Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grande Ratoeira II

Após ter lido o meu último artigo, alguém, de uma forma preocupada e sincera, me disse que tinha investigado nos textos de Ellen White e encontrou uma frase semelhante àquela que apareceu na lição da escola sabatina. Mas sejamos realistas. Por meio daquilo que já analisámos no artigo anterior, chegámos à conclusão de que o simples acto de pensar no que Jesus faria, ou no que eu acho que Ele faria, em determinada circunstância, constitui verdadeiro humanismo.

Pensar… e Tentar Fazer
No trimensário podemos ler: “Há algum tempo atrás, houve uma moda durante a qual os jovens crentes cristãos usavam uma braçadeira com as letras WWJD (o equivalente em inglês a OQFJ) “O Que Faria Jesus?”. Embora algumas pessoas ridicularizassem a moda como sendo infantil, pelo menos a ideia por detrás dela era boa, e a ideia era a de que, quando confrontados com uma situação, devemos pensar no que Jesus faria nessa situação e tentar fazer da mesma maneira.” (Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 2009, lição 4, terça-feira, 21 de Julho.)
Em primeiro lugar, gostaria de perguntar: Quais foram os benefícios espirituais resultantes desta moda da qual falou o autor da lição? Ao olhar para a espiritualidade do mundo em geral, e para as igrejas cristãs, os resultados parecem bastante negativos. Essa táctica falhou redondamente! Os teólogos precisam reunir-se novamente para descobrirem uma melhor solução para a “enfermidade” que afecta os cristãos em geral e até mesmo os adventistas do sétimo dia!
Em segundo lugar, gostaria de perguntar se a seguinte afirmação está de acordo com os princípios e verdades da Palavra de Deus: “…quando confrontados com uma situação, devemos pensar no que Jesus faria nessa situação e tentar fazer da mesma maneira.” Se está de acordo com a Palavra de Deus, então quais são os textos que se podem apresentar para comprovar isso?
Essa afirmação descreve uma forma de “cristianismo” individualista, sem interacção entre Deus e o homem, que parte da própria pessoa, não de Cristo. Um “tentar fazer”, ou “tentar imitar” legalista, um “cristianismo” mais focado no seguir o exemplo, em regras e conduta exterior, como que por obrigação ou por dever, do que numa verdadeira relação de amor e aceitação da graça e poder de Cristo que revolucionará toda a nossa existência.

Normas de Conduta
No Novo Testamento estão registados muitos casos da vida de Jesus, os quais encerram os princípios gerais que devem servir de norma de conduta para todo aquele que se diz ser cristão, e esses princípios foram também apresentados em todo o Antigo Testamento.
Se, por exemplo, alguém me der uma bofetada, eu sei que devo dar a outra face, como está escrito em Mat. 5:39. E nos tempos que decorrem, o cristão que quer ser mais fiel a Jesus e a um “assim diz o Senhor” do que aos homens e suas vãs tradições (Mar. 7:6-8), vai receber mais do que simples bofetadas num aspecto físico, vai recebê-las em palavras ou em atitudes, duma forma especial da sua própria igreja, pastores e irmãos.
Se acaso formos expulsos de nossa igreja por falar a verdade, devemos submeter-nos e confiar inteiramente na justiça de Deus e em sua protecção, (Luc. 4:28,29; Desejado de Todas as Nações pág. 190; Vida e Ensinos, pág. 43, 44). A verdade é como o azeite na água – acaba sempre por vir à superfície.

Quando Não Há Tempo Para Pensar
Muitas vezes o cristão nem sequer tem tempo para pensar. A sua atitude perante uma determinada circunstância reflecte, não um simples pensamento do momento, mas quem é que comanda a sua vida, que tipo de relação tem com Deus. Quando Pedro cortou a orelha de Malco (João 18:10), ele nem sequer pensou! Ele agiu por impulso. Mas o seu acto revelou o que lhe ía no coração.
“Os discípulos tinham pensado que o Mestre não se deixaria prender. Pois o mesmo poder que fizera com que a turba caísse como morta, poderia mantê-la impotente até que Jesus e os Seus companheiros escapassem. Ficaram decepcionados e indignados, ao verem as cordas trazidas para ligar as mãos dAquele a quem amavam. Em sua indignação, Pedro puxou precipitadamente da espada e procurou defender o Seu Mestre, mas apenas cortou uma orelha do servo do sumo-sacerdote.” Desejado de Todas as Nações, pág. 592, 593.

Quando Aquilo Que Pensamos Está Errado
Os discípulos estavam com Jesus, andavam com Ele, aprendiam d’Ele. No entanto, aquilo que eles achavam que o Mestre faria diante da turba que o queria prender estava errado. E mesmo depois de o terem visto deixar-se prender, não seguiram o Seu exemplo. Porquê? Deveriam ter seguido o exemplo de Jesus! Afinal, tinham acabado de descobrir algo mais acerca de Seu Mestre, um amor incompreensível até pelos Seus inimigos, ao ponto de quebrar as cordas que o prendiam, curar Malco e deixar-se novamente prender. O problema é que ser cristão não é uma questão de imitar a Cristo de uma forma mecânica, é antes submeter-se a Cristo e renunciar a todas as coisas por Ele, é amá-Lo acima de tudo! É permitir a Jesus comandar a minha vida a cada instante.
O verdadeiro sucesso na vida cristã baseia-se numa verdadeira relação de amor com Jesus e de submissão a Ele, a qual tem como consequência a realidade das palavras: “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim.” Gál 2:20.
A vida cristã não é do tipo “roda da sorte”, na qual nos esforçamos por atingir a perfeição por tentativas. Isto seria andarmos para trás na nossa caminhada cristã, voltarmos à experiência da igreja em 1888, ou seja, negar a justificação pela fé.
Jamais poderemos chegar a compreender aquilo que Jesus faria em cada circunstância, simplesmente pensando sobre isso. Porquê? Em primeiro lugar, porque nós não somos Jesus, e se o fizermos estamos a querer tomar o Seu lugar, e assim, em vez de um papa, vão passar a existir muitos outros, e estamos a seguir o exemplo de Satanás!

Quando Ambas as Escolhas São Correctas
Em segundo lugar, porque podemos estar diante de um caso em que diferentes escolhas sejam correctas. Por exemplo um jovem cristão pretende comprar um automóvel. Mas dentro daquilo que ele procura existem vários modelos, de boa qualidade e com preços semelhantes. Como saber qual o veículo certo, como saber exactamente o que Jesus faria, simplesmente pensando? Poderíamos falar da escolha de um companheiro/a para a vida, da compra de um terreno ou casa, etc.
Em terceiro lugar, porque só podemos saber exactamente o que é que Jesus faria em qualquer circunstância, perguntando-Lhe directamente a Ele, dependendo do Pai em tudo, como fazia Jesus (Jo. 5:30), e dependendo constantemente da direcção do Espírito Santo (I Co. 2:11, Is. 30:21).

Como Podemos Seguir o Exemplo de Jesus?
O Trimensário diz ainda: “Isto enquadra-se perfeitamente com o que o apóstolo João vai afirmando neste texto [I Jo. 2:6-8]. A primeira parte da passagem realça que o caminhar na luz e conhecer Deus significam ser obediente. A segunda parte apela aos crentes cristãos que desejam permanecer n’Ele e caminhar na luz para que sigam o exemplo de Jesus na sua vida diária. Como é que se pode fazer isso? Temos de descobrir como é que Jesus viveu e, numa base diária, devemos comparar a conduta pessoal com a Sua.
Noutras palavras, “O Que Faria Jesus?” (Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 2009, lição 4, terça-feira, 21 de Julho.)
Em I Jo. 2:6 diz-nos simplesmente que “aquele que diz que está n’Ele, também deve andar como Ele andou”. A solução apresentada pelo autor das lições da escola sabatina para a pergunta: “Como é que se pode seguir o exemplo de Jesus na vida diária?”, é completamente incompleta e inválida: “Temos de descobrir como é que Jesus viveu e, numa base diária, devemos comparar a conduta pessoal com a Sua.” Será que esta resposta está de acordo com a Palavra de Deus? O que é que a Bíblia nos ensina? Em Jo. 15:4, 5 encontramos uma resposta bem mais correcta: “Estai em Mim e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu Sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque, sem Mim, nada podeis fazer.”

Descobrir… e Comparar… Será Suficiente?
Não se trata somente de “descobrir” como Jesus viveu mas de permitir que Ele viva em mim. Os discípulos, após três anos e meio de conhecerem perfeitamente o modo de vida de Jesus, continuavam a pensar à sua própria maneira! E de que vale “comparar” a minha conduta com a Sua, se eu ficar só por aí? Isso é só o começo, pois a única conclusão a que eu vou chegar é: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”?! (Rom 7:24). Precisamos de ir mais longe, e clamar: “Vive em mim Senhor Jesus, quero ser como tu!” Precisamos de nos submeter a Ele para que Ele nos transforme.
Necessitamos algo mais que o exemplo para andarmos verdadeiramente como Ele andou, caso contrário seremos meros legalistas. Descobrir Jesus como Salvador e substituto é importante, reconhecê-Lo como modelo e exemplo para a nossa vida também é importante, mas isso não chega. É necessário abrir-Lhe a porta do nosso coração (Ap. 3:20). Compreender que é Ele que opera tanto o querer como o efectuar, (Fil. 2:13)! E finalmente que só por Ele, podemos ser participantes da natureza divina (II Ped.1:3,4).

Sem Fundamento
“Noutras palavras”, não tem fundamento bíblico nem do Espírito de Profecia o querer que a vida cristã se resuma a pensar sobre “O Que Faria Jesus?”, como se isso resolvesse o problema do pecado. Tristemente, esse é o slogan de muitos falsos mestres na actualidade, que baseiam o seu cristianismo na sua própria consciência perversa, descartando a Palavra de Deus.
Depois do que já tivemos oportunidade de analisar, como podemos pretender basear as ideias pessoais do autor das lições da escola sabatina, e também as modas do mundo, em Ellen White? Isto é, de querer fazer a serva do Senhor dizer aquilo que ela não pretendeu dizer, simplesmente porque existe uma frase semelhante. De maneira nenhuma a serva do Senhor apoia, seja o legalismo, seja o humanismo!

O Que Disse a Mensageira Do Senhor?
Disse Ellen White: “Estudai cuidadosamente o caráter divino-humano, e inquiri constantemente: "Que faria Jesus em meu lugar?" Esta deve ser a medida do nosso dever.” Ciência do Bom Viver, pág. 491.
Tal como a afirmação que se encontra no Espírito de Profecia, referindo-se a Ellen White como uma “luz menor”, esta é mais uma dessas frases em que “os indoutos e inconstantes” se agarram. Acerca destas coisas, já Pedro nos tinha advertido:
“… o nosso irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”. II Pe. 3:15-16
Da mesma forma fazem alguns, em relação ao Espírito de Profecia, na tentativa de ir ao encontro da corrente de pensamentos do mundo.
Tal como Jesus se serviu sempre das Escrituras para enfrentar a oposição e a tentação, Satanás também se serviu delas para tentar Jesus:
“E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus
.” Mt.4:6,7.
Devemos compreender que qualquer coisa que Ellen White tenha escrito, e que seja susceptível de dúvida, deve ser analisada à luz de outras frases que tratem do mesmo assunto. Ela escreveu outras frases semelhantes que nos ajudarão a compreender melhor esta frase:
“Devemos estudar o Modelo e indagar a cada passo: "É este o caminho do Senhor?"Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 178.

Contemplando a Cristo Seremos Transformados
“Estudai cuidadosamente o carácter divino-humano”. O que é o carácter divino-humano? Quem é “o Modelo”? Jesus (Is. 7:14), é claro! A mensageira do Senhor faz-nos um claro apelo a estudarmos cuidadosamente a pessoa de Jesus, a contemplar Jesus, pois se de facto, queremos ser verdadeiros discípulos de Jesus, importa andar como Ele andou, isto é seguirmos o Seu exemplo. Mas não apenas num sentido de imitar, ou tentar imitar, pois por nós mesmos não o poderemos fazer (Rom. 7:18,19), mas sim mediante a operação da graça e do amor de Jesus no coração. De lhe permitirmos actuar em nós enquanto o contemplamos por meio da Palavra de Deus em espírito de oração.
Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a reflectir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança n’Ele será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação.” O Desejado de todas as Nações pág. 83
O conhecimento de Deus, segundo a revelação dada em Cristo, eis o que devem ter todos quantos se salvam. É o conhecimento que opera transformação no carácter. Recebido, esse conhecimento recriará a alma à imagem de Deus. Comunicará a todo o ser um poder espiritual que é divino.” Minha Consagração Hoje – Meditações Matinais , pág. 293.

A Quem Devemos Indagar
Devemos… indagar a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" Eu pergunto: Indagar a quem? A nós mesmos, ou a Deus e à Sua Palavra? Normalmente um discípulo busca sabedoria e conhecimento do seu mestre. Ela mesma nos dá a resposta, numa outra frase semelhante:
“Em vez de escolher o trabalho que mais nos agrade, e recusar-nos a fazer alguma coisa que nossos irmãos julgam devermos fazer, cumpre-nos indagar: "Senhor, que queres que eu faça?" Atos 9:6. Em vez de marcar o caminho que a inclinação natural nos dispõe a seguir, devemos orar: "Ensina-me, Senhor, o Teu caminho, e guia-me pela vereda direita." Sal. 27:11.” Testemunhos Selectos vol. 3, pág. 54

Nada Faço De Mim Mesmo
Se nos dizemos cristãos seguiremos o exemplo de Jesus. O que é que Ele fazia? Os versículos que vamos ler e que respondem a esta pergunta, encontram-se no mesmo capítulo de onde se retirou a frase da irmã White que estamos a analisar:
“Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo; mas falo como meu Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.” Jo. 8:28,29
Jesus não fazia nada de si mesmo, mas falava as palavras do Pai, e fazia sempre o que Lhe agradava. Como é que Jesus fazia no seu dia-a-dia para que assim acontecesse? Passava o dia a perguntar-se a si mesmo o que é que Ele achava que o Pai faria, ou perguntava directamente ao Pai? Visto que somos discípulos de Jesus, a resposta a esta pergunta deverá servir de exemplo para nós:

Uma Vida De Oração
“Jesus iniciou Sua missão pública com fervorosa oração, e Seu exemplo evidencia o fato de que a oração é necessária para levar uma vida cristã bem-sucedida. Ele estava constantemente em comunhão com o Pai, e Sua vida nos apresenta um modelo perfeito que devemos imitar. Apreciava o privilégio da oração e Sua obra manifestava os resultados da comunhão com Deus. Examinando o registo de Sua vida, verificamos que em todas as ocasiões importantes Ele Se retirava a um bosque ou à solidão das montanhas e oferecia fervorosa e perseverante oração a Deus. Frequentemente dedicava a noite inteira à oração pouco antes de ter de realizar algum milagre muito importante. Durante esses períodos de oração nocturnos, após a labuta do dia, despedia compassivamente Seus discípulos, para que pudessem retornar a seus lares, repousar e dormir, enquanto Ele, com forte clamor e lágrimas, extravasava a alma em ferventes súplicas a Deus em favor da humanidade” E Recebereis Poder pág. 16.
Era nas horas de oração solitária que Jesus, em Sua vida terrestre, recebia sabedoria e poder. Sigam os jovens o Seu exemplo, procurando, na aurora e ao crepúsculo, uns momentos tranquilos para a comunhão com seu Pai celestial. E durante o dia todo levantem eles o coração a Deus. A cada passo em nosso caminho, diz Ele: "Eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita. ... Não temas, que Eu te ajudo." Isa. 41:13. Aprendessem nossos filhos estas lições na manhã de seus anos, e que vigor e poder, que alegria e doçura lhes penetrariam a vida!” Educação, pág. 259.
Era nas horas tranquilas da manhã que Jesus buscava ao Pai. Durante todo o dia vivia em comunhão com o Pai, dependendo sempre d’Ele e de um “está escrito”, como já vimos anteriormente. A cada passo, a cada hora, a cada instante devemos estar em comunhão com Deus. Se deixarmos de orar, deixamos de “respirar” e morreremos espiritualmente!
“cumpre-nos indagar: "Senhor, que queres que eu faça?" Atos 9:6. Em vez de marcar o caminho que a inclinação natural nos dispõe a seguir, devemos orar: "Ensina-me, Senhor, o Teu caminho, e guia-me pela vereda direita." Sal. 27:11.” Testemunhos Selectos vol. 3, pág. 54

Não Fareis… Tudo O Que Parece Bem Aos Vossos Olhos
Existem muitas outras frases e versículos, que nos esclarecem acerca da forma como devemos proceder, mas mais do que isso, do tipo de relação que deve existir entre nós e Jesus.
“Orai sem cessar” I Tes. 5:17
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade está pronto, as a carne é fraca.” Mar. 14:38
“Orando abundantemente, dia e noite” I Tess. 3:10
Ninguém, sem oração, se encontra livre de perigo durante um dia ou uma hora que seja. Especialmente devemos rogar ao Senhor sabedoria para compreender a Sua Palavra. Ali estão revelados os estratagemas do tentador, e os meios pelos quais se pode a ele resistir com êxito.” O Grande Conflito, pág. 535
O Senhor declarou a Israel: "Não fareis... cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos"; mas guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno." Deut. 12:8 e 28. Ao resolver sobre qualquer caminho a seguirmos em nossos atos, não devemos indagar se podemos ver que resultará mal do mesmo, mas se está de acordo com a vontade de Deus. "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." Prov. 14:12.” Patriarcas e Profetas pág. 634

Conclusão
Parece claro que aquilo que a serva do Senhor diz em determinada frase não tem nada a ver com aquilo que o autor da lição da escola sabatina transmitiu. Quem ainda não compreendeu claramente o que Ellen White nos quis dizer, poderá fazer um estudo intensivo sobre aquilo que ela escreveu sobre o mesmo assunto em todos os seus escritos. Temos que ser cautelosos, não aconteça que a nossa linguagem se pareça tanto com a do mundo, que corramos o risco de assimilarmos o erro ou darmos uma significação errónea àquilo que a serva do Senhor escreveu. Não esqueçamos que as aparências enganam!
“A vereda da verdade acha-se muito perto da vereda do erro, e ambas as veredas podem parecer uma só, às mentes não dirigidas pelo Espírito Santo, e que, portanto, não são ligeiras em discernir a diferença entre a verdade e o erro.” Mensagens Escolhidas, vol. I, pág. 202.
Seja a nossa oração em cada instante: “Senhor, que queres que eu faça?”. Em vez de marcar o caminho que a inclinação natural nos dispõe a seguir, devemos orar: "Ensina-me, Senhor, o Teu caminho, e guia-me pela vereda direita."

Sérgio Ventura

sábado, 25 de julho de 2009

Grande Ratoeira!

Foi com grande tristeza que me apercebi de algo na lição da escola sabatina desta semana. Além da ilustração inicial de sábado – completamente descabida! – que mais serve para desviar a mente das coisas espirituais do que para nos aproximar de Deus, e dos temas do tipo “carrossel” (pois não se chega a entrar nas verdades profundas que precisamos de estudar neste tempo), na lição de terça-feira (21 de Julho), vem uma grande “ratoeira”, bem dissimulada, com aparência de Cristianismo:
O slogan “O que faria Jesus no meu lugar?”. Até parece soar bem, mas é humanismo puro, é o espírito anti-cristo que prevalece, é satanismo puro. É esta, segundo os mestres espirituais da Nova Era, jesuítas e cristãos em geral, a melhor fórmula para a santificação. (Será uma mera coincidência ou ecumenismo?!):

Martinus (Nova Era): “Jesus era o meu mais alto ideal e minha regra de conduta. Em todos os momentos de dúvida eu me perguntava: “O que faria Jesus nesta situação ?”, e a resposta vinha em seguida. Após poucos segundos sabia como Jesus reagiria na citada situação. E isto me encaminhou ao Pai, me encaminhou à proximidade de Deus. E obedecendo esta prescripção divina que me era dada em cada situação, atravessei limpo, ileso e livre de todo risco, de todos os obstáculos, tentações e perigos que em maior ou menor grau todo homem terreno, todo homem nascido neste mundo, deve atravessar.”
Fonte: http://terceirotestamento.wordpress.com/2009/04/05/a-cosmologia-de-martinus-uma-informacao/

Shalom (Católicos): “Se não fizéssemos outra coisa que levar esta pergunta cravada na nossa mente e no coração, como uma obsessão sagrada e formulá-la em toda a circunstância, emergência, eventualidade situação e conflito, estaríamos ante um programa de acelerada santificação cristificante.”
Fonte: http://viveoshalom.blogspot.com/2008/05/que-faria-jesus-no-meu-lugar.html

Thiago Mendanha (evangélico): “Amado Pastor: Devemos aprender com o pastor Jesus. Quando estivermos no gabinete pastoral aconselhando um caso de pecado sexual, e não soubermos como lidar com o tema, façamo-nos a seguinte pergunta: “o que faria Jesus no meu lugar?”. Será que ele disciplinaria o casal arrependido, condenando-os à pena de 3 a 6 meses de reclusão, ou será que ele, após confirmar o arrependimento de ambos, diria: “nem eu te condeno: vá e não peques mais”? Pecado sempre será pecado, e deve ser tratado como tal. Mas lembremo-nos de que, assim como há pecado, também existe perdão.”
Fonte: http://thiagomendanha.blogspot.com/2009/05/logica-sexual.htm

Livro de Charles Sheldon (congregacionalista): “Em seus passos o que faria Jesus narra as profundas mudanças ocorridas quando um pastor desafia sua comunidade a praticar a fé em Jesus Cristo. À medida que aceita o desafio, coisas incríveis acontecem em sua vida e na vida dos que o rodeiam. A pergunta “o que Jesus faria em meu lugar” passa a orientar todas as acções desse grupo, causando uma reviravolta sem precedentes.Escrito por Charles Sheldon e publicado pela primeira vez em 1896, Em seus passos o que faria Jesus? tornou-se rapidamente um best-seller mundial. Estima-se que, apenas em inglês, suas vendas superaram os 50 milhões de exemplares. Leitores de todo o mundo continuam a surpreender-se com o desafio proposto há mais de um século.O Autor: Charles Sheldon foi pastor da Igreja Congregacional Central em Topeka, Kansas /EUA e editor-chefe do jornal Christian Herald. Morreu em 1946 aos 85 anos, quando sua obra já aparecia na revista Publisher’s Weekly como o segundo livro mais vendido depois da Bíblia.”
Fonte: http://evangelhocristocentrico.blogspot.com/2009/07/uma-igreja-comprometida-com-missoes.html

Pe. Alberto Hurtado (jesuíta): “Meu ideal é ser outro Cristo, trabalhar com Ele, dar a cada problema sua solução. Que faria Cristo se estivesse em meu lugar”?
“Quando o Pe. Hurtado se pergunta “Que faria Cristo se estivesse em meu lugar?”, está revelando o segredo do caminho de santidade, de seu “ser contemplativo na ação” (típico da espiritualidade inaciana). Essa é a regra de ouro que conduz sua vida. Não se trata de imitar mecanicamente o que fez Jesus, mas de ter a capacidade de discernir o que faria Cristo hoje.” Fonte: www.vilakostkaitaici.org.br/Canoniza%E7%E3o%20Pe%20Hurtado.htm

Estas, são apenas umas poucas frases retiradas da internet, que mostram como esta pergunta, “Que faria Jesus no meu lugar?”, está verdadeiramente na moda. Parece tudo muito bonito, mas é verdadeiramente satânico querermo-nos colocar no lugar de Cristo, tal e qual o papa o faz. Este é o grande princípio dos jesuítas.
Na realidade, o slogan “que faria Cristo…?” é um convite, ou uma tentação de nos tornarmos um cristo, um deus. Dessa maneira não seria Deus a responder, mas nós mesmos.
Desta forma, estaríamos a colocar-nos acima da própria Bíblia e, para nós Adventistas, se seguirmos este princípio, estaremos a colocar-nos também acima do Espírito de Profecia colocando de parte a Palavra de Deus.
Por outro lado esta pergunta dá lugar, como podemos facilmente compreender, ao rebaixar das normas e princípios, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?”Jer. 17:9.
Deixar-se guiar pelo coração é verdadeiro espiritualismo fanático e um passo em frente em direcção à perdição!

“Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite de achar-se a todo o instante sob a direcção do Espírito de Deus. … Portanto, por maior que seja a luz espiritual de alguém, por mais que goze do favor e bênção de Deus, deve andar sempre humildemente perante o Senhor, rogando pela fé que Deus lhe dirija todo o pensamento e domine todo impulso.” Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 62.

Que diz a Bíblia?
“Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1:5.

“Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.”Sal. 17:5.

“E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita, nem para a esquerda” Is. 30:21

A nossa melhor atitude, é a da humildade, de buscarmos a sabedoria de Deus e não a nossa própria opinião. A nossa consciência pode estar a ser guiada por Deus e pela Sua Palavra, mas também pode não estar. Por isso, a oração e o estudo da Palavra de Deus, são a melhor resposta em qualquer caso de dúvida.

Todos os nossos pensamentos e decisões devem estar baseados num “assim diz o Senhor”; “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” Is. 8:20

Acerca deste assunto, seria interessante ler o seguinte: “A frase: “O que faria Jesus?”. (…) Ela tem sido o tema de sermões e de reuniões de jovens. Parece muito bom. Sim, parece certo, mas mesmo assim, trata-se de humanismo mascarado de cristianismo. Ao ser humano, pede-se que, em sua grande sabedoria, decida como Jesus reagiria em determinadas situações da vida.
O próprio Jesus… disse: “Não procuro a minha própria vontade, e sim a dAquele que me enviou.” Jo. 5:30. Ele dependia constantemente da direcção do Pai para guiar-Se por ela.
Muitas vezes tenho perguntado às pessoas o que elas teriam feito se fossem Jesus, quando ele recebeu a notícia de que Seu melhor amigo, Lázaro, estava para morrer. Você e eu teríamos corrido e curado o nosso amigo, mas Jesus não o fez. (…)
Você gostaria de voar com um piloto que tomasse decisões baseado no que ele achava que o controlador lhe diria numa determinada situação, em vez de perguntar directamente ao controlador? Se não é muito inspirador esse método de voar, porque então aceitamos fazer assim na nossa vida espiritual? Provavelmente, é porque toda a nossa experiência espiritual está desiquilibrada.” Jim Hohnberger, Fuga para Deus, pág. 111, 112.

Mas eu pergunto novamente: - Mera coincidência ou ecumenismo?! O autor do referido trimensário, será simplesmente um ingénuo enganado, ou antes um enganador? O mais triste é que ele pretende basear-se em I João 2:6-8, mas na realidade baseou-se em qualquer coisa menos na Palavra de Deus. E os consultores da “comissão mundial para a análise do manuscrito da escola sabatina”, estarão todos a dormir?

Permanecer em Jesus, andar como Ele andou (1 Jo 2:6), isto é, seguir o Seu exemplo, não significa querer colocar-se no Seu lugar, mas sim, em tudo estar sujeito a Ele, mesmo quando isso signifique tomar sobre si a cruz, (Mt. 10:38).
Que Deus vos abençoe e dê muita sabedoria para não serem enganados pelo inimigo!

Sérgio Ventura

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A MENSAGEIRA DO SENHOR

(Clica no título deste artigo para imprimir ou fazer download )

O Último Engano Dentro do Professo Povo de Deus
Aproximamo-nos a passos gigantescos do fim do tempo do fim. Satanás procurará enganar, “se possível fora… até os escolhidos” Mt. 24:24. Um dos principais enganos e erros dos últimos dias é a rejeição dos testemunhos dos profetas, tendo como consequência também a rejeição da Bíblia.
“O derradeiro engano de Satanás será anular o testemunho do Espírito de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe" [no inglês, "o povo perece"]. Prov. 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 48, (1890).
“O plano de Satanás é enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Em seguida vem o cepticismo no tocante aos pontos vitais de nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra os seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, que se torne irremediável e termine em destruição.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 211.
Isto sucederá – e já agora se começa a ver o cumprimento dessas palavras – dentro do professo povo de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, começando pelos dirigentes, nas escolas de teologia, casas publicadoras, etc. Sabemos perfeitamente que assim como no passado a maioria dos profetas foram mal recebidos, desrespeitados, maltratados, perseguidos e alguns até mortos, semelhantemente acontecerá nos últimos dias.
Infelizmente, para vergonha do povo de Deus e desonra do Seu nome, Ellen White – a “Mensageira do Senhor” – enviada nestes últimos dias, tem sido rejeitada pela grande maioria dos que dizem ser parte desse povo. Nos votos baptismais faz-se afirmar aos membros, que sim, que aceitam o dom do Espírito de Profecia como uma das características do povo remanescente de Deus, mas parece que as lições dos estudos bíblicos não foram suficientemente claras. Pois na rotina diária, o testemunho dado pelos membros de igreja indica um claro menosprezo à serva do Senhor, “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.
Filosofias de Homens ou um Assim Diz o Senhor?Mas não é de surpreender que assim seja, pois tal rebeldia é, desde há muito, um dos sintomas verificados em nossas escolas de teologia, a começar pelos professores. E para que sejam “verdadeiras” escolas de teologia – pensam os líderes da igreja – importa sobretudo conhecer as filosofias e os pensamentos “estranhos”, dos teólogos adventistas, protestantes e católicos.
"SATANÁS SE ESFORÇA CONSTANTEMENTE POR ATRAIR A ATENÇÃO PARA O HOMEM, EM LUGAR DE DEUS. INDUZ O POVO A OLHAR PARA OS BISPOS, PASTORES, PROFESSORES DE TEOLOGIA, COMO SEUS GUIAS, EM VEZ DE EXAMINAREM AS ESCRITURAS A FIM DE, POR SI MESMOS, APRENDEREM SEU DEVER. ENTÃO, DOMINANDO O ESPÍRITO DESSES DIRIGENTES, PODE INFLUENCIAR AS MULTIDÕES A SEU BELPRAZER." O Grande Conflito, pág. 601, (cap. 37:"A Nossa Única Salvaguarda").
Assim era nas escolas dos rabis; dava-se mais importância às ideias dos homens do que à “Lei e ao Testemunho!”. É por isso que muitos pastores têm medo, ou vergonha, de pregar nas igrejas, acerca da “Mensageira do Senhor”. Mas lá fora, no mundo, há aqueles que estão desejosos de conhecer e ler mais acerca de Ellen White, por meio dos livros do Espírito de Profecia deixados nos lares pelos verdadeiros colportores evangelistas.
Infelizmente, o professo povo de Deus, ao mesmo tempo em que perece por falta de conhecimento (Os. 4:6), acha-se tão sábio que não sente mais necessidade de abrir os empoeirados livros da irmã White. Verdadeiramente, como temos estudado nas lições da escola sabatina, Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Jo. 1:11. Jesus, a “luz do mundo” é, na realidade, Aquele que é rejeitado e negado, ao se desprezarem e espezinharem as verdades contidas em Seus testemunhos a Sua serva e mensageira Ellen White, “porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.” (Apo. 19:10).
“Se rejeitardes os mensageiros delegados por Cristo, rejeitais a Cristo.” Testemunhos Para Ministros, pág. 97.
Seguidamente, apresento algumas citações do Espírito de profecia, que nos mostram e advertem, claramente, para este tipo de enganos DENTRO da igreja:
“Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso, sua influência activa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores da verdade demonstrado o maior entrave ao seu progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 122, (1887).
“Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 84, (1903).

Uma Luz Menor?
O pior de tudo é que essa rejeição passa muitas vezes despercebida, pela contínua e tendenciosa insistência na expressão “luz menor”, referente a Ellen White. As suas palavras foram: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1903).
O que é uma “luz menor”? Em que sentido é Ellen White uma “luz menor”, e porque insistir tanto em catalogá-la como tal, se essa expressão aparece apenas uma única vez em todos os seus escritos? É verdade que ela aplicou esse título a si mesma mas ela também afirmou, inúmeras vezes, ser “a mensageira do Senhor”. Então, porque não considerá-la e aceitá-la, verdadeiramente, como a mensageira do Senhor? Ou será que algumas pessoas preferem olhá-la como uma “luz menor2”, simplesmente porque lhes convém, devido a seus maus propósitos, paixões, apetites pervertidos e pecados acariciados?! Antes de analisarmos esta citação do Espírito de Profecia, seria interessante considerar algo mais.

Muito Mais do Que Profetas
Jesus disse de João Baptista: “Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo [mensageiro], que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Baptista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mt.11:9-11.
“Como percursor do Messias, João era “muito mais do que profeta”. Enquanto os profetas tinham visto de longe o advento de Cristo, João pôde contemplá-l’O, ouvir do Céu o Testemunho da Sua messianidade e apresentá-l’O a Israel como o Enviado de Deus. Todavia, Jesus disse: “Aquele que é o menor no reino dos Céus é maior do que ele”. O profeta João foi o elo que ligou as duas eras. Como representante de Deus, apresentou-se para mostrar a relação da lei e dos profetas para com o Evangelho. Era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior. A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre o seu povo; mas nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus. (…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 174, 175.
É dito de João Batista ser “muito mais que um profeta”, “o meu anjo [mensageiro]”, “o qual preparará o teu caminho diante de ti”, “Era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior”. Além do mais subentende-se claramente que não houve maior profeta que João. (Mt. 11:11). Desta forma, podemos concluir que todos os profetas anteriores a ele, canónicos ou não, foram luzes menores, os quais também apontaram para Cristo.
É bastante interessante compararmos estas descrições de João Baptista com aquilo que Ellen White diz de si mesma, nas seguintes citações: “Durante o discurso eu disse que não reclamava ser profetisa. Alguns ficaram surpreendidos ante esta declaração, e como tanto se está falando sobre isto, darei uma explicação. Outros me têm chamado profetisa, eu, porém, nunca me atribuí esse título. Não tenho sentido que fosse meu dever designar-me assim. Os que se arrogam ousadamente serem profetas nesses nossos dias são muitas vezes uma ofensa à causa de Cristo. Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, 36, (1905).
“Alguns tropeçaram no fato de haver eu dito que não reivindico ser profetisa; e têm perguntado: Por que é isto?
Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus.
Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira. "Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua estranha. Na verdadeira eloqüência da simplicidade, pela voz e pela pena, as mensagens que dou serão ouvidas, vindas de uma pessoa que nunca aprendeu nas escolas. Meu Espírito e Meu poder serão contigo.
Por que não tenho eu reivindicado ser profetisa? - Porque nestes dias muitos que ousadamente pretendem ser profetas são um opróbrio à causa de Cristo; e porque meu trabalho inclui muito mais do que a palavra "profeta" significa.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.
“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer sentido que Ele me indique.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 34.
Mensageiros do Senhor em Tempos de ApostasiaÉ pertinente notarmos as semelhanças que existem entre João Baptista e Ellen White. Depois de um longo período pós-exílio de cerca de 4 séculos sem haver nenhum profeta, tendo sido o último Malaquias, surge então João Baptista, “a voz do que clama no deserto”, o Elias que havia de vir, (Ml 4:5). Também Ellen White, após “o profeta de Patmos”, depois de um longo período de cerca de 17 séculos sem haver manifestação do dom de profecia, é chamada para ser a “mensageira do Senhor”, no espírito e poder de Elias, (Luc. 1:17).
Tanto João Baptista como Ellen White eram muito mais do que profetas; eles foram mensageiros do Senhor. Ambos surgem numa época de grandes trevas espirituais.
João foi o precursor do Messias, o último profeta antes da primeira vinda de Jesus, numa época em que o professo povo de Deus estava em completa apostasia. Desde a terrível “máfia”dos saduceus, os quais exploravam o povo como “cães gulosos”, o ultra-legalismo e hipocrisia dos fariseus, à corrupção geral entre o povo, o panorama era o de uma nação completamente possuída por Satanás.
Ellen White surge como mensageira do Senhor no chamado tempo do fim, logo após o desapontamento de 1844. As igrejas protestantes tinham rejeitado a primeira e a segunda mensagens angélicas e, logo depois do desapontamento, milhares abandonaram sua fé, não só na vinda de Cristo, mas alguns também em Deus. Neste período surgiram as mais terríveis e falsas teorias como, por exemplo, a teoria da evolução, de Charles Darwin e o Espiritismo Moderno, pelas irmãs Fox.

Missão: Preparar o Seu Povo Para a Sua Vinda
Como João Baptista, Ellen White teve um ministério dedicado a preparar o povo de Deus para a vinda de Jesus Cristo – desta vez a segunda vinda. Depois de 1844, o seu ministério foi de vital importância para a consolidação do povo de Deus – vindo dentre as diversas igrejas protestantes – na verdade e para o surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. João foi considerado por Jesus o maior profeta, apesar de ter sido um profeta não canónico, isto é, não escreveu nenhum livro bíblico.

Ellen White, apesar de ser uma mulher de fraca saúde, desenvolveu seu ministério ao longo de cerca de setenta anos, tendo escrito cerca de 100 mil páginas. Nenhum profeta, canónico ou não, teve o privilégio de escrever tantas páginas. Nenhum profeta teve a oportunidade de viajar e pregar em tantos lugares distintos. Além do mais, a irmã White teve o privilégio de ver cumpridas as mais importantes profecias da Bíblia e algumas delas, mesmo em seus dias. Nunca o povo de Deus teve o privilégio de compreender tão claramente a Sua vontade, como por meio dos testemunhos de Ellen White.
“Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito de Sua vontade e da conduta que este deve ter.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 276, (1876).
Finalmente, tanto João Baptista que “era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior”, como também Ellen White, pois o “ Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior”, tiveram o privilégio de serem luzes menores, para guiarem o povo à luz maior. Que, da mesma forma, cada um de nós busque ser uma luz menor para guiar o povo à luz maior, pois o mesmo Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” Mt. 5:14. Quem é a luz maior?

A Luz Maior
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo. 8:12.
“Nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus. (…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.
Jesus Cristo é, na verdade, a luz maior. E se nós estivermos ligados a Ele, como luzes menores reflectiremos a Sua luz, a glória do Seu carácter e da Sua justiça. Mas a luz maior é também a Bíblia, a Sua Palavra dada em testemunho aos profetas, onde estão registados os seus “ensinos e exemplo”: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Sl. 119:105
Ellen White foi de facto uma luz menor, como também o foi João Baptista, em relação a Jesus e à Sua Palavra, a Bíblia. Na Bíblia temos um conjunto de cerca de quarenta luzes menores, que formam uma grande luz, apontando para Cristo. Não é Daniel ou Ezequiel, ou mesmo Moisés que são a luz maior! A luz maior é, verdadeiramente, a revelação do carácter de amor e justiça de Deus dada em partes, isto é, ao longo de cerca de 1600 anos, a diferentes pessoas. Essa luz teve o seu brilho máximo em Jesus.
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pv. 4:18
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. Hb. 1:1

Bíblia – a Nossa Regra de Fé
O conjunto de verdades apresentadas pelos escritores bíblicos são suficientes como regra de fé e autoridade doutrinária para todo aquele que quiser fazer a vontade de Deus e conhecer o Seu amor, bem como o plano da salvação. Pelas verdades reveladas e estabelecidas por estes escritores, devem ser provados todos os demais escritos, pensamentos, ideias e espíritos. Temos assim a revelação de Deus adequada para todos os tempos.
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 2 Tim. 3: 16,17.
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe. 1:21
Guiados Pelo Espírito“Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.
O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo o ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo S. João: “Não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” I S. João 4:1. E Isaías declara: “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.” Is. 8:20.” O Grande Conflito, pág. 9, (Introdução).

Porque Precisamos dos Testemunhos
Ellen White nunca pretendeu substituir as Escrituras, nem que seus escritos fossem agregados à Bíblia ou que estivessem acima dela. Nem tão pouco pretendeu trazer nova luz: “Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da Palavra de Deus o objecto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a perfeição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos. É porque negligenciastes familiarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou chegar até vós por meio de Testemunhos simples e directos, chamando a vossa atenção para as palavras da inspiração às quais negligenciastes obedecer, e insistindo convosco para modelardes vossa vida de acordo com Seus ensinamentos puros e elevados.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, (1889).
“Os Testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz. (…) Não se trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito, para que todos fiquem sem escusa.” idem, pág. 280, 281, (1889).
No entanto, não podemos esquecer que, falando Ellen White como mensageira do Senhor, devemos considerar também os seus escritos como Palavra de Deus neste tempo, e de uma forma particular, para o professo povo de Deus. São um suplemento escrito, para um povo que não tendo compreendido determinadas coisas, por falta de estudo da Bíblia, continua a não querer compreender, simplesmente porque não lhes convém. Na realidade, são eles também, um reflexo da grande misericórdia de Deus, para que não lhe reste desculpa nenhuma!
A Mesma Autoridade… Comprovada!Podemos perguntar: o que significa a palavra autoridade? No dicionário Priberam da Língua Portuguesa obtemos quatro significados diferentes: 1) Direito legalmente estabelecido de se fazer obedecer; 2) A pessoa que tem esse direito; 3) Valor pessoal, importância; 4) Autorização.
O que foi para os profetas – canónicos ou não – e neste caso para a própria Ellen White, a autoridade do Espírito Santo? Foi, em primeiro lugar, ter o direito de se pronunciarem em nome de Deus, ao serem inspirados pelo Espírito Santo; de se fazerem obedecer por possuírem esse direito e, em segundo lugar, uma clara autorização que os colocou numa posição priveligiada de “satélites” da mensagem de Deus para o Seu povo. Obviamente que todos tiveram uma missão diferente, mas a autoridade para a cumprirem e desempenharem foi e ainda é a mesma.

Na introdução das Lições da Escola Sabatina do 1º trimestre de 2009 pode ler-se o seguinte: “Se proclamamos que a Bíblia é a nossa autoridade máxima, a última palavra, que autoridade tem (se deve ter alguma) o Espírito de Profecia? Como é que devem ser interpretados estes escritos?” Lições da Escola Sabatina (Monitor) – 1º trimestre de 2009, pág. 4.

O Senhor responde: “O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1900). Se o Espírito Santo é também o autor do Espírito de Profecia, então de quem é a autoridade? D’Ele, obviamente. Logo, deve ou não o Espírito de Profecia ter alguma autoridade? Claro que sim! Exactamente a mesma da Bíblia. E, já agora, os escritos da irmã White não precisam de ser interpretados, mas sim de ser estudados!

Como lemos ainda há pouco, “visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra” e é também impossível que seja inferior ou menos importante que a Palavra! O mesmo Espírito que inspirou “os homens santos de Deus” a escrever, é o mesmo que nos ensina, é o Autor e também o Professor. Uma vez provados os escritos ou mensagens de qualquer profeta não canónico, segundo a Palavra de Deus, estes passam a estar em pé de igualdade com a mesma Palavra. A sua função, diferente da Palavra de Deus é de “aclarar a Palavra (…)para iluminar e aplicar os seus ensinos.”
Mais à frente, no mesmo trimensário, lemos: “De que modo devemos nós pôr à prova os escritos de Ellen White?” Idem, Pág. 80 (auxiliar do monitor). É um erro grave, de muitos, que depois de Ellen White ter sido provada segundo as normas e princípios da Palavra de Deus, isto é, o conjunto de livros que formam a Bíblia, se continue a duvidar da Palavra de Deus dada por Ellen White de uma forma específica para a Igreja Adventista, e querendo continuar a pôr à prova aquilo que já foi provado.
No referido trimensário, pode ler-se ainda: “A autoridade de Ellen White pode ser comparada à autoridade dos profetas extra-canónicos. As mensagens que ela recebeu para a igreja não são acréscimo ao cânone. Os seus escritos não são outra Bíblia, nem têm o mesmo tipo de autoridade que se encontra na Bíblia. Em última instância, a Bíblia e só a Bíblia constitui a nossa autoridade suprema.” “Embora acreditemos que a sua inspiração, não a sua autoridade, está ao mesmo nível da dos profetas do Velho e do Novo Testamentos, … os princípios de interpretação da Bíblia podem ser aplicados quando se interpretam os escritos de Ellen White, ainda que a autoridade da Bíblia esteja acima da autoridade do Espírito de Profecia.” Idem, pág. 104, (lição 8, quinta-feira), e pág. 138 (lição 11, sábado à tarde).
Estas afirmações não têm base bíblica! Até porque é uma incoerência dizer que a autoridade da Bíblia está acima da do Espírito de Profecia, quando a própria Bíblia também é, em si mesma, resultado do Espírito de Profecia – manifestado nos seus 40 escritores. Lembrem-se que o autor é o mesmo – o Espírito Santo.
Ellen White, João Batista e muitos outros casos de profetas não canónicos, foram mensageiros de Deus, e a mensagem que eles apresentaram, vinda de Deus, foi uma mensagem especial, adequada a determinadas circunstâncias, uma verdade presente exclusiva para uma determinada época, mas cada um deles foi inspirado e também autorizado pelo Espírito Santo, tendo assim, a mesma inspiração e autoridade que as Escrituras.
É óbvio que cada um destes profetas, ao surgirem, foi provado pelos escritos bíblicos já existentes. E neste ponto temos que compreender que, tantos escritores canónicos como não canónicos, todos foram provados pelas normas e princípios de Deus, revelados nas Escrituras existentes no seu tempo. Por exemplo, o livro de Daniel, incluído no cânone sagrado, e o livro de Tobias que foi rejeitado por não ser inspirado e autorizado por Deus para fazer parte dos escritos sagrados, foram provados segundo os livros aceites, até então, como inspirados e autorizados por Deus e conforme os Seus princípios e verdades aí revelados.
Incoerência ainda maior, da parte dos diversos dirigentes, sejam da união, da publicadora, da divisão ou da conferência geral, é que, nos trimensários, esteja escrito uma coisa, e no livro “A Mensageira do Senhor”, esteja escrito outra. Este último livro explica claramente, e de uma forma coerente, que não só a inspiração mas também a autoridade de Ellen White, é a mesma que a da Palavra de Deus, pois é o mesmo Deus que fala. Aconselho-vos a estudarem os capítulos 16, 35 e 36 desse livro.
A obra e o propósito com que cada um dos profetas é chamado pode ser diferente No entanto, a Palavra de Deus é uma só, como o Espírito Santo é um só, portanto é pecado, falarmos de diferentes autoridades, quando Aquele que inspira e autoriza é o mesmo. “Porque eu, o Senhor, não mudo” Ml. 3:6; “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Hb. 13:8.

Para Que Não Restem Dúvidas
Para que não reste nenhuma dúvida, vamos comprovar pela Palavra de Deus e o Espírito de Profecia que também os profetas não canónicos são verdadeiramente inspirados por Deus, tendo portanto a Sua autoridade.

De JOÃO BATISTA – profeta não canónico – foi dito: “Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.”; “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” Lu. 1: 15, 17
“A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre o seu povo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.
ELLEN WHITE afirmou: “Tenho escrito muitos livros, e tem-lhes sido dada ampla circulação. De mim mesma eu não poderia haver salientado a verdade contida nesses livros, mas o Senhor tem-me dado o auxílio de Seu Santo Espírito. Esses livros, transmitindo as instruções a mim dadas pelo Senhor durante os sessenta anos passados, contêm esclarecimentos do Céu, e resistirão à prova da investigação.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, (1906).
“O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1900).
“Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra… ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do Espírito de Deus ou do diabo.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 286, (1862).
O que é dito sobre a Palavra de Deus, (em 2 Tim. 3: 16,17 e em 2 Pe. 1:21), é dito também de João Baptista e Ellen White, isto é, eles possuíam a mesma inspiração e autoridade, as quais lhes foram concedidas pelo Espírito Santo.
Para Tal Tempo Como EsteNão nos podemos esquecer que cada profeta é chamado com um propósito e funções diferentes. Alguns apenas profetizaram, outros, além de profetizarem foram mensageiros, isto é, transmitiram, e em alguns casos escreveram, mensagens específicas para a sua época. Outros ainda, cujas profecias e mensagens importava ficarem registadas para todas as épocas e povos, escreveram livros, os quais, pela direcção do Espírito Santo sobre homens escolhidos, foram incluídos no cânone sagrado.

No entanto, o Espírito que concedeu o dom de profecia a Enoque, a Samuel, a Natã, a Elias, a David, a Hulda, a Daniel, a João Batista, e a Ellen White era o mesmo. “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria… e a outro a profecia… Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” 1 Cor 12:6-11. Desta forma é completamente descabido dizer que a autoridade entre estes homens e mulheres fossem dadas em níveis diferentes.
“É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.” Mc. 13:34.
Este homem que se ausenta de casa, e do seu próprio país, simboliza Cristo, o qual, dá “autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra”. Embora o contexto aqui se refira à segunda vinda de Cristo, podemos fazer aqui uma comparação com o tema que estamos a tratar. Os servos de Cristo recebem todos a mesma autoridade, mas cada um tem uma obra ou responsabilidade diferente. Nem todos são profetas ou escritores bíblicos, mas todos receberam a mesma autoridade – porque a receberam da mesma pessoa – para efectuarem a obra que lhes foi confiada, conforme o Espírito Santo os capacitou.
Em Actos 11: 27, 30 fala-nos do profeta Ágabo, que profetizou que haveria “uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Claúdio César”. Lucas 21:11 diz-nos que “haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências”. O primeiro caso trata-se de uma profecia dada por um profeta não canónico, que tinha uma aplicação a um futuro próximo, a qual se cumpriu algum tempo depois.
O segundo caso trata-se, não de um profeta mas sim de um escritor canónico, o qual, por inspiração de Deus escreveu, havendo-se previamente “informado minuciosamente de tudo desde o princípio”. Luc. 1:3. Qual deles teve maior inspiração e autoridade: o profeta Ágabo ou Lucas, que não era profeta?! Ágabo recebeu inspiração e autoridade para profetizar, enquanto Lucas para investigar e escrever. Ambos possuíam a mesma inspiração e autoridade, mas para desempenharem funções diferentes!

Rejeitando o Senhor dos Profetas
Quando em determinado momento os fariseus se aproximaram de Jesus para lhe perguntar: “Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal autoridade?” (Mt. 21: 23), Jesus de uma forma sábia contornou esta pergunta, demonstrando que assim como João Batista, tendo a autoridade de Deus para ser um profeta, foi rejeitado, também Ele, o próprio Filho de Deus, tendo a mesma autoridade, estava a ser rejeitado.
O problema de muitos, que procuram pela astúcia maligna de seus corações diminuir Ellen White, a mensageira do Senhor, era o mesmo problema dos fariseus, que diminuindo João Baptista, o precursor do Messias, não só o rejeitaram a ele, mas também ao próprio Messias. E o problema é o seguinte: “os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo. 3:19-21.
Os fariseus, tendo rejeitado João Baptista – assim como todos aqueles que hoje rejeitam Ellen White – foram assim responsabilizados pelo sangue de todos os profetas anteriores, (o próprio Jesus o disse em Mat. 23:29-36), e acabaram por rejeitar Alguém que, não só como homem, tinha a autoridade de Deus, mas ainda mais a possuía como Criador, podendo também autorizar. Desta forma, tanto João como os demais profetas, canónicos ou não, todos têm a mesma autoridade. Portanto, aqueles que procuram rejeitar os escritos da serva do Senhor rejeitam o próprio Senhor, que por meio dela falou! “E disse o Senhor a Samuel: … não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado”. I Sm. 8:7.

As Dúvidas Saem Caras
Queridos irmãos, as dúvidas expressas pelo povo hebreu, no deserto, em relação a Moisés, custaram a vida de milhares de pessoas. As dúvidas expressas pelos dez espias que espiaram a terra de Canaã com Josué e Calebe, e na murmuração contra Moisés (Núm. 13 e 14), custou-lhes perder o direito de entrar em Canaã e aos seus filhos, 40 anos a vaguear no deserto.

Nomeadamente o caso da rebelião de Coré, Datã e Abirão (Num. 16), custou a vida de várias centenas de mortos. A rejeição da Palavra de Deus dada por Jeremias ao povo, custou a deportação para Babilónia. A rejeição de João Baptista por parte dos fariseus, custou-lhes o endurecimento do coração e a rejeição das Escrituras. Isto resultou na rejeição do próprio Filho de Deus e, em consequência, o povo Judeu também foi rejeitado como povo exclusivo de Deus. Finalmente, Jerusalém foi destruída e houve milhares de mortos, e foi o fim da história deste povo, que teve tantos privilégios, como nação escolhida de Deus.
Desde que Ellen White teve a sua primeira visão em 1844, até à data da sua morte, não obstante ter sido provada pela Palavra escrita de Deus, muita foi a oposição que enfrentou entre o professo povo de Deus. Não obstante falar em nome de Deus, murmuraram contra ela, como fez o povo de Israel, no passado, contra Moisés.
Ele havia transmitido ao povo que o alimento que Deus providenciara para eles era o maná, mas eles preferiam carne. (Êx. 16:4; Nm. 11:4, 6). A serva do Senhor transmitiu a mensagem da reforma da saúde, mas passados mais de cem anos, o povo de Deus continua a achar que a carne é melhor, e a desprezar os demais conselhos sobre a saúde.
A Palavra de Deus dada à igreja, por meio de Ellen White, foi desprezada duma maneira especial, na rejeição da mensagem da justificação pela fé, que foi defendida por Jones e Waggoner, na assembleia de Mineápolis, em 1888, (Para saber mais sobre este importante tema, aconselhamos a leitura do livro “Cristo, Nossa Justiça”, de Arthur G. Danniels, testemunha ocular da referida assembleia). Tal como Jones e Waggoner, haviam Josué e Calebe defendido o mandato do Senhor e acreditado na vitória sobre os gigantes, tendo a sua mensagem sido rejeitada, pelos seus dez companheiros, e também pelo povo.

Exilada para a Austrália
Por terem rejeitado a mensagem da justificação pela fé, os dirigentes da igreja de então afastaram do cenário a própria Ellen White , “deportando-a” para a Austrália, pois tinha-se tornado para eles numa espécie de “dor de cabeça”.
"O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que era Sua vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que W. C. White, sua mãe e seus obreirospermanecessem na América.
Nós éramos necessários no centro da Obra, e tivesse vossa percepção espiritual discernido a verdadeira situação, nunca teríeis consentido com as medidas tomadas. Mas o Senhor lê os corações de todos. Havia tanta disposição para que partíssemos que o Senhor permitiu que esse evento tivesse lugar. Aqueles que estavam cansados com os testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os transmitiam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens cumprirem sua própria vontade e maneira, que julgavam superior à maneira do Senhor.
O resultado está perante vós. Tivessem permanecido do lado certo, tal decisão não teria sido tomada neste tempo. O Senhor teria trabalhado pela Austrália por outros meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle Creek, o grande coração da Obra.
Lá teríamos permanecido ombro a ombro, criando uma atmosfera saudável a ser sentida em todas as nossas associações. Não foi o Senhor quem planejou essa questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a América. Mas quando o Senhor apresentou-me essa questão tal como realmente era, não abri os lábios para ninguém porque eu sabia que ninguém discerniria a questão em todas as suas implicações. Quando partimos, alívio foi sentido por muitos, mas não tanto por ti mesmo, e o Senhor não Se agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às rodas do maquinismo de Battle Creek.

Oh, quão terrível é tratar o Senhor com dissimulação e negligência, zombar de Seu conselho com orgulho devido à sabedoria do homem parecer tão superior." (Carta 127,a O. A. Olsen, Presidente da Associação Geral, (1896); em 1888 Materials, pág. 1622-1623).
A essência da justificação pela fé continua a ser rejeitada pela maioria do povo de Deus, pelo seu modo de viver. Continuamos “no deserto”… Não obstante, e infelizmente, o professo povo de Deus continua a murmurar contra a serva do Senhor.
“A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade [a justificação pela fé], estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones. Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória [Ap. 18:1], e pela acção de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 234, 235.
Ellen White e os que viveram em seus dias, poderiam ter visto Jesus Cristo voltar nas nuvens do céu, poderiam ter entrado na Canaã celestial. “Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória.” Eventos Finais, pág. 34.
Quantos “Corés”, “Datãs” e “Abirões” se têm levantado contra Ellen White! Hoje em dia essa revolta dá-se de uma forma mais camuflada. Fala-se muito de Ellen White, mas nunca o povo de Deus esteve tão distante da luz revelada através dela.
"Voltastes as costas, não a face, ao Senhor... O Espírito de Deus está partindo de muitos dentre o Seu povo. Muitos avançam por veredas escuras e secretas, e alguns desses nunca regressarão... Eles não só recusaram aceitar a mensagem, mas odiaram a luz... Estão votando ao desprezo o Seu Espírito Santo." Testemunhos para Ministros, págs. 89-91; (1895).
“Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas”. Idem, pág. 467.
Existem muitos livros de Ellen White, centros de pesquisa “White”, Meditações de Ellen White e agora até existem os comentários de Ellen White aos temas das lições da escola sabatina. Mas o que é estranho, mais uma vez, é que nem por isso o povo anda mais conforme a luz que ela deu. Isto lembra-me o que se passou no tempo de Jesus.
Os fariseus caiavam os sepulcros dos profetas, e lamentavam que os seus pais os tivessem morto e diziam que se tivessem vivido no seu tempo, nunca o teriam feito (Mt. 23:29-31). Mas as suas vidas denunciavam a hipocrisia dessas palavras, pois a sua atitude de rejeição de Cristo não demonstrava melhor aceitação dos profetas que os seus pais.
Aquilo que Satanás não conseguiu fazer antigamente, ao tentar privar da Bíblia o povo, alcançou agora, ao fazer com que as pessoas estivessem tão ocupadas que não tivessem tempo para estudá-la, ou através da incredulidade e de falsas interpretações dos textos bíblicos.
“Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito, porém, de ainda cumprir o seu objectivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.” O Grande Conflito, pág. 296.
De facto, nunca houve tantas Bíblias como nos nossos dias, no entanto, nunca as pessoas estiveram tão afastadas de Deus. O mesmo se está a passar com os livros da irmã White. Pois estando estes, mais do que nunca, ao alcance do povo, permanecem empoeirados nas casas publicadoras e na casa dos membros, enquanto o testemunho das suas vidas nega os seus ensinos. Podem até ir à igreja cada semana, “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.
É triste que nas lições da escola sabatina predominem os comentários dos homens, em detrimento dos comentários da serva do Senhor, que são colocados num livrinho à parte. Deveria ser ao contrário! Essas lições deveriam estar baseadas num “assim diz o Senhor” e não num “assim dizem os homens”.

Quem Tem Preparado o Caminho
Mas isto não é senão a operação do erro, cuja diligência adestrou homens para enganar. “O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos. (...) Isto é exactamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 83, (1890). Quem são esses “que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus”?
Esses homens pertencem a duas classes diferentes: a dos jesuítas, que se vestem com “pele” de adventistas, ou a dos incrédulos. São agentes de Satanás, fazendo-se passar por irmãos, sendo lobos devoradores (Mt. 7:15; At. 20:28-31). “Diz o grande enganador: (…) devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Terei no terreno, como meus agentes, homens que mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade para enganar almas. Também terei presentes pessoas incrédulas, que expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua igreja.
Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderia ter de vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertências, permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos para as nossas fileiras.” Testemunhos para Ministros, pág. 472, 474, 475.
Estes homens enganadores apresentam uma tese, neste caso, a crença na irmã White como mensageira do Senhor; depois apresentam a antítese, ou seja, que ela não tem a mesma autoridade que os escritores bíblicos; e qual é a síntese, isto é o resultado? Descrédito, incredulidade, e menosprezo dos seus escritos, banalizando-os. Posso citar um caso muito particular do pouco tempo (felizmente!) que passei na escola de teologia em Collonges. Um professor tratou de apresentar a ideia de que o nome Miguel (Jd. 9) não se referia a Jesus. De imediato eu lhe disse aquilo que a serva do Senhor esclareceu acerca do assunto, isto é, que o arcanjo Miguel é Jesus:
“Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. E é assim chamado porque Deus Se revelou ao homem, através de todos os tempos, por meio de Cristo. (…) Foi- lhes revelado como sendo o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel.” Patriarcas e Profetas, pág. 324, (cap. “A Lei e os Concertos”).
A sua resposta foi: “Ellen White não é a última palavra.” Mas ele, dizendo-se doutor em teologia, errou, não conhecendo, ou melhor, não querendo crer nas Escrituras e no Espírito de Profecia! “Errais, não conhecendo as Escrituras.” Mt. 22:29.
Ellen White é, na verdade, a última palavra. E porquê? Primeiramente surgiu a Bíblia, a Palavra de Deus, e, por último Ellen White, a mensageira do Senhor, que vem explicar e aclarar a Palavra de Deus. Aquilo que nos é difícil de entender, ela veio aclarar, sendo desta forma, de facto, a última palavra em qualquer questão de interpretação da Palavra de Deus, que pelo Espírito Santo lhe tenha sido revelada.
Estamos nós dispostos a aceitar verdadeiramente a mensageira do Senhor? Ou correremos nós o risco de também sermos rejeitados como igreja ou individualmente? “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” Ap. 2:5.

Em Conclusão
Já o disse anteriormente, mas repito mais uma vez. Para se escrever a Bíblia, foi necessária a autoridade do Espírito Santo. Para se poder explicá-la, e ampliar as verdades que nela encontramos foi também necessário a autoridade do Espírito Santo, não uma autoridade inferior! No livro “A Mensageira do Senhor”, no início do cap. 35 há uma analogia que nos ajuda a entender o papel de Ellen White. É interessante que no seu tempo, uma outra mulher, S.M.I. Henry chegou à compreensão de que a sua função como mensageira do Senhor era semelhante a um telescópio, por meio do qual se consegue compreender melhor a Bíblia. Ellen White admitiu que ainda ninguém tinha expressado e compreendido tão claramente o seu papel, e a relação entre a Bíblia e a sua obra, como essa mulher. Inclusivamente pediu que esse artigo fosse publicado na Austrália.
Deus chama a cada um para uma missão diferente. Elias, embora não tenha escrito nenhum livro, chegou a escrever uma carta ao rei Jeorão (2 Cr. 21:12-15), que foi incluída no cânone sagrado. Para que o autor de Crónicas tenha sido inspirado e autorizado a transcrever esta carta é porque ela foi, na verdade, inspirada e autorizada pelo Senhor. No entanto, ele não escreveu nenhum livro – não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas simplesmente porque essa não era a sua missão. João Baptista foi o maior profeta, mas também não escreveu nenhum livro. Paulo escreveu várias cartas, no entanto, uma dessas cartas (Cl. 4:16), não foi incluída no cânone sagrado – não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas porque o seu conteúdo inspirado e autorizado era específico para aquele tempo. Paulo ordenou aos Colossenses que lessem, não só a respectiva epístola, mas também “a dos de Laodicéia”, colocando-as no mesmo patamar de importância.
De igual forma, Ellen White tem uma mensagem específica para um determinado tempo, o tempo do fim e mais concretamente para a igreja de Laodiceia. Ela, é a mensageira do Senhor, para este tempo. Ela possui a inspiração e autoridade do Senhor, não para nos revelar novas verdades, mas para ser um “comentário” fidedigno à Palavra de Deus, um “telescópio” ou uns “óculos” que nos permitam discernir claramente a verdade e a vontade de Deus para o Seu povo, escrever cartas tal como Elias e Paulo, para repreender o povo de Deus como Natã fez com Davi, para conduzir o povo de Deus pelo “deserto” como Moisés, e preparar o povo de Deus para segunda vinda de Jesus como João Baptista no passado. Em resumo, Ellen White falou em nome de Jeová, não para apresentar uma nova verdade, mas para defender e exaltar as verdades já reveladas, e expô-las bem alto diante do povo.
“…o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.” O Grande Conflito, pág. 9, (Introdução)
“…pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, (1889).
"Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua estranha.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.
Por meio de mim, e de todo aquele que estiver disposto a clamar, Deus está buscando chamar a atenção para a Bíblia e os testemunhos do Espírito Santo dados a Ellen White, tal e qual Josafá, no meio de um grande conflito no qual também nós, hoje, estamos envolvidos, clamou no passado:
“Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis”. II Cr. 20:20.
Enquanto Jesus, montado num jumentinho, se aproximava de Jerusalém, chorou amargamente! O Seu amor, cuidado e preocupação demonstrados pelo povo hebreu durante tantos séculos, tinham sido desprezados. O tempo de graça para este povo, um povo escolhido, terminaria no pôr-do-sol daquele dia. Tudo quanto Ele poderia ter feito, o fez. Se tão-somente tivessem dado ouvidos aos profetas…!!
Queridos irmãos e irmãs, o pôr-do-sol da graça divina para a Sua igreja está quase a chegar. Seremos nós selados eternamente para Deus, ou, continuaremos a rejeitar os apelos de misericórdia divinos, sendo assim rejeitados e ficando perdidos para sempre?! Está nas nossas mãos o decidirmos, qual o caminho que seguiremos.
Saulo, não sabia que perseguindo os cristãos, perseguia o próprio Deus, Jesus Cristo. Sabes tu que “apedrejando” Ellen White, estás apedrejando Jesus? Por favor, larga essas “pedras”, para que no dia do juízo não incorras na mesma condenação daqueles que crucificaram e entregaram Jesus Cristo à morte.
Aos Adventistas do Sétimo Dia: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Mt. 23:37.

Sérgio Ventura
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

PASTORES MUDOS



“Visão de Isaías, filho de Amós, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá.
Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o SENHOR tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende. Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo.”
“Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra. Ouvi a palavra do SENHOR, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra.”
“Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de rectidão! A justiça habitava nela, mas agora homicidas.” Is. 1:1-6, 9, 10, 21


REBELIÃO CONTRA O CRIADOR

É com grande tristeza, que ao ler estes versos que já foram escritos há muito tempo atrás, me dou conta que eles têm uma tremenda aplicação ao povo de Deus no tempo presente.
Verdadeiramente o povo de Deus está doente! As suas feridas e chagas não foram “amolecidas com óleo”, isto é, continuam rejeitando a operação do Espírito Santo em suas vidas. Está em completa rebelião contra o Seu Criador. Os animais domésticos conhecem o seu dono, mas o professo povo de Deus esqueceu-se do Seu Senhor. A apostasia foi tão longe que aos príncipes do povo se lhes chama “poderosos de Sodoma”, e ao povo – professo povo de Deus – “povo de Gomorra”!
A maldade é tanta, o afastamento de Deus é de tal ordem que o profeta, por inspiração, faz comparação entre os habitantes de Sodoma e Gomorra e o povo de Judá. Não fosse o pequeno remanescente e Deus já teria destruído o reino de Judá! Mas que nos vem à mente quando falamos de Sodoma e Gomorra? Práticas sexuais depravadas e abomináveis ao Senhor! Verdadeiramente foi isso que aconteceu com o povo de Judá, na medida em que se “prostituiu” com outros deuses, se corrompeu com as práticas e ídolos pagãos de outros povos. Na verdade, entre muitas dessas práticas pagãs estavam incluídas práticas sexuais proibidas entre o povo de Deus. Em vez de ser uma luz para todas as nações, Judá se converteu numa pedra de tropeço para as nações.
A linha de demarcação entre o professo povo de Deus e Sodoma e Gomorra não existia mais, e infelizmente nos nossos dias essa linha de demarcação entre a igreja adventista do sétimo dia e o mundo também não existe mais. Não fosse o pequeno remanescente que existe nela e o Senhor já a teria rejeitado.
A professa igreja do Senhor “se fez prostituta” por todas as suas corrupções, e “homicida”, por todas as injustiças cometidas em seu meio, pela contínua rejeição das palavra dos profetas de todos os tempos, blasfemando contra eles e contra o próprio Deus!


A GRANDE PROSTITUTA

Na noite de 24 de Abril de 2009, dia em que completei 16 anos de baptismo, tive um sonho. Encontrava-me junto da minha esposa, como que no cimo do telhado de uma igreja adventista do sétimo dia, podendo no entanto observar tudo o que se passava no seu interior. A cena que observamos era horrível! Na plataforma do púlpito, que mais parecia um palco, estava uma grande prostituta, (gigante mesmo!), despida, deitada voltada para a congregação, ocupando também todo o espaço vago que ía desde o púlpito até à zona dos bancos. Abria as pernas, como que para atrair a ‘plateia’, preparando-se para o acto sexual e esta por sua vez a estava adorando, sendo a prostituta o centro do serviço de culto! Tudo se passava como se fosse um serviço de culto normal. E a congregação maravilhava-se diante daquela cena. Ficamos horrorizados e espantados com o que vimos e nesse instante, minha esposa gritou de horror, pelo que estava sucedendo dentro da própria igreja! Nesse momento acordei.

“Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama, então abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a Sua instrução. (…) Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes, para com o homem, para desviar a sua alma da perdição”. Job 33:14-16, 29, 30.

“E há-de ser que, depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.” Joel 2:28 “Os sonhos provenientes do Senhor estão classificados na Palavra de Deus com visões, e são tão verdadeiramente frutos do espírito de profecia como as visões. Tais sonhos, levando-se em conta as pessoas que os têm e as circunstâncias sob as quais foram dados, contém suas próprias provas de genuinidade.” Testemunhos para a Igreja, vol. I, págs. 569, 570.

Este sonho teve um grande impacto em mim, na medida em que, sendo o aniversário do meu baptismo, me mostrou claramente até que ponto a apostasia chegou, dentro da igreja adventista do sétimo dia. Foi para mim uma terrível cena, que me trouxe bastante tristeza e angústia.

Quem é esta grande prostituta que vi no sonho? (Apoc. 17:1). Em que medida a igreja adventista do sétimo dia a está a adorar? Será que a igreja foi assim tão longe? Até onde a igreja se está comprometendo com o mundo?


COMO SE ESTIVESSE TUDO BEM


O professo povo de Deus, do qual eu faço parte, está em completa apostasia, tendo mesmo chegado a prostituir-se com Babilónia, com o mundo, na medida em que assimilou toda a prática detestável e aborrecível ao Senhor.
No entanto, a igreja continua em sua rotina normal, como se tudo estivesse bem! O povo e os dirigentes estão a “morrer de doentes” – e se a igreja é um hospital, onde os médicos e enfermeiros estão gravemente doentes, se é que não morreram já, como se curarão os pacientes?!
Mas os dirigentes continuam a fazer convocação de assembleias e reuniões espirituais. Não só os corações dos dirigentes mas também os dos membros de igreja estão cheios de maldade, iniquidade e ódio, sobretudo contra aqueles que, não sendo graxistas nem aceitando adulações ou subornos, defendem a verdade e a justiça. Aos sábados vão à igreja, e respondem “sete” quando se lhes pergunta quantas lições leram, e devolvem os dízimos, enquanto sua vida e a de seus filhos estão sendo sacrificadas no altar de Moloque, isto é, ao próprio Satanás, sete dias por semana.
Nas orações dizem “amén!”, mas os seus corações estão bem longe de Deus. Levantam-se grandes ofertas para a Adra, para ajudar em Africa ou na Ásia, mas esquecem-se de fazer justiça aos órfãos e viúvas “da fé” que estão próximos!!! Vestem-se com as melhores roupas mas seu interior é cheio de “chagas podres não espremidas”. Outros ainda, fazem dos corredores das igrejas uma passagem de modelos, esquecendo-se de que, quem deve ser adorado, honrado e glorificado é o Senhor e não eles mesmos!
“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.” Is. 1:11-15


MAS COMO É QUE A IGREJA CHEGOU A UMA SITUAÇÃO COMO ESTA?
E PORQUÊ?

“Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama as peitas, e anda atrás das recompensas; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa da viúva.” Is. 1:23
“Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. Vinde, dizem, trarei vinho, e beberemos bebida forte; e o dia de amanhã será como este, e ainda muito mais abundante.” Is. 56:10-12

Normalmente um cão ladra quando se apercebe de algo ou alguém estranho, na propriedade do seu dono. Ladra com todas as suas forças pois o seu instinto lhe diz que deve ladrar, emitindo esse sinal de alarme, não só para afugentar o possível perigo que se está a aproximar, mas também para chamar a atenção do seu dono e, em alguns casos, de outros cães.
Mas, infelizmente, a maioria dos pastores, aqueles que deveriam ser os atalaias, os “cães de guarda” do rebanho de Deus, por alguma razão emudeceram, não conseguem falar. Pior do que isso, parece que se tornaram surdos, cegos e mudos! E, de tanto dormir e roncar, já não se conseguem aperceber quando o perigo se aproxima. Isto é, as suas mentes se tornaram tão cauterizadas e conformadas com o mundo, que já não conseguem discernir o perigo e dar-se conta dos inimigos que assaltam a casa. Tudo é normal e tudo está bem! Mas eu pergunto então: que direito têm esses pastores , “que gostam do sono” e não estão cumprindo o seu dever, de ser sustentados com os dízimos? Visto que, se não trabalham não são dignos do seu salário!

UMA IGREJA SONOLENTA

No início do corrente ano tive um outro sonho. Encontrava-me sentado dentro de uma igreja adventista do sétimo dia. Então comecei a observar. O ambiente estava meio escurecido, era adormecedor. À frente, como se fosse num palco de teatro, estava um jovem pastor discursando, enquanto a plateia estava dormindo. Olhando de novo, reparei que havia jovens ao meu redor e que eles não estavam sentados em bancos mas sim deitados em sofás, tapados com mantas.
Entretanto, encontrando-me no corredor da igreja, vi alguns rostos de jovens pastores que me eram familiares. Andavam satisfeitos e tranquilos, para trás e para a frente, como se estivessem preparando algum programa para os jovens. Eles estavam relaxados. Os seus rostos indicavam a segurança que tinham de que tudo estava sob controlo. O meu coração estava triste e perplexo pela situação em que a igreja se encontrava. Então acordei.


NEM FALAM NEM DEIXAM FALAR

O mais grave é que esses pastores que agem como cães mudos, permanecendo alheios e indiferentes ao seu dever, são também invejosos. Invejosos?! Sim. Porque não gostam que outros lhe tomem o lugar, sendo ousados e corajosos em dar o sinal de alarme quando o perigo se aproxima. Estes últimos são para eles uma pedra no sapato, perturbadores de Israel. Tocam a trombeta que eles deviam tocar, dando-lhe um sonido certo, e dão a mensagem que eles deixaram de proclamar. Os pastores mudos não gostam deste tipo de atalaias!
Dizem eles: “Quem são eles, e donde vieram? Quem lhes deu autoridade para falar tais coisas? São fanáticos, presunçosos, orgulhosos, críticos e severos. Não podemos permitir que eles preguem nem conceder-lhes os púlpitos. Cuidado com eles!”.


DEUS JÁ NOS TINHA PREVENIDO

· Deus tem Suas testemunhas

A serva do Senhor antevendo esta situação entre o povo de Deus, escreveu: “Deus nunca deixou Sua igreja sem uma testemunha. Em todas as cenas de sofrimento e prova, de oposição e perseguição em meio às trevas pelas quais a igreja tem passado, tem tido Deus homens de oportunidade preparados para assumir Seu trabalho em várias fases, e levá-lo avante e para cima.” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 404 e 405.
“A voz de Deus foi ouvida pelos profetas que Ele escolhera para uma obra especial e para transmitir uma mensagem especial. Enviou-os para que repetissem frequentes vezes as mesmas palavras. Tinha para eles uma mensagem separada, que não era segundo os caminhos e a vontade dos homens, e essa pôs Ele em sua boca e os fez proclamar. Assegurou-lhes que o Espírito Santo lhes daria a linguagem e a elocução. Aquele que conhece o coração lhes daria palavras para alcançar o povo.
Podia ser que a mensagem não agradasse àqueles a quem fora enviada. Podia ser que não desejassem algo novo, antes desejassem continuar como até aí vinham agindo; mas o Senhor os despertou com reprovações; e censurou-lhes as atitudes. Infundiu nova vida naqueles que estavam dormindo no posto do dever, que não eram sentinelas fiéis. Mostrou-lhes sua responsabilidade e que eles seriam responsabilizados pela segurança do povo. Eram vigias que não deviam dormir nem de dia nem de noite. Deviam discernir o inimigo e dar ao povo alarme, para que cada um pudesse estar no seu posto, a fim de que o vigilante inimigo não pudesse obter a mínima vantagem.” Idem, pág. 405.

· Vigias infiéis serão responsabilizados

“E o Senhor declara hoje a Seus vigias que se forem infiéis e não advertirem o povo que está em perigo, este será levado em seus pecados. "O seu sangue", diz Ele, "Eu o demandarei da tua mão." Ezeq. 33:8. Mas se Seus mensageiros erguerem a voz em reprovação e advertência, para desviar homens de seus maus caminhos, e essas almas não ouvirem, então o vigia está livre; o que ofende a Deus será levado em seus pecados; seu sangue recairá sobre sua própria alma.” Idem, pág. 406.
“Nunca haverá um tempo na história da igreja em que o obreiro de Deus possa cruzar os braços e ficar à vontade, dizendo: "Há paz e segurança." I Tess. 5:3. Então é que vem a repentina destruição. Tudo se pode mover para a frente em meio a aparente prosperidade, mas Satanás está bem desperto, e está estudando e se aconselhando com seus anjos maus no sentido de descobrir outro modo de ataque em que possa ter êxito.”
“A verdade em seus variados aspectos estará em conflito com o erro em suas formas sempre variadas e crescentes, e que se possível, enganariam os próprios escolhidos.
Nosso trabalho deve ser fervoroso. Não devemos combater como os que batem no ar. O pastorado, o púlpito e o prelo exigem homens como Calebe, que façam, que ousem, homens cujos olhos sejam sinceros para discernir a verdade do erro, cujos ouvidos sejam consagrados para apreender as palavras do Vigia fiel. E o Espírito do trono de Deus se fará sentir sobre um cristianismo degenerado, um mundo corrompido, pronto a ser consumido pelos juízos há muito protelados de um Deus ofendido.” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 407.
“Muitos, se são reprovados pelo Espírito de Deus por meio de Seus representantes autorizados, recusam submeter-se à correção e é-lhes implantada no coração uma raiz de amargura contra os servos do Senhor que desempenham cargos pesados e desagradáveis. Homens há que ensinam a verdade mas que não aperfeiçoam seus próprios caminhos perante Deus, buscam ocultar os próprios defeitos e inclinam-se a um afastamento de Deus. Não possuem a coragem moral de fazer as coisas que são para seu especial benefício. Não percebem a necessidade de reforma, e assim rejeitam as palavras do Senhor, e odeiam ao que "repreende na Porta". Isa. 29:21. A própria recusa de atender às advertências que o Senhor envia, concede a Satanás toda a vantagem para fazer deles os mais encarniçados inimigos dos que lhes comunicaram a verdade. Tornam-se refutadores dos que lhes foram portadores da mensagem do Senhor.” Idem, pág. 408.
“Pastores não santificados estão se arregimentando contra Deus. Estão a um tempo louvando a Cristo e ao deus deste mundo. Ao passo que professam receber a Cristo, abraçam Barrabás, e por seus actos dizem: "Este não, mas Barrabás!" João 18:40. Atentem bem todos quantos lêem estas linhas.” Idem, pág. 409.
“Muitos se levantarão em nossos púlpitos tendo nas mãos a tocha da falsa profecia, acesa na infernal tocha de Satanás.
Caso sejam alimentadas dúvidas e descrença, serão os pastores fiéis afastados do povo que pensa que tanto sabe. "Se tu conhecesses também", disse Cristo, "ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas, agora, isto está encoberto aos teus olhos." Luc. 19:42.” Idem, pág. 409, 410.


O SENHOR CONHECE OS QUE SÃO SEUS

“Contudo, o fundamento de Deus fica firme. O Senhor conhece os que são Seus. O pastor santificado não deve ter o engano em sua boca. Deve ser sincero como a luz. Livre de toda a mancha do mal. Um pastor e uma imprensa santificados serão um poder em irradiar a luz da verdade sobre esta geração rebelde. Irmãos, necessitamos de luz, de mais luz. Tocai a buzina em Sião; fazei soar o alarme no monte santo. Ajuntai o exército do Senhor, com coração santificado, para que ouçam o que o Senhor vai dizer a Seu povo; pois Ele tem crescente luz para todos que quiserem ouvir.” Idem, pág. 410.
“Que nenhuma pessoa se queixe dos servos de Deus a ela enviados com uma mensagem celestial. Não mais busqueis suas falhas, dizendo: "São demasiado positivos; falam muito duramente." Podem falar duramente; mas não é isso necessário? Deus fará retinir as orelhas dos ouvintes que não atenderem à Sua voz ou mensagem. Ele denunciará os que resistirem à Sua Palavra.” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 410.

“Satanás tem tomado toda a medida possível para que nada venha entre nós, como um povo, para nos reprovar e censurar e exortar-nos a abandonar os nossos erros. Mas há um povo que levará a arca de Deus. Dentre nós sairão alguns que não mais levarão a arca. Mas estes não podem fazer muralhas para obstruir a verdade, pois esta prosseguirá avante e para cima até ao fim. Deus, no passado, suscitou homens e Ele ainda tem homens de oportunidade, preparados para cumprir as Suas ordens – homens que atravessarão as restrições que apenas se assemelham a paredes rebocadas com reboco não preparado. Quando Deus põe o Seu Espírito sobre os homens, eles trabalham. Proclamarão a Palavra do Senhor; erguerão a voz como uma trombeta. A verdade não será diminuída nem perderá seu poder em suas mãos. Mostrarão ao povo as suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados.” Idem, pág. 411.
APARÊNCIAS
“Sob o zelo de Satanás têm alguns por algum tempo a aparência de homens que estão em florescente condição; mas é apenas por um lapso de tempo. Satanás os levou tão longe que insultam o Espírito de Deus. Espalham-se como um verde loureiro. O Senhor os suporta por algum tempo. Permite-lhes manifestar sua inveja e ódio contra o povo de Deus, como permitiu a Satanás desenvolver seu carácter para que este aparecesse diante do universo celeste, diante dos mundos não caídos, e do mundo caído, em seus verdadeiros atributos, como enganador, acusador dos irmãos, de coração homicida.” Idem, pág. 412.

HOMENS QUE ELE QUIS ESCOLHER


“Que todo o pastor, em vez de ficar a criticar e a questionar, a duvidar e a se opor, se houver ainda que seja uma sombra de oportunidade para fazê-lo, seja empregado em levantar barreiras contra os astutos inimigos. Em vez de lutar contra os que o Senhor enviou para salvar a estes, ore o Seu povo fervorosa e continuamente pelo poder da graça de Deus, e para que o Comandante do exército do Senhor Se ponha a campo. Em vez de se transformar em juízes de homens que Deus aceitou para Lhe prestar serviço, seja o fardo de sua oração noite e dia, o de que o Senhor possa enviar mais obreiros para Sua vinha. Pastores, não desonreis ao vosso Deus nem ofendais ao Seu Santo Espírito, fazendo comentários sobre os caminhos e as maneiras dos homens que Ele quis escolher. Deus conhece o carácter. Vê o temperamento dos homens que Ele escolheu. Ele sabe que ninguém a não ser homens sinceros, firmes, determinados, de sentimentos fortes, verá nesta obra sua vital importância, e dará tal firmeza e decisão a seus testemunhos que estes abrirão brecha nas barreiras de Satanás.
É para o seu bem que Deus dá aos homens conselhos e reprovações. Envia Sua mensagem, dizendo-lhes o que é necessário para a época – 1897. Aceitastes a mensagem? Atendestes ao apelo? Ele vos deu a oportunidade de vir armados e equipados em auxílio do Senhor. E havendo feito tudo, disse-vos Ele que ficásseis firmes. Mas vós vos preparastes? Dissestes: "Eis-me aqui, envia-me a mim"? Isa. 6:8. Sentastes-vos quietos e nada fizestes. Deixastes que a Palavra do Senhor caísse desatendida por terra; e agora o Senhor tomou homens que eram meninos quando vós estáveis na parte mais avançada da frente da batalha, e lhes dá a mensagem e a obra que não tomastes sobre vós. Sereis para eles pedras de tropeço? Criticareis? Direis: "Estão saindo do seu lugar"? No entanto não preenchestes o lugar que eles agora são chamados a ocupar.” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 412,413.

REJEITADORES DA VERDADE


“Oh, por que serão os homens empecilhos, quando poderiam ser um auxílio? Por que calçarão as rodas quando poderiam empurrar com assinalado êxito? Por que roubarão a sua própria alma do bem e impedirão outros das bênçãos que por meio deles poderiam advir? Esses rejeitadores da verdade permanecerão como desertos estéreis onde não fluem águas refrescantes e curadoras. E o seu trabalho tão destituído de orvalho como eram as montanhas de Gilboa, onde não havia nem orvalho nem chuva. Não estão revestidos da unção divina e não transmitem bênçãos aos outros. Poderiam eles humilhar o seu coração, confessando seus pecados, e romper o domínio de Satanás sobre eles. Poderiam quebrar os grilhões que a educação, o preconceito, ou os hábitos forjaram. Se tão-somente inquirissem de Deus, no espírito de penitência, eles O encontrariam. Então não satisfariam a sua própria vontade, mas iriam onde o Espírito do Senhor guiasse; seriam dirigidos por Ele.
A limpeza e a purificação certamente passarão por todas as igrejas de nossa terra que têm tido grandes oportunidades e privilégios e por eles têm passado sem lhes dar atenção. Não é de mais evidências que carecem. Necessitam de corações puros e santificados para ajuntar e reter toda luz que Deus tem dado, e então andarão nessa luz.” Idem, pág. 413, 414.
OS PERIGOS DOS ÚLTIMOS DIAS JÁ VIERAM
“Não precisamos dizer: "Os perigos dos últimos dias estão prestes a nos sobrevir." Eles já vieram. Necessitamos agora que a espada do Senhor corte a própria alma e a medula das concupiscências, apetites e paixões carnais. Oxalá ela penetre e divida em muito maior escala do que já o fez até aqui. Seja abatido todo o orgulho. Seja o que está seguro na carne arrancado do refúgio de mentira com que tem procurado enganar o povo de Deus. Corte ela o seu egoísmo, e abra os olhos aos cegos para que possam ver que não estão perfeitos à vista de Deus.” Idem, pág. 414.
“Qual é a mensagem que devemos dar? "Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-Me atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos e vinde a Mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi. Eis que Eu o dei como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos. Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel; porque Ele te glorificou. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isa. 55:1-7.” Idem, pág. 415.


APELO AOS PASTORES


“Aos meus irmãos do ministério diria eu: Prossegui nesta obra com tacto e habilidade. Ponde a trabalhar os rapazes e moças de nossas igrejas. Combinai a obra médico-missionária com a proclamação da mensagem do terceiro anjo. Envidai esforços regulares e organizados no sentido de tirar as igrejas do ponto morto em que têm caído, e em que por anos têm permanecido. Enviai às igrejas obreiros que apresentem os princípios da reforma de saúde em ligação com a mensagem do terceiro anjo, a cada família e indivíduo. A todos incentivai a tomar parte na obra em favor de seus semelhantes, e vede se não voltará rapidamente a essas igrejas o fôlego de vida.” Idem, pág. 415, 416.
“Não podeis ver que agradaria ao vosso Salvador se pusésseis de lado toda a falsa dignidade, e em Sua escola aprendêsseis a usar o Seu jugo e a levar-Lhe os fardos?
O mundo precisa de evidências de cristianismo sincero. Professo cristianismo pode-se ver por toda a parte; mas quando o poder de Deus for visto em nossas igrejas, os membros farão as obras de Cristo. Os traços de carácter naturais e hereditários serão transformados. A habitação de Seu Espírito habilitá-los-á a revelar a semelhança de Cristo, e o êxito de seu trabalho será proporcional à pureza de sua piedade.” Idem, pág. 416
Portanto: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos actos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas. Vinde então, e arguí-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra. Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.” Is. 1:16-20


A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.