Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

sexta-feira, 5 de março de 2010

As 7 Trombetas e o Fim do Tempo da Graça.

(Clica no título do artigo para imprimir ou fazer download)

“Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante do Altíssimo, e lhes foram dadas sete trombetas.” Apoc. 8:2 (ARA)

As sete trombetas do Apocalipse são um dos temas mais difíceis de compreender e talvez por isso sejam um dos temas menos pregados. No entanto, são uma das partes mais fascinantes da Bíblia para o estudante sincero, pois não só nos mostra o que aconteceu no passado mas, mais importante ainda, nos revela os acontecimentos que em breve terão lugar nesta terra.

NOTA IMPORTANTE:
Antes destes acontecimentos terem lugar, e muito em breve, ocorrerá a vinda de Satanás a esta Terra, personificando a Yahushua, o Ungido (erradamente chamado Jesus Cristo, ver http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/06/este-e-o-meu-nome-eternamente.html)! Sim, ainda antes da lei dominical. Ver: http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2010/04/alerta-satanas-aparece-como-benfeitor.html

Durante este estudo das sete trombetas veremos que terríveis pragas terão lugar no nosso planeta, ainda antes do fim do tempo da graça. Estas são uma clara advertência a um mundo que se esqueceu do seu Criador, que está finalizando Sua obra de intercessão pela humanidade no santuário celestial. É de notar que mesmo antes das trombetas haverão outras pragas, mas não com a mesma intensidade.

“As pragas do Altíssimo já estão caindo sobre a terra, arrebatando os edifícios mais sumptuosos como por um sopro de fogo do céu. Esses juízos não farão com que os cristãos professos caiam em si? O Altíssimo permite que sobrevenham para que o mundo se acautele, para que os pecadores temam e tremam diante d’Ele.” Eventos Finais, pág. 26.

“O Altíssimo tem um propósito ao permitir que ocorram essas calamidades. Elas constituem um de Seus meios para chamar homens e mulheres à razão. Mediante actuações incomuns da Natureza, o Altíssimo expressará a instrumentalidades humanas em dúvida o que Ele revela claramente em sua Palavra.” Ibidem.

Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber–se da pecaminosidade do seu procedimento.” Testemunhos Selectos, vol. 3, págs. 329 e 330 (1909).

O Dia da Expiação

No antigo Israel, as trombetas tocavam dez dias antes do dia da expiação, fim do ano religioso hebraico, a fim de que o povo se preparasse, com profundo exame de coração, para esse dia. Todos os pecados deveriam ser confessados e abandonados, para que a bênção do Altíssimo repousasse sobre o povo:

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação (…). Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada a Yahuh.” Lev. 23:24, 27 (ARA)

Nesse dia, simbolicamente, o santuário era purificado de todo o pecado acumulado ao longo do ano. Cada vez que alguém pecava, e confessava o seu pecado, impondo as mãos sobre a cabeça do cordeiro, no pátio do templo, esse pecado era então simbolicamente transferido para o santuário, através do sangue desse mesmo animal, pelo sacerdote.


“O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimónia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. (…)


Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se tornava necessária para sua remoção. O Altíssimo ordenara que se fizesse expiação por cada um dos compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar "das imundícies dos filhos de Israel", e o santificar. Lev. 16:19.

Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O cerimonial ali efectuado completava o ciclo anual do ministério.

No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, "uma sorte por Yahuh, e a outra sorte pelo bode emissário". O bode sobre o qual caía a primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. "Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícies dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícies." Lev. 16:16.


"E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária." Lev. 16:21 e 22. Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante o Altíssimo, com oração, jejum e profundo exame de coração.

Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram ensinadas ao povo por meio deste serviço anual. Nas ofertas para o pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um substituto em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa expiação pelo pecado. Apenas provera o meio pelo qual este fora transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e exprimia sua fé nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não estava inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu carácter de mediador, o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava sobre ele "todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-as sobre a cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efectuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais". Heb. 8:5.” Patriarcas e Profetas, pág. 354-356, (cap. O tabernáculo e seus serviços).

O Antítipo do Dia da Expiação

Todas estas cerimónias do antigo testamento não eram senão “sombras das coisas futuras” (Cl. 2:17), isto é, apontavam para realidades futuras e celestiais:

“O primeiro tabernáculo… é uma alegoria para o tempo presente…”

“Mas, vindo o Ungido, o sumo-sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo…”
“Porque  o Ungido não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face do Altíssimo…” Hb. 9:8,9,11,24.

“Assim como o Ungido, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença do Altíssimo, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador.

O sangue do Ungido, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até ao dia da expiação.

No grande dia da paga final, os mortos devem ser "julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras". Apoc. 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório do Ungido, os pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário estará livre ou purificado, do registro de pecado. No tipo, esta grande obra de expiação, ou cancelamento de pecados, era representada pelas cerimônias do dia da expiação, a saber, pela purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado.

Assim como na expiação final os pecados dos verdadeiros arrependidos serão apagados dos registros do Céu, para não mais serem lembrados nem virem à mente, assim no serviço típico eram levados ao deserto, para sempre separados da congregação.

Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho do Altíssimo, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra do Ungido para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado, encerrar-se-á pela remoção dos pecados do santuário celestial e deposição dos mesmos sobre Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério encerrava-se com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário. Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou o seu lugar, ensinavam-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério do Ungido, e uma vez ao ano sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre o Ungido e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores.” Idem, pág. 357,358.

Em Daniel 8:14 encontramos a profecia: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs [2300 anos, contados a partir de 457 a.c até 1844 d.c. (Dan 8:17,26; 9:24,25,26)], e o santuário será purificado.” Esta profecia indica-nos o tempo exacto em que o Ungido passou do lugar santo ao lugar santíssimo do santuário celestial – terça-feira, 22 de Outubro de 1844. Nesse dia teve início o juízo investigativo, o antítipo do dia da expiação. Passarei a explicar.

As 7 Trombetas no Passado
“Abriu-se, então, o santuário do Altíssimo, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terramoto e grande saraivada.” Apoc. 11:19 (ARA)


“O anúncio de que o templo do Altíssimo se abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar o Ungido ali para efectuar a obra finalizadora da expiação.” O Grande Conflito, pág. 433.

Ellen White deixa claro nesta citação do Grande Conflito, que Apocalipse 11: 19 se refere à passagem de Yahushua do lugar Santo para o lugar Santíssimo. Ora, esta passagem se encontra mesmo no final da descrição da sétima trombeta, o que nos indica que as sete trombetas “tocaram”, no decorrer da história, até 1844, advertindo e apontando para o dia da expiação no lugar santíssimo do santuário celestial, a começar com o juízo investigativo dos mortos inscritos no livro da vida.

(Acerca deste assunto, ver O Grande Conflito, cap. 28: O Grande Juízo Investigativo. http://oconflitodosseculos.blogspot.com/2009/10/28.html)

O testemunho de Ellen White e a história confirmam o cumprimento passado das predições feitas há muito pela Palavra do Altíssimo, no que respeita às trombetas de Apocalipse 8-11.

“No ano de 1840 outro notável cumprimento de profecia despertou geral interesse. Dois anos antes, Josias Litch, um dos principais ministros que pregavam o segundo advento, publicou uma explicação de Apocalipse 9, predizendo a queda do Império Otomano. (…) O acontecimento cumpriu exactamente a predição.” O Grande Conflito, pág. 334.
Se é certo que as sete trombetas tiveram um cumprimento histórico, também é certo que haverá um cumprimento escatológico, isto é, no tempo do fim. Não nos vamos deter no cumprimento passado das sete trombetas, mas sim no seu cumprimento nos últimos dias.

As 7 Trombetas no Fim do Tempo

Que dizem a Bíblia e o Espírito de Profecia acerca do cumprimento escatológico das sete trombetas?
Já no antigo testamento, no livro de Joel, se fez referência ao toque da trombeta: “Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia de Yahuh vem, já está próximo…” Joel 2:1 (ARA)


Não só no livro de Joel, mas também noutros livros como Jeremias e Sofonias: “Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra. Golpe sobre golpe se anuncia, pois a terra toda já está destruída…” Jer. 4: 19, 20


“Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e de desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.” Sof. 1: 15, 16


É certo que estes textos tiveram uma aplicação no passado, no entanto, todos eles convergem especialmente para o fim deste mundo, advertindo para o fim do tempo de graça concedido pelo Altíssimo ao Seu povo e a toda a humanidade.

As trombetas na conquista de Jericó

No episódio da conquista de Jericó, as trombetas tiveram um lugar proeminente: “Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodearão a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.” Josué 6: 4

É interessante notar as semelhanças com Apoc. 8:6; “sete sacerdotes” e “sete anjos”, ambos os grupos com “sete trombetas” os quais vão “adiante da arca” ou precedem o aparecimento da arca. A arca da aliança é um claro símbolo da graça e misericórdia do Altíssimo, mas também da Sua justiça. Os sacerdotes “anunciaram” durante sete dias que o tempo de graça estava chegando ao fim para Jericó. Veremos mais adiante que, escatologicamente, os sete anjos ao tocarem as sete trombetas anunciarão que o fim do tempo da graça para o mundo em geral está chegando ao fim.


Como nos dias de Noé
O próprio Yahushua disse algo muito interessante que podemos relacionar com as sete trombetas: “Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será a vinda do Filho do Homem.” Mateus 24: 37
Que encontramos nos dias de Noé que possamos relacionar com as sete trombetas?


Referindo-se aos antediluvianos, Ellen White escreveu: “O seu tempo estava quase a expirar. Noé tinha fielmente seguido as instruções que recebera do Altíssimo. (…) E agora o servo do Altíssimo fez o seu último e solene apelo ao povo. Com um desejo angustioso, que as palavras não podem exprimir, solicitou que buscassem refúgio enquanto ainda se poderia achar. (…) Subitamente veio silêncio sobre a turba zombadora. Animais de toda a espécie, os mais ferozes bem como os mais mansos, foram vistos vindo das montanhas e florestas, e encaminhando-se silenciosamente para a arca.” Patriarcas e Profetas, pág. 97.

Durante sete dias os animais foram entrando na arca, e Noé dispunha-os nos lugares preparados para eles.” Redimidos, pág. 46.

Finalmente o Altíssimo disse a Noé: “Entra na arca, tu e toda tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração” Gén. 7:1

“A misericórdia havia cessado os seus rogos pela raça culpada. Durante sete dias depois que Noé e sua família entraram (…) na arca, não apareceu sinal da tempestade vindoura. Fora durante este tempo provada a sua fé.” Patriarcas e Profetas, pág. 98.

Desta forma podemos concluir que, assim como antes que o fim do tempo da graça terminasse para os antediluvianos, lhes foram feitas as últimas advertências, por meio dos animais, durante os sete dias em que eles entraram na arca, também para a última geração nesta terra haverão 7 advertências finais antes que se feche para sempre a porta da graça. Assim como Noé e sua família passaram por um período de 7 dias, de prova e angústia, antes do dilúvio, e depois mais 40 dias de terrível tempestade e angústia, também nós passaremos por um período de grande angústia – a angústia de Jacó – depois que tenham começado a cair as primeiras das 7 últimas pragas.

As 7 trombetas ainda soarão
A serva do Altíssimo confirma-nos o cumprimento escatológico das trombetas de Apocalipse e relaciona-as com as sete últimas pragas que a elas se seguirão:


“Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra [ainda durante o tempo de graça para o mundo]; uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da terra [depois do fim do tempo da graça].” Eventos Finais, pág. 205.


Tal como antes do dilúvio e antes da queda de Jericó, o Altíssimo fará suas advertências, não só por meio de seus servos mas também por meio das sete trombetas que tocarão antes que termine o tempo da graça do Altíssimo para a última geração.

As 7 trombetas também são 7 pragas

“Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo as sete últimas pragas, pois com estes se consumou a cólera do Altíssimo.” Apoc. 15:1 (ARA)

De uma boa compreensão do português, podemos concluir que, para haver sete últimas pragas, antes, têm que haver as primeiras pragas. As 7 trombetas são também consideradas pragas (ver Apoc. 9:18, 20).


Escatologicamente, as 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, devem-se interpretar literalmente, apesar da existência de algumas expressões simbólicas, as quais em alguns casos, são explicadas pelo próprio texto. (Apoc. 9:1,11; 9:3,8,9,11; 16: 13,14).
Não faz sentido que, perante dois acontecimentos escatológicos, interpretemos um de uma forma literal e outro de uma forma simbólica, como que tendo uma aplicação unicamente histórica.

Comparação dos Dois Eventos

É de notar algumas semelhanças que existem entre as 7 trombetas e as 7 últimas pragas, estando o fim do tempo da graça no meio destes dois eventos. Há também diferenças significativas que provam que o texto não se está a referir à mesma série de acontecimentos, repetindo-a, mas sim a referir-se a duas coisas distintas, as primeiras 7 pragas, que a Bíblia chama de trombetas, e as últimas 7 pragas. Para ver as tabelas comparativas clica:

Podemos assim concluir que embora existam bastantes semelhanças entre as 7 trombetas e as 7 últimas pragas, existem também muitas diferenças, tornando-se assim óbvio que estes relatos proféticos não se referem aos mesmos acontecimentos. Enquanto os primeiros são juízos misericordiosos, os segundos são unicamente punitivos.

Ao chegarmos à sétima trombeta, podemos compreender claramente que é chegado o fim do tempo da graça para este mundo. A arca da aliança será vista novamente no céu, pois chegou ao fim a intercessão do Ungido, e Ele então sai do santuário. Nas 7 últimas pragas, o limite da cólera do Altíssimo foi atingido, por isso se fala de taças derramadas, pois a medida está completa e transborda (Apoc. 15: 1; 16: 1).


O Fim do Tempo da Graça Para o Professo Povo do Altíssimo


"E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante do Altíssimo.


E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra [fim do tempo da graça para os santos, a igreja; intercessão em forma de "fogo", castigo, sobre aqueles que ainda não conhecem toda a verdade]; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terramotos [grande terramoto quando o decreto dominical se tornar universal - Eventos Finais, pág. 119].

E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las [juízos misericordiosos]." Ap. 8:3-6(ARA).


Temos nestes versos um pequeno vislumbre daquilo que se passará no santuário celestial imediatamente antes do toque das 7 trombetas no fim do tempo. O fim da intercessão pelos santos e do respectivo juízo investigativo, e a intercessão por meio do castigo por aqueles que não tiveram os mesmos privilégios quanto ao conhecimento da verdade.


O altar de ouro, no lugar santo, onde era aspergido uma pequena parte do sangue do animal morto (Lv. 4:17,18), servia para queimar e oferecer o incenso, símbolo das orações dos santos. Sobre o altar, estava um incensário que continha brasas, e todos os dias de manhã e à tarde era ali oferecido incenso. No dia da expiação, o sumo-sacerdote também oferecia incenso no lugar santíssimo:


“Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante de Yahuh, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído, e o levará para dentro do véu. E porá o incenso sobre o fogo perante Yahuh, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que não morra.” Lv. 16:12.


Devemos ter em mente que, numa aplicação escatológica das trombetas, Yahushua não se encontra mais no lugar santo mas no santíssimo, continuando a interceder por Seu professo povo e investigando os casos de cada um, desde os mortos até aos vivos. Na aplicação histórica das trombetas Yahushua, estando no lugar santo a interceder por Seu professo povo, judeus e gentios convertidos ao Ungido, estava ainda a interceder por mais uma geração do povo judeu, que não tinha culpa do pecado de seus pais. Mas havendo essa geração rejeitado o Salvador como seus pais o fizeram, logo a graça terminou para eles e foram castigados com “fogo” lançado do altar. Jerusalém foi então destruída, cerca de 40 anos depois, uma geração (Lc. 21:32; O Grande Conflito, pág. 25).

Assim, este anjo representado como estando no lugar santo, oferecendo muito incenso pelos santos, isto é, intercedendo por eles, é na realidade o Ungido, Miguel, o “Anjo de Yahuh”. Presentemente, Ele está intercedendo, mas no lugar santíssimo para ali fazer expiação pelos santos vivos. Quando terminar, Ele tomará o incensário de ouro, enchê-lo-á de brasas, e lançá-lo-á na terra, simbolizando ao mesmo tempo, o final da intercessão pelos santos já inscritos no livro da vida, e o início de uma intercessão especial em forma de castigo para advertir o povo do Altíssimo que ainda está em Babilónia (Ap.18:4).



Yahushua disse: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” Apoc. 3: 19 (ARA)


“Caiu, caiu a grande Babilónia”. “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apoc. 18:2,4 (ARC).


O Altíssimo, em sua misericórdia, utilizará meios severos para despertar e chamar Seu povo que ainda está em Babilónia. Nesta altura, o tempo da graça para o professo povo do Altíssimo, os adventistas do sétimo dia, individualmente, já terá terminado. Acredito hoje, muito sinceramente, que desde a aprovação oficial das actuais doutrinas da igreja adventista em 1980, entre elas as doutrinas pagãs da trindade e da natureza do Ungido sem tendência para o pecado, esta instituição ou organização, foi completamente rejeitada pelo Altíssimo. Resta assim oportunidade para cada adventista de reconhecer a apostasia e abandonar aquela que se tornou uma "filha de Babilónia". Quanto àqueles que uma vez fizeram parte do povo do Altíssimo, mas que desprezaram a luz concedida, para estes os juízos do Altíssimo não serão misericordiosos, mas punitivos:

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há-de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho do Altíssimo, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Hb. 10:26-29.


"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa do Altíssimo; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho do Altíssimo?" I Pe. 4;17.

“No lugar santíssimo vi uma arca, cujo cimo e lados eram de ouro puríssimo. Em cada uma de suas extremidades estava um lindo querubim, com as asas estendidas sobre ela. Tinham o rosto voltado um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos havia um incensário de ouro. Por cima da arca, onde os anjos estavam, havia uma glória extraordinariamente fulgurante, com a aparência de um trono em que o Altíssimo habitava. Yahushua ficou ao lado da arca e, ao ascenderem para Ele as orações dos santos, o incenso ardia e, com o incenso, Ele oferecia as orações a Seu Pai. ” Vida e Ensinos, pág. 90.


"Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Yahushua que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados [ver Ez. 9:3,4; Test. Igr., vol. 3, pág. 265-267]. Então vi Yahushua, que havia estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: "Está feito." Eventos Finais, pág.197.


Este “Está feito” refere-se ao fim do tempo da graça para os adventistas do sétimo dia.

Os 144 mil

“E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Altíssimo vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Altíssimo. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” (Apoc. 7:1-4).


Como parte da descrição da quinta trombeta está escrito: “... e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que não têm o selo do Altíssimo sobre a fronte. ” Apoc. 9:4 (ARA)

Também aqui se faz alusão ao selo do Altíssimo colocado nas frontes dos 144.000. Existe uma relação entre estes dois textos. Ambos, de uma forma directa ou indirecta, fazem referência aos selados do Altíssimo que estarão vivos por ocasião da vinda de Yahushua, em número de 144.000, provenientes das 12 tribos de Israel. (Faltam as tribos de Dã e Efraim, pois foi em seu território que foram colocados os bezerros de ouro - I Reis 12: 29. No entanto, houve sempre um remanescente fiel - II Cr. 11:16.) O Altíssimo prometeu congregar de novo o Seu povo, os israelitas fiéis - Is. 11:12; Apoc. 7:3,4. Essas promessas ainda não se cumpriram. Isto confirma mais uma vez a escatologia das 7 trombetas, uma vez que o selamento dos 144 mil é um acontecimento dos últimos dias.


Nas trombetas – as 7 primeiras pragas – os 4 ventos já terão sido soltos, pois os santos já foram selados e as árvores, a terra e o mar já foram atingidos por esses juízos.

As 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, são juízos do Altíssimo enviados à Terra, mas os que têm o selo  do Altíssimo não os sofrerão (Ap. 9:4; 16:2; Sl. 91:1, 10), tal como os israelitas no passado foram poupados de sofrer as pragas do Egipto (Êx. 8:22,23; 9:4-6, 26).

"Os que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante do Altíssimo, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte o selo do Altíssimo. Quando sair o decreto [dominical], e o selo for aplicado, seu carácter [dos 144000], permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.
Agora é o tempo de preparar-nos. O selo do Altíssimo jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante do Altíssimo - candidatos para o Céu. Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do tempo presente." Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 71.

"A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem o Altíssimo não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia." Eventos Finais, pág. 155.

"Os lugares vagos nas fileiras serão preenchidos pelos que foram representados pelo Ungido como tendo chegado na hora undécima. Há muitos com quem o Espírito do Altíssimo está lutando. O tempo dos juízos destruidores da parte do Altíssimo [para o Seu professo povo] é o tempo de misericórdia para aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade [referência às trombetas que são também pragas, depois da lei dominical]. Yahuh olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão de Yahuh ainda está estendida para salvar, enquanto a porta é fechada para os que não querem entrar [os adventistas do sétimo dia infiéis]. Será admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez." Idem, pág. 157.


Os 144000 são um número literal (Ver Primeiros Escritos, pág. 15), são descendentes das 12 tribos de Israel espalhadas por toda a terra (quer tenham consciência disso ou não), que tendo também feito parte da igreja adventista do sétimo dia, a abandonaram finalmente por sua apostasia. Estes, de uma maneira especial, alcançarão um relacionamento muito íntimo com o Ungido e a perfeição.


Muitos entre os remanescentes adventistas serão selados, mas nem todos farão parte do grupo dos 144000. Crianças, idosos e outros serão chamados ao descanso (Eventos Finais, pág. 119, 120), pois não estarão preparados para suportar o tempo de angústia. Todos os salvos terão sido selados, mas os 144000 serão um grupo especial que reflectirá o carácter do Ungido. São aqueles que gemem e estão em agonia pelos pecados em Jerusalém - a professa igreja do Altíssimo (Testemunhos Para a Igreja Vol. 3, pág. 265-267).

Depois que saia o decreto dominical, termina o selamento entre o professo povo do Altíssimo. O trigo é completamente separado do joio. Começarão então a cair os juízos misericordiosos do Altíssimo sobre a terra, e os 144000 irão clamar, cheios do Espírito Santo: "Sai dela povo meu", despertando o povo do Altíssimo que ainda se encontra em Babilónia. Quando este segundo grupo tiver sido completamente selado, então Yahushua se retirará para sempre do lugar santíssimo, e virão então as 7 últimas pragas, e o grande tempo de angústia.

“Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostrarem fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Altíssimo vivo". Cessa então Yahushua de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos, e com grande voz diz: "Está feito."” Eventos Finais, pág. 197.


É importante compreendermos e retermos alguns pontos:

a) A sacudidura ocorre, de uma forma especial, ao sair o decreto dominical nos Estados Unidos.
b) Pouco tempo depois, ao se tornar esse decreto universal, termina definitivamente o tempo da graça para os adventistas do sétimo dia em geral, ou seja, para todos aqueles que conheceram toda a verdade. Ainda que em apostasia, esta igreja e suas diversas ramificações têm sido advertidas por movimentos ou minorias quanto aos seus erros e pecados, tais como os que já mencionámos antes.
c) Só então começarão a tocar as trombetas, e a cair os respectivos juízos misericordiosos do Altíssimo.
d) Só depois das trombetas terminará o tempo da graça para o mundo em geral.


Paralelo Com Daniel 12

Este capítulo de Daniel, além de ter uma clara aplicação no passado, tem também uma aplicação escatológica. Yahushua, representado na visão pelo homem vestido de linho (O Grande Conflito, pág. 472), disse a Daniel: “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.” Dan. 12:11-13.

“O tempo em que o sacrifício contínuo for retirado” em Daniel, é um claro paralelo com a descrição do incensário ser lançado na terra com fogo, em Apocalipse. É uma referência ao fim da intercessão pelos santos, o fim do tempo da graça para os professos adventistas do sétimo dia. "Posta a abominação desoladora”, é uma clara referência ao decreto dominical.

“O Salvador advertiu a Seus seguidores: "Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, atenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes." Mat. 24:15 e 16; Luc. 21:20. Quando os símbolos idolátricos dos romanos fossem erguidos em terra santa, … então os seguidores do Ungido deveriam achar segurança na fuga.” O Grande Conflito, pág. 26.

Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação [Estados Unidos] o poder, no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas.” Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 166, (1885).

É necessário que compreendamos que aquilo que no passado se cumpriu de uma forma simbólica, será literal no tempo do fim, não se aplicando mais a regra de um dia para cada ano.

Assim podemos concluir:
A partir do instante em que saia o decreto dominical nos Estados Unidos, haverá 1290 dias (tempo de graça restante), ou seja, 3 anos e 7 meses.

Um mês depois (1290-1260=30 dias), haverá “um tempo, tempos e metade do tempo” (Dan. 12:7), ou seja, 1260 dias (três anos e meio) de perseguição.

Sendo que no passado, o fim dos 1260 dias corresponde ao fim do tempo de perseguição papal, da tortura e morte, no futuro corresponderá ao fim do tempo de graça para o mundo, e à saída de Yahushua do lugar santíssimo, pois a partir desta altura não haverão mais mártires (Eventos Finais, pág. 227). Haverá perseguição, mas nenhum dos 144000 será ferido ou morto.

Daniel 12:12 menciona ainda 1335 dias iniciados, tal como no passado, com os 1290 dias. Yahushua disse a Daniel: “Tu … descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”, ou seja no final dos 1335 dias, haverá uma ressurreição especial, da qual fará parte Daniel, nas vésperas da vinda do Ungido:
“Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Dan. 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido pelo Altíssimo com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apoc. 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia do Ungido, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.” O Grande Conflito, pág. 643.

Entre o fim dos 1290 dias - o fim do tempo da graça para o mundo - e esta ressurreição especial, haverão 45 dias (1335-1290=45). Sabemos que depois de começarem a cair as primeiras das sete últimas pragas, sairá o decreto de morte. Entretanto começará a chamada angústia de Jacó, tempo de terrível prova, o qual se prolongará por 40 dias de jejum parcial e oração, e de “grande tribulação”. Nesta altura ser-nos-á assegurado, pelo ministério dos anjos, apenas pão e água. Comeremos apenas o suficiente para manter a vida (Eventos Finais, pág. 219, 227, 228).

O próprio  Yahushua disse que assim como foi nos dias de Noé seria na vinda do Ungido (Mt. 24: 37), Noé e a sua família, depois de 7 dias de prova em que não choveu, tiveram ainda quarenta dias de terrível prova, enquanto as águas enchiam a terra e a arca era sacudida terrivelmente (Gn. 7:12, 17; Redimidos, pág. 48).

Também Yahushua no deserto teve uma prova de 40 dias (Mt. 4:1,2), e os 144000, que irão reflectir o carácter perfeito e imaculado do Ungido, passarão pela mesma experiência:
“Estas pragas [as sete últimas] enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo de angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz do Altíssimo.” Eventos Finais, pág. 211.

Convém ainda lembrar que existem muitas semelhanças com o próprio ministério de Yahushua e também de Seus discípulos. A duração do Seu ministério foi de 3 anos e meio. E já depois de ter ressuscitado e de ter ascendido ao céu, a fim de se apresentar ao Pai e ter a certeza da aceitação do Seu sacrifício, Yahushua passou ainda 40 dias na terra fortalecendo os Seus discípulos. Assim, o ministério dos 144000 durante o alto clamor, será também de 3 anos e meio, 1260 dias. Terminado este período, Yahushua sai do santuário celestial, a fim de defender e fortalecer os 144000, que passarão pela angústia de Jacó durante 40 dias:

"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Dan. 12:1.

"Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo do Altíssimo no tempo de angústia. E assim como acusou a Jacó, acusará o povo do Altíssimo. Conta com as multidões do mundo como seus súditos; mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos do Altíssimo, está resistindo a sua supremacia. Se ele os pudesse eliminar da Terra, seu triunfo seria completo. Ele vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sabe que seus casos foram decididos no santuário celestial. Tem um conhecimento preciso dos pecados que os tentou a cometer, e apresenta esses pecados diante do Altíssimo sob a mais exagerada luz, representando a este povo como sendo precisamente tão merecedor como ele mesmo da exclusão do favor do Altíssimo. Declara que com justiça Yahuh não pode perdoar-lhes os pecados, e, no entanto, destruir a ele e seus anjos. Reclama-os como sua presa, e pede que sejam entregues em suas mãos para os destruir." O Grande Conflito, pág. 624.

O Senhor promete: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. " Ap. 3:10.

"Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos no Ungido. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas o Ungido declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho do Altíssimo que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia." O Grande Conflito, pág. 628.

Por isso mesmo é que está escrito "Ao que vencer... como eu venci" (Ap. 3:21). Os 144000 alcançarão um carácter imaculado como o de Yahushua, e estarão aptos a passar pela prova final, a grande angústia.

Durante o mês que intercala o início dos 1290 dias e o início dos 1260, terminará a sacudidura e o selamento. Antes do alto clamor, o remanescente do Altíssimo, já purificado, estará reunido a fim de receber a chuva serôdia (At. 1:3; 2:1). Assim, cheios do Espírito Santo, proclamarão poderosamente as mensagens dos três anjos, bem como a mensagem do 4º anjo (Ap. 18:4). A eles se reunirão os trabalhadores da hora undécima (Mat. 20:6,7), povo do Altíssimo saído de Babilónia.


Paralelo Com a Destruição de Jerusalém

Existe também um claro paralelo entre os sinais que ocorrerão antes do começo das trombetas e os que ocorreram antes da destruição de Jerusalém:

O relato bíblico descreve que antes do começo das trombetas “… houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.” (Ap. 8:5).

Ellen White cita escritos históricos que descrevem o que se passou quatro anos antes da destruição de Jerusalém, nas vésperas do cerco de Céstio:

“Apareceram sinais e prodígios, prenunciando desastre e condenação. Ao meio da noite, uma luz sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha.

Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e ouvia-se multidão de vozes a clamar: "Partamos daqui!"

A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e que se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível. - História dos Judeus, de Milman, livro 13.” O Grande Conflito, pág. 27.

Historicamente, no ano 70 d.c., as trombetas começaram a tocar. E ao longo de cerca de 1800 anos cada trombeta foi tocando. É interessante notar que sinais e prodígios se manifestaram 4 anos antes, anunciando claramente que a destruição da cidade rejeitada e condenada, estava prestes a chegar. O tempo de graça concedido a mais uma geração estava quase no limite.

Da mesma forma, ao terminar o tempo de graça para a última geração de adventistas do sétimo dia, com a chegada do decreto dominical universal, ocorrerão sinais em todo o mundo:

“Quando as leis dos homens forem exaltadas acima das leis do Altíssimo, quando os poderes da Terra procurarem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da semana, sabei que chegou o tempo para o Altíssimo agir.

A substituição da lei do Altíssimo pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, o Altíssimo Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra.” Eventos Finais, pág. 118, 119.

Muito em breve, assim que saia o decreto dominical universal, haverá então um forte terramoto que abalará toda a Terra! Os terramotos que agora sacodem a Terra, aqui ou ali, são apenas uma pequena amostra do que será nesse dia. São advertências para que nos preparemos para o que está para vir.
O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda do Ungido não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança.

Devemos aproveitar ao máximo nossas oportunidades actuais. Não nos será concedido outro tempo de graça em que possamos preparar-nos para o Céu. Esta é nossa única e derradeira oportunidade para formar caracteres que nos habilitem para o futuro lar que Yahuh preparou para todos os que obedecem aos Seus mandamentos.Eventos Finais, pág. 203.

(Num próximo artigo analisaremos cada uma das trombetas em particular)

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A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.