste caso, a versão trinitária harmoniza-se com o contexto e o todo da Bíblia, e apresentei também um texto paralelo quanto ao assunto em questão. As últimas versões vão numa direcção completamente trinitária, buscando introduzir, não só a suposta 3ª pessoa da trindade como a adoração à mesma.

Se analisarmos cuidadosamente, em muitos textos a palavra espírito aparece com letra inicial maiúscula quando não se refere expressamente ao Espírito de Deus, e noutros casos em que se refere, colocam letra minúscula. Vou dar mais um exemplo:

I Cor. 15:45

“Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente {Gn 2,7}; o segundo Adão é espírito vivificante.” (VC – Ver também a RA).

Quem é o 2º Adão? Cristo!

Cristo é Espírito vivificante? Sim! Então porque não colocaram com letra maiúscula o “e” da palavra espírito?!

Cristo mesmo deu testemunho disso ao dizer:

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.” Jo. 6:63.

Que espírito é o que vivifica? O Espírito de Cristo! Não? Como? “As palavras que eu vos disse são espírito e vida”. Cristo se refere aos Seus ensinos, ao pôr em prática o que Ele ensinou, isto é, que nos alimentemos dEle, a fim de termos vida espiritual, a vida eterna (Jo. 6: 53-57). Por isso é que Jesus disse que a carne para nada aproveita, pois que nos alimentamos continuamente e morremos, e a menos que tenhamos vida espiritual, comunhão com Cristo e com o Pai (Jo. 1:3), morreremos neste mundo como os israelitas no deserto!

Vêem?! Porque não colocaram espírito com letra inicial maiúscula?! Porque dessa forma deitariam por terra a doutrina da trindade, visto que esse Espírito provém de Cristo, e de Seu Pai.

“Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” Jo. 6:53.

Estejamos atentos, pois não há nenhuma tradução completamente fiel, ou seja, que esteja correcta em cada versículo. Por isso importa estudar, como já mencionei acima, o contexto de cada passagem, e sempre ter em conta os ensinos da Bíblia como um todo. Só assim, e é claro, com a orientação do Espírito de Deus, saberemos determinar, em cada verso, qual é a tradução mais correcta.

A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.