Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A MENSAGEIRA DO SENHOR

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O Último Engano Dentro do Professo Povo de Deus
Aproximamo-nos a passos gigantescos do fim do tempo do fim. Satanás procurará enganar, “se possível fora… até os escolhidos” Mt. 24:24. Um dos principais enganos e erros dos últimos dias é a rejeição dos testemunhos dos profetas, tendo como consequência também a rejeição da Bíblia.
“O derradeiro engano de Satanás será anular o testemunho do Espírito de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe" [no inglês, "o povo perece"]. Prov. 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 48, (1890).
“O plano de Satanás é enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Em seguida vem o cepticismo no tocante aos pontos vitais de nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra os seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, que se torne irremediável e termine em destruição.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 211.
Isto sucederá – e já agora se começa a ver o cumprimento dessas palavras – dentro do professo povo de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, começando pelos dirigentes, nas escolas de teologia, casas publicadoras, etc. Sabemos perfeitamente que assim como no passado a maioria dos profetas foram mal recebidos, desrespeitados, maltratados, perseguidos e alguns até mortos, semelhantemente acontecerá nos últimos dias.
Infelizmente, para vergonha do povo de Deus e desonra do Seu nome, Ellen White – a “Mensageira do Senhor” – enviada nestes últimos dias, tem sido rejeitada pela grande maioria dos que dizem ser parte desse povo. Nos votos baptismais faz-se afirmar aos membros, que sim, que aceitam o dom do Espírito de Profecia como uma das características do povo remanescente de Deus, mas parece que as lições dos estudos bíblicos não foram suficientemente claras. Pois na rotina diária, o testemunho dado pelos membros de igreja indica um claro menosprezo à serva do Senhor, “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.
Filosofias de Homens ou um Assim Diz o Senhor?Mas não é de surpreender que assim seja, pois tal rebeldia é, desde há muito, um dos sintomas verificados em nossas escolas de teologia, a começar pelos professores. E para que sejam “verdadeiras” escolas de teologia – pensam os líderes da igreja – importa sobretudo conhecer as filosofias e os pensamentos “estranhos”, dos teólogos adventistas, protestantes e católicos.
"SATANÁS SE ESFORÇA CONSTANTEMENTE POR ATRAIR A ATENÇÃO PARA O HOMEM, EM LUGAR DE DEUS. INDUZ O POVO A OLHAR PARA OS BISPOS, PASTORES, PROFESSORES DE TEOLOGIA, COMO SEUS GUIAS, EM VEZ DE EXAMINAREM AS ESCRITURAS A FIM DE, POR SI MESMOS, APRENDEREM SEU DEVER. ENTÃO, DOMINANDO O ESPÍRITO DESSES DIRIGENTES, PODE INFLUENCIAR AS MULTIDÕES A SEU BELPRAZER." O Grande Conflito, pág. 601, (cap. 37:"A Nossa Única Salvaguarda").
Assim era nas escolas dos rabis; dava-se mais importância às ideias dos homens do que à “Lei e ao Testemunho!”. É por isso que muitos pastores têm medo, ou vergonha, de pregar nas igrejas, acerca da “Mensageira do Senhor”. Mas lá fora, no mundo, há aqueles que estão desejosos de conhecer e ler mais acerca de Ellen White, por meio dos livros do Espírito de Profecia deixados nos lares pelos verdadeiros colportores evangelistas.
Infelizmente, o professo povo de Deus, ao mesmo tempo em que perece por falta de conhecimento (Os. 4:6), acha-se tão sábio que não sente mais necessidade de abrir os empoeirados livros da irmã White. Verdadeiramente, como temos estudado nas lições da escola sabatina, Jesus “veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Jo. 1:11. Jesus, a “luz do mundo” é, na realidade, Aquele que é rejeitado e negado, ao se desprezarem e espezinharem as verdades contidas em Seus testemunhos a Sua serva e mensageira Ellen White, “porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.” (Apo. 19:10).
“Se rejeitardes os mensageiros delegados por Cristo, rejeitais a Cristo.” Testemunhos Para Ministros, pág. 97.
Seguidamente, apresento algumas citações do Espírito de profecia, que nos mostram e advertem, claramente, para este tipo de enganos DENTRO da igreja:
“Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso, sua influência activa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores da verdade demonstrado o maior entrave ao seu progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 122, (1887).
“Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 84, (1903).

Uma Luz Menor?
O pior de tudo é que essa rejeição passa muitas vezes despercebida, pela contínua e tendenciosa insistência na expressão “luz menor”, referente a Ellen White. As suas palavras foram: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1903).
O que é uma “luz menor”? Em que sentido é Ellen White uma “luz menor”, e porque insistir tanto em catalogá-la como tal, se essa expressão aparece apenas uma única vez em todos os seus escritos? É verdade que ela aplicou esse título a si mesma mas ela também afirmou, inúmeras vezes, ser “a mensageira do Senhor”. Então, porque não considerá-la e aceitá-la, verdadeiramente, como a mensageira do Senhor? Ou será que algumas pessoas preferem olhá-la como uma “luz menor2”, simplesmente porque lhes convém, devido a seus maus propósitos, paixões, apetites pervertidos e pecados acariciados?! Antes de analisarmos esta citação do Espírito de Profecia, seria interessante considerar algo mais.

Muito Mais do Que Profetas
Jesus disse de João Baptista: “Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo [mensageiro], que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Baptista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mt.11:9-11.
“Como percursor do Messias, João era “muito mais do que profeta”. Enquanto os profetas tinham visto de longe o advento de Cristo, João pôde contemplá-l’O, ouvir do Céu o Testemunho da Sua messianidade e apresentá-l’O a Israel como o Enviado de Deus. Todavia, Jesus disse: “Aquele que é o menor no reino dos Céus é maior do que ele”. O profeta João foi o elo que ligou as duas eras. Como representante de Deus, apresentou-se para mostrar a relação da lei e dos profetas para com o Evangelho. Era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior. A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre o seu povo; mas nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus. (…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 174, 175.
É dito de João Batista ser “muito mais que um profeta”, “o meu anjo [mensageiro]”, “o qual preparará o teu caminho diante de ti”, “Era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior”. Além do mais subentende-se claramente que não houve maior profeta que João. (Mt. 11:11). Desta forma, podemos concluir que todos os profetas anteriores a ele, canónicos ou não, foram luzes menores, os quais também apontaram para Cristo.
É bastante interessante compararmos estas descrições de João Baptista com aquilo que Ellen White diz de si mesma, nas seguintes citações: “Durante o discurso eu disse que não reclamava ser profetisa. Alguns ficaram surpreendidos ante esta declaração, e como tanto se está falando sobre isto, darei uma explicação. Outros me têm chamado profetisa, eu, porém, nunca me atribuí esse título. Não tenho sentido que fosse meu dever designar-me assim. Os que se arrogam ousadamente serem profetas nesses nossos dias são muitas vezes uma ofensa à causa de Cristo. Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, 36, (1905).
“Alguns tropeçaram no fato de haver eu dito que não reivindico ser profetisa; e têm perguntado: Por que é isto?
Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus.
Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira. "Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua estranha. Na verdadeira eloqüência da simplicidade, pela voz e pela pena, as mensagens que dou serão ouvidas, vindas de uma pessoa que nunca aprendeu nas escolas. Meu Espírito e Meu poder serão contigo.
Por que não tenho eu reivindicado ser profetisa? - Porque nestes dias muitos que ousadamente pretendem ser profetas são um opróbrio à causa de Cristo; e porque meu trabalho inclui muito mais do que a palavra "profeta" significa.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.
“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer sentido que Ele me indique.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 34.
Mensageiros do Senhor em Tempos de ApostasiaÉ pertinente notarmos as semelhanças que existem entre João Baptista e Ellen White. Depois de um longo período pós-exílio de cerca de 4 séculos sem haver nenhum profeta, tendo sido o último Malaquias, surge então João Baptista, “a voz do que clama no deserto”, o Elias que havia de vir, (Ml 4:5). Também Ellen White, após “o profeta de Patmos”, depois de um longo período de cerca de 17 séculos sem haver manifestação do dom de profecia, é chamada para ser a “mensageira do Senhor”, no espírito e poder de Elias, (Luc. 1:17).
Tanto João Baptista como Ellen White eram muito mais do que profetas; eles foram mensageiros do Senhor. Ambos surgem numa época de grandes trevas espirituais.
João foi o precursor do Messias, o último profeta antes da primeira vinda de Jesus, numa época em que o professo povo de Deus estava em completa apostasia. Desde a terrível “máfia”dos saduceus, os quais exploravam o povo como “cães gulosos”, o ultra-legalismo e hipocrisia dos fariseus, à corrupção geral entre o povo, o panorama era o de uma nação completamente possuída por Satanás.
Ellen White surge como mensageira do Senhor no chamado tempo do fim, logo após o desapontamento de 1844. As igrejas protestantes tinham rejeitado a primeira e a segunda mensagens angélicas e, logo depois do desapontamento, milhares abandonaram sua fé, não só na vinda de Cristo, mas alguns também em Deus. Neste período surgiram as mais terríveis e falsas teorias como, por exemplo, a teoria da evolução, de Charles Darwin e o Espiritismo Moderno, pelas irmãs Fox.

Missão: Preparar o Seu Povo Para a Sua Vinda
Como João Baptista, Ellen White teve um ministério dedicado a preparar o povo de Deus para a vinda de Jesus Cristo – desta vez a segunda vinda. Depois de 1844, o seu ministério foi de vital importância para a consolidação do povo de Deus – vindo dentre as diversas igrejas protestantes – na verdade e para o surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. João foi considerado por Jesus o maior profeta, apesar de ter sido um profeta não canónico, isto é, não escreveu nenhum livro bíblico.

Ellen White, apesar de ser uma mulher de fraca saúde, desenvolveu seu ministério ao longo de cerca de setenta anos, tendo escrito cerca de 100 mil páginas. Nenhum profeta, canónico ou não, teve o privilégio de escrever tantas páginas. Nenhum profeta teve a oportunidade de viajar e pregar em tantos lugares distintos. Além do mais, a irmã White teve o privilégio de ver cumpridas as mais importantes profecias da Bíblia e algumas delas, mesmo em seus dias. Nunca o povo de Deus teve o privilégio de compreender tão claramente a Sua vontade, como por meio dos testemunhos de Ellen White.
“Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito de Sua vontade e da conduta que este deve ter.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 276, (1876).
Finalmente, tanto João Baptista que “era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior”, como também Ellen White, pois o “ Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior”, tiveram o privilégio de serem luzes menores, para guiarem o povo à luz maior. Que, da mesma forma, cada um de nós busque ser uma luz menor para guiar o povo à luz maior, pois o mesmo Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” Mt. 5:14. Quem é a luz maior?

A Luz Maior
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo. 8:12.
“Nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus. (…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.
Jesus Cristo é, na verdade, a luz maior. E se nós estivermos ligados a Ele, como luzes menores reflectiremos a Sua luz, a glória do Seu carácter e da Sua justiça. Mas a luz maior é também a Bíblia, a Sua Palavra dada em testemunho aos profetas, onde estão registados os seus “ensinos e exemplo”: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Sl. 119:105
Ellen White foi de facto uma luz menor, como também o foi João Baptista, em relação a Jesus e à Sua Palavra, a Bíblia. Na Bíblia temos um conjunto de cerca de quarenta luzes menores, que formam uma grande luz, apontando para Cristo. Não é Daniel ou Ezequiel, ou mesmo Moisés que são a luz maior! A luz maior é, verdadeiramente, a revelação do carácter de amor e justiça de Deus dada em partes, isto é, ao longo de cerca de 1600 anos, a diferentes pessoas. Essa luz teve o seu brilho máximo em Jesus.
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pv. 4:18
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. Hb. 1:1

Bíblia – a Nossa Regra de Fé
O conjunto de verdades apresentadas pelos escritores bíblicos são suficientes como regra de fé e autoridade doutrinária para todo aquele que quiser fazer a vontade de Deus e conhecer o Seu amor, bem como o plano da salvação. Pelas verdades reveladas e estabelecidas por estes escritores, devem ser provados todos os demais escritos, pensamentos, ideias e espíritos. Temos assim a revelação de Deus adequada para todos os tempos.
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 2 Tim. 3: 16,17.
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe. 1:21
Guiados Pelo Espírito“Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.
O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo o ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo S. João: “Não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” I S. João 4:1. E Isaías declara: “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.” Is. 8:20.” O Grande Conflito, pág. 9, (Introdução).

Porque Precisamos dos Testemunhos
Ellen White nunca pretendeu substituir as Escrituras, nem que seus escritos fossem agregados à Bíblia ou que estivessem acima dela. Nem tão pouco pretendeu trazer nova luz: “Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da Palavra de Deus o objecto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a perfeição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos. É porque negligenciastes familiarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou chegar até vós por meio de Testemunhos simples e directos, chamando a vossa atenção para as palavras da inspiração às quais negligenciastes obedecer, e insistindo convosco para modelardes vossa vida de acordo com Seus ensinamentos puros e elevados.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, (1889).
“Os Testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz. (…) Não se trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito, para que todos fiquem sem escusa.” idem, pág. 280, 281, (1889).
No entanto, não podemos esquecer que, falando Ellen White como mensageira do Senhor, devemos considerar também os seus escritos como Palavra de Deus neste tempo, e de uma forma particular, para o professo povo de Deus. São um suplemento escrito, para um povo que não tendo compreendido determinadas coisas, por falta de estudo da Bíblia, continua a não querer compreender, simplesmente porque não lhes convém. Na realidade, são eles também, um reflexo da grande misericórdia de Deus, para que não lhe reste desculpa nenhuma!
A Mesma Autoridade… Comprovada!Podemos perguntar: o que significa a palavra autoridade? No dicionário Priberam da Língua Portuguesa obtemos quatro significados diferentes: 1) Direito legalmente estabelecido de se fazer obedecer; 2) A pessoa que tem esse direito; 3) Valor pessoal, importância; 4) Autorização.
O que foi para os profetas – canónicos ou não – e neste caso para a própria Ellen White, a autoridade do Espírito Santo? Foi, em primeiro lugar, ter o direito de se pronunciarem em nome de Deus, ao serem inspirados pelo Espírito Santo; de se fazerem obedecer por possuírem esse direito e, em segundo lugar, uma clara autorização que os colocou numa posição priveligiada de “satélites” da mensagem de Deus para o Seu povo. Obviamente que todos tiveram uma missão diferente, mas a autoridade para a cumprirem e desempenharem foi e ainda é a mesma.

Na introdução das Lições da Escola Sabatina do 1º trimestre de 2009 pode ler-se o seguinte: “Se proclamamos que a Bíblia é a nossa autoridade máxima, a última palavra, que autoridade tem (se deve ter alguma) o Espírito de Profecia? Como é que devem ser interpretados estes escritos?” Lições da Escola Sabatina (Monitor) – 1º trimestre de 2009, pág. 4.

O Senhor responde: “O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1900). Se o Espírito Santo é também o autor do Espírito de Profecia, então de quem é a autoridade? D’Ele, obviamente. Logo, deve ou não o Espírito de Profecia ter alguma autoridade? Claro que sim! Exactamente a mesma da Bíblia. E, já agora, os escritos da irmã White não precisam de ser interpretados, mas sim de ser estudados!

Como lemos ainda há pouco, “visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra” e é também impossível que seja inferior ou menos importante que a Palavra! O mesmo Espírito que inspirou “os homens santos de Deus” a escrever, é o mesmo que nos ensina, é o Autor e também o Professor. Uma vez provados os escritos ou mensagens de qualquer profeta não canónico, segundo a Palavra de Deus, estes passam a estar em pé de igualdade com a mesma Palavra. A sua função, diferente da Palavra de Deus é de “aclarar a Palavra (…)para iluminar e aplicar os seus ensinos.”
Mais à frente, no mesmo trimensário, lemos: “De que modo devemos nós pôr à prova os escritos de Ellen White?” Idem, Pág. 80 (auxiliar do monitor). É um erro grave, de muitos, que depois de Ellen White ter sido provada segundo as normas e princípios da Palavra de Deus, isto é, o conjunto de livros que formam a Bíblia, se continue a duvidar da Palavra de Deus dada por Ellen White de uma forma específica para a Igreja Adventista, e querendo continuar a pôr à prova aquilo que já foi provado.
No referido trimensário, pode ler-se ainda: “A autoridade de Ellen White pode ser comparada à autoridade dos profetas extra-canónicos. As mensagens que ela recebeu para a igreja não são acréscimo ao cânone. Os seus escritos não são outra Bíblia, nem têm o mesmo tipo de autoridade que se encontra na Bíblia. Em última instância, a Bíblia e só a Bíblia constitui a nossa autoridade suprema.” “Embora acreditemos que a sua inspiração, não a sua autoridade, está ao mesmo nível da dos profetas do Velho e do Novo Testamentos, … os princípios de interpretação da Bíblia podem ser aplicados quando se interpretam os escritos de Ellen White, ainda que a autoridade da Bíblia esteja acima da autoridade do Espírito de Profecia.” Idem, pág. 104, (lição 8, quinta-feira), e pág. 138 (lição 11, sábado à tarde).
Estas afirmações não têm base bíblica! Até porque é uma incoerência dizer que a autoridade da Bíblia está acima da do Espírito de Profecia, quando a própria Bíblia também é, em si mesma, resultado do Espírito de Profecia – manifestado nos seus 40 escritores. Lembrem-se que o autor é o mesmo – o Espírito Santo.
Ellen White, João Batista e muitos outros casos de profetas não canónicos, foram mensageiros de Deus, e a mensagem que eles apresentaram, vinda de Deus, foi uma mensagem especial, adequada a determinadas circunstâncias, uma verdade presente exclusiva para uma determinada época, mas cada um deles foi inspirado e também autorizado pelo Espírito Santo, tendo assim, a mesma inspiração e autoridade que as Escrituras.
É óbvio que cada um destes profetas, ao surgirem, foi provado pelos escritos bíblicos já existentes. E neste ponto temos que compreender que, tantos escritores canónicos como não canónicos, todos foram provados pelas normas e princípios de Deus, revelados nas Escrituras existentes no seu tempo. Por exemplo, o livro de Daniel, incluído no cânone sagrado, e o livro de Tobias que foi rejeitado por não ser inspirado e autorizado por Deus para fazer parte dos escritos sagrados, foram provados segundo os livros aceites, até então, como inspirados e autorizados por Deus e conforme os Seus princípios e verdades aí revelados.
Incoerência ainda maior, da parte dos diversos dirigentes, sejam da união, da publicadora, da divisão ou da conferência geral, é que, nos trimensários, esteja escrito uma coisa, e no livro “A Mensageira do Senhor”, esteja escrito outra. Este último livro explica claramente, e de uma forma coerente, que não só a inspiração mas também a autoridade de Ellen White, é a mesma que a da Palavra de Deus, pois é o mesmo Deus que fala. Aconselho-vos a estudarem os capítulos 16, 35 e 36 desse livro.
A obra e o propósito com que cada um dos profetas é chamado pode ser diferente No entanto, a Palavra de Deus é uma só, como o Espírito Santo é um só, portanto é pecado, falarmos de diferentes autoridades, quando Aquele que inspira e autoriza é o mesmo. “Porque eu, o Senhor, não mudo” Ml. 3:6; “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Hb. 13:8.

Para Que Não Restem Dúvidas
Para que não reste nenhuma dúvida, vamos comprovar pela Palavra de Deus e o Espírito de Profecia que também os profetas não canónicos são verdadeiramente inspirados por Deus, tendo portanto a Sua autoridade.

De JOÃO BATISTA – profeta não canónico – foi dito: “Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.”; “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” Lu. 1: 15, 17
“A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre o seu povo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.
ELLEN WHITE afirmou: “Tenho escrito muitos livros, e tem-lhes sido dada ampla circulação. De mim mesma eu não poderia haver salientado a verdade contida nesses livros, mas o Senhor tem-me dado o auxílio de Seu Santo Espírito. Esses livros, transmitindo as instruções a mim dadas pelo Senhor durante os sessenta anos passados, contêm esclarecimentos do Céu, e resistirão à prova da investigação.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, (1906).
“O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as ideias e os sentimentos dos homens, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 30, (1900).
“Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra… ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do Espírito de Deus ou do diabo.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 286, (1862).
O que é dito sobre a Palavra de Deus, (em 2 Tim. 3: 16,17 e em 2 Pe. 1:21), é dito também de João Baptista e Ellen White, isto é, eles possuíam a mesma inspiração e autoridade, as quais lhes foram concedidas pelo Espírito Santo.
Para Tal Tempo Como EsteNão nos podemos esquecer que cada profeta é chamado com um propósito e funções diferentes. Alguns apenas profetizaram, outros, além de profetizarem foram mensageiros, isto é, transmitiram, e em alguns casos escreveram, mensagens específicas para a sua época. Outros ainda, cujas profecias e mensagens importava ficarem registadas para todas as épocas e povos, escreveram livros, os quais, pela direcção do Espírito Santo sobre homens escolhidos, foram incluídos no cânone sagrado.

No entanto, o Espírito que concedeu o dom de profecia a Enoque, a Samuel, a Natã, a Elias, a David, a Hulda, a Daniel, a João Batista, e a Ellen White era o mesmo. “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria… e a outro a profecia… Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” 1 Cor 12:6-11. Desta forma é completamente descabido dizer que a autoridade entre estes homens e mulheres fossem dadas em níveis diferentes.
“É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.” Mc. 13:34.
Este homem que se ausenta de casa, e do seu próprio país, simboliza Cristo, o qual, dá “autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra”. Embora o contexto aqui se refira à segunda vinda de Cristo, podemos fazer aqui uma comparação com o tema que estamos a tratar. Os servos de Cristo recebem todos a mesma autoridade, mas cada um tem uma obra ou responsabilidade diferente. Nem todos são profetas ou escritores bíblicos, mas todos receberam a mesma autoridade – porque a receberam da mesma pessoa – para efectuarem a obra que lhes foi confiada, conforme o Espírito Santo os capacitou.
Em Actos 11: 27, 30 fala-nos do profeta Ágabo, que profetizou que haveria “uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Claúdio César”. Lucas 21:11 diz-nos que “haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências”. O primeiro caso trata-se de uma profecia dada por um profeta não canónico, que tinha uma aplicação a um futuro próximo, a qual se cumpriu algum tempo depois.
O segundo caso trata-se, não de um profeta mas sim de um escritor canónico, o qual, por inspiração de Deus escreveu, havendo-se previamente “informado minuciosamente de tudo desde o princípio”. Luc. 1:3. Qual deles teve maior inspiração e autoridade: o profeta Ágabo ou Lucas, que não era profeta?! Ágabo recebeu inspiração e autoridade para profetizar, enquanto Lucas para investigar e escrever. Ambos possuíam a mesma inspiração e autoridade, mas para desempenharem funções diferentes!

Rejeitando o Senhor dos Profetas
Quando em determinado momento os fariseus se aproximaram de Jesus para lhe perguntar: “Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal autoridade?” (Mt. 21: 23), Jesus de uma forma sábia contornou esta pergunta, demonstrando que assim como João Batista, tendo a autoridade de Deus para ser um profeta, foi rejeitado, também Ele, o próprio Filho de Deus, tendo a mesma autoridade, estava a ser rejeitado.
O problema de muitos, que procuram pela astúcia maligna de seus corações diminuir Ellen White, a mensageira do Senhor, era o mesmo problema dos fariseus, que diminuindo João Baptista, o precursor do Messias, não só o rejeitaram a ele, mas também ao próprio Messias. E o problema é o seguinte: “os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo. 3:19-21.
Os fariseus, tendo rejeitado João Baptista – assim como todos aqueles que hoje rejeitam Ellen White – foram assim responsabilizados pelo sangue de todos os profetas anteriores, (o próprio Jesus o disse em Mat. 23:29-36), e acabaram por rejeitar Alguém que, não só como homem, tinha a autoridade de Deus, mas ainda mais a possuía como Criador, podendo também autorizar. Desta forma, tanto João como os demais profetas, canónicos ou não, todos têm a mesma autoridade. Portanto, aqueles que procuram rejeitar os escritos da serva do Senhor rejeitam o próprio Senhor, que por meio dela falou! “E disse o Senhor a Samuel: … não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado”. I Sm. 8:7.

As Dúvidas Saem Caras
Queridos irmãos, as dúvidas expressas pelo povo hebreu, no deserto, em relação a Moisés, custaram a vida de milhares de pessoas. As dúvidas expressas pelos dez espias que espiaram a terra de Canaã com Josué e Calebe, e na murmuração contra Moisés (Núm. 13 e 14), custou-lhes perder o direito de entrar em Canaã e aos seus filhos, 40 anos a vaguear no deserto.

Nomeadamente o caso da rebelião de Coré, Datã e Abirão (Num. 16), custou a vida de várias centenas de mortos. A rejeição da Palavra de Deus dada por Jeremias ao povo, custou a deportação para Babilónia. A rejeição de João Baptista por parte dos fariseus, custou-lhes o endurecimento do coração e a rejeição das Escrituras. Isto resultou na rejeição do próprio Filho de Deus e, em consequência, o povo Judeu também foi rejeitado como povo exclusivo de Deus. Finalmente, Jerusalém foi destruída e houve milhares de mortos, e foi o fim da história deste povo, que teve tantos privilégios, como nação escolhida de Deus.
Desde que Ellen White teve a sua primeira visão em 1844, até à data da sua morte, não obstante ter sido provada pela Palavra escrita de Deus, muita foi a oposição que enfrentou entre o professo povo de Deus. Não obstante falar em nome de Deus, murmuraram contra ela, como fez o povo de Israel, no passado, contra Moisés.
Ele havia transmitido ao povo que o alimento que Deus providenciara para eles era o maná, mas eles preferiam carne. (Êx. 16:4; Nm. 11:4, 6). A serva do Senhor transmitiu a mensagem da reforma da saúde, mas passados mais de cem anos, o povo de Deus continua a achar que a carne é melhor, e a desprezar os demais conselhos sobre a saúde.
A Palavra de Deus dada à igreja, por meio de Ellen White, foi desprezada duma maneira especial, na rejeição da mensagem da justificação pela fé, que foi defendida por Jones e Waggoner, na assembleia de Mineápolis, em 1888, (Para saber mais sobre este importante tema, aconselhamos a leitura do livro “Cristo, Nossa Justiça”, de Arthur G. Danniels, testemunha ocular da referida assembleia). Tal como Jones e Waggoner, haviam Josué e Calebe defendido o mandato do Senhor e acreditado na vitória sobre os gigantes, tendo a sua mensagem sido rejeitada, pelos seus dez companheiros, e também pelo povo.

Exilada para a Austrália
Por terem rejeitado a mensagem da justificação pela fé, os dirigentes da igreja de então afastaram do cenário a própria Ellen White , “deportando-a” para a Austrália, pois tinha-se tornado para eles numa espécie de “dor de cabeça”.
"O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que era Sua vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que W. C. White, sua mãe e seus obreirospermanecessem na América.
Nós éramos necessários no centro da Obra, e tivesse vossa percepção espiritual discernido a verdadeira situação, nunca teríeis consentido com as medidas tomadas. Mas o Senhor lê os corações de todos. Havia tanta disposição para que partíssemos que o Senhor permitiu que esse evento tivesse lugar. Aqueles que estavam cansados com os testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os transmitiam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens cumprirem sua própria vontade e maneira, que julgavam superior à maneira do Senhor.
O resultado está perante vós. Tivessem permanecido do lado certo, tal decisão não teria sido tomada neste tempo. O Senhor teria trabalhado pela Austrália por outros meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle Creek, o grande coração da Obra.
Lá teríamos permanecido ombro a ombro, criando uma atmosfera saudável a ser sentida em todas as nossas associações. Não foi o Senhor quem planejou essa questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a América. Mas quando o Senhor apresentou-me essa questão tal como realmente era, não abri os lábios para ninguém porque eu sabia que ninguém discerniria a questão em todas as suas implicações. Quando partimos, alívio foi sentido por muitos, mas não tanto por ti mesmo, e o Senhor não Se agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às rodas do maquinismo de Battle Creek.

Oh, quão terrível é tratar o Senhor com dissimulação e negligência, zombar de Seu conselho com orgulho devido à sabedoria do homem parecer tão superior." (Carta 127,a O. A. Olsen, Presidente da Associação Geral, (1896); em 1888 Materials, pág. 1622-1623).
A essência da justificação pela fé continua a ser rejeitada pela maioria do povo de Deus, pelo seu modo de viver. Continuamos “no deserto”… Não obstante, e infelizmente, o professo povo de Deus continua a murmurar contra a serva do Senhor.
“A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade [a justificação pela fé], estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones. Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória [Ap. 18:1], e pela acção de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 234, 235.
Ellen White e os que viveram em seus dias, poderiam ter visto Jesus Cristo voltar nas nuvens do céu, poderiam ter entrado na Canaã celestial. “Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória.” Eventos Finais, pág. 34.
Quantos “Corés”, “Datãs” e “Abirões” se têm levantado contra Ellen White! Hoje em dia essa revolta dá-se de uma forma mais camuflada. Fala-se muito de Ellen White, mas nunca o povo de Deus esteve tão distante da luz revelada através dela.
"Voltastes as costas, não a face, ao Senhor... O Espírito de Deus está partindo de muitos dentre o Seu povo. Muitos avançam por veredas escuras e secretas, e alguns desses nunca regressarão... Eles não só recusaram aceitar a mensagem, mas odiaram a luz... Estão votando ao desprezo o Seu Espírito Santo." Testemunhos para Ministros, págs. 89-91; (1895).
“Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas”. Idem, pág. 467.
Existem muitos livros de Ellen White, centros de pesquisa “White”, Meditações de Ellen White e agora até existem os comentários de Ellen White aos temas das lições da escola sabatina. Mas o que é estranho, mais uma vez, é que nem por isso o povo anda mais conforme a luz que ela deu. Isto lembra-me o que se passou no tempo de Jesus.
Os fariseus caiavam os sepulcros dos profetas, e lamentavam que os seus pais os tivessem morto e diziam que se tivessem vivido no seu tempo, nunca o teriam feito (Mt. 23:29-31). Mas as suas vidas denunciavam a hipocrisia dessas palavras, pois a sua atitude de rejeição de Cristo não demonstrava melhor aceitação dos profetas que os seus pais.
Aquilo que Satanás não conseguiu fazer antigamente, ao tentar privar da Bíblia o povo, alcançou agora, ao fazer com que as pessoas estivessem tão ocupadas que não tivessem tempo para estudá-la, ou através da incredulidade e de falsas interpretações dos textos bíblicos.
“Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito, porém, de ainda cumprir o seu objectivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.” O Grande Conflito, pág. 296.
De facto, nunca houve tantas Bíblias como nos nossos dias, no entanto, nunca as pessoas estiveram tão afastadas de Deus. O mesmo se está a passar com os livros da irmã White. Pois estando estes, mais do que nunca, ao alcance do povo, permanecem empoeirados nas casas publicadoras e na casa dos membros, enquanto o testemunho das suas vidas nega os seus ensinos. Podem até ir à igreja cada semana, “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.
É triste que nas lições da escola sabatina predominem os comentários dos homens, em detrimento dos comentários da serva do Senhor, que são colocados num livrinho à parte. Deveria ser ao contrário! Essas lições deveriam estar baseadas num “assim diz o Senhor” e não num “assim dizem os homens”.

Quem Tem Preparado o Caminho
Mas isto não é senão a operação do erro, cuja diligência adestrou homens para enganar. “O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos. (...) Isto é exactamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 83, (1890). Quem são esses “que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus”?
Esses homens pertencem a duas classes diferentes: a dos jesuítas, que se vestem com “pele” de adventistas, ou a dos incrédulos. São agentes de Satanás, fazendo-se passar por irmãos, sendo lobos devoradores (Mt. 7:15; At. 20:28-31). “Diz o grande enganador: (…) devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Terei no terreno, como meus agentes, homens que mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade para enganar almas. Também terei presentes pessoas incrédulas, que expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua igreja.
Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderia ter de vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertências, permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos para as nossas fileiras.” Testemunhos para Ministros, pág. 472, 474, 475.
Estes homens enganadores apresentam uma tese, neste caso, a crença na irmã White como mensageira do Senhor; depois apresentam a antítese, ou seja, que ela não tem a mesma autoridade que os escritores bíblicos; e qual é a síntese, isto é o resultado? Descrédito, incredulidade, e menosprezo dos seus escritos, banalizando-os. Posso citar um caso muito particular do pouco tempo (felizmente!) que passei na escola de teologia em Collonges. Um professor tratou de apresentar a ideia de que o nome Miguel (Jd. 9) não se referia a Jesus. De imediato eu lhe disse aquilo que a serva do Senhor esclareceu acerca do assunto, isto é, que o arcanjo Miguel é Jesus:
“Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. E é assim chamado porque Deus Se revelou ao homem, através de todos os tempos, por meio de Cristo. (…) Foi- lhes revelado como sendo o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel.” Patriarcas e Profetas, pág. 324, (cap. “A Lei e os Concertos”).
A sua resposta foi: “Ellen White não é a última palavra.” Mas ele, dizendo-se doutor em teologia, errou, não conhecendo, ou melhor, não querendo crer nas Escrituras e no Espírito de Profecia! “Errais, não conhecendo as Escrituras.” Mt. 22:29.
Ellen White é, na verdade, a última palavra. E porquê? Primeiramente surgiu a Bíblia, a Palavra de Deus, e, por último Ellen White, a mensageira do Senhor, que vem explicar e aclarar a Palavra de Deus. Aquilo que nos é difícil de entender, ela veio aclarar, sendo desta forma, de facto, a última palavra em qualquer questão de interpretação da Palavra de Deus, que pelo Espírito Santo lhe tenha sido revelada.
Estamos nós dispostos a aceitar verdadeiramente a mensageira do Senhor? Ou correremos nós o risco de também sermos rejeitados como igreja ou individualmente? “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” Ap. 2:5.

Em Conclusão
Já o disse anteriormente, mas repito mais uma vez. Para se escrever a Bíblia, foi necessária a autoridade do Espírito Santo. Para se poder explicá-la, e ampliar as verdades que nela encontramos foi também necessário a autoridade do Espírito Santo, não uma autoridade inferior! No livro “A Mensageira do Senhor”, no início do cap. 35 há uma analogia que nos ajuda a entender o papel de Ellen White. É interessante que no seu tempo, uma outra mulher, S.M.I. Henry chegou à compreensão de que a sua função como mensageira do Senhor era semelhante a um telescópio, por meio do qual se consegue compreender melhor a Bíblia. Ellen White admitiu que ainda ninguém tinha expressado e compreendido tão claramente o seu papel, e a relação entre a Bíblia e a sua obra, como essa mulher. Inclusivamente pediu que esse artigo fosse publicado na Austrália.
Deus chama a cada um para uma missão diferente. Elias, embora não tenha escrito nenhum livro, chegou a escrever uma carta ao rei Jeorão (2 Cr. 21:12-15), que foi incluída no cânone sagrado. Para que o autor de Crónicas tenha sido inspirado e autorizado a transcrever esta carta é porque ela foi, na verdade, inspirada e autorizada pelo Senhor. No entanto, ele não escreveu nenhum livro – não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas simplesmente porque essa não era a sua missão. João Baptista foi o maior profeta, mas também não escreveu nenhum livro. Paulo escreveu várias cartas, no entanto, uma dessas cartas (Cl. 4:16), não foi incluída no cânone sagrado – não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas porque o seu conteúdo inspirado e autorizado era específico para aquele tempo. Paulo ordenou aos Colossenses que lessem, não só a respectiva epístola, mas também “a dos de Laodicéia”, colocando-as no mesmo patamar de importância.
De igual forma, Ellen White tem uma mensagem específica para um determinado tempo, o tempo do fim e mais concretamente para a igreja de Laodiceia. Ela, é a mensageira do Senhor, para este tempo. Ela possui a inspiração e autoridade do Senhor, não para nos revelar novas verdades, mas para ser um “comentário” fidedigno à Palavra de Deus, um “telescópio” ou uns “óculos” que nos permitam discernir claramente a verdade e a vontade de Deus para o Seu povo, escrever cartas tal como Elias e Paulo, para repreender o povo de Deus como Natã fez com Davi, para conduzir o povo de Deus pelo “deserto” como Moisés, e preparar o povo de Deus para segunda vinda de Jesus como João Baptista no passado. Em resumo, Ellen White falou em nome de Jeová, não para apresentar uma nova verdade, mas para defender e exaltar as verdades já reveladas, e expô-las bem alto diante do povo.
“…o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.” O Grande Conflito, pág. 9, (Introdução)
“…pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág. 280, (1889).
"Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua estranha.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.
Por meio de mim, e de todo aquele que estiver disposto a clamar, Deus está buscando chamar a atenção para a Bíblia e os testemunhos do Espírito Santo dados a Ellen White, tal e qual Josafá, no meio de um grande conflito no qual também nós, hoje, estamos envolvidos, clamou no passado:
“Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis”. II Cr. 20:20.
Enquanto Jesus, montado num jumentinho, se aproximava de Jerusalém, chorou amargamente! O Seu amor, cuidado e preocupação demonstrados pelo povo hebreu durante tantos séculos, tinham sido desprezados. O tempo de graça para este povo, um povo escolhido, terminaria no pôr-do-sol daquele dia. Tudo quanto Ele poderia ter feito, o fez. Se tão-somente tivessem dado ouvidos aos profetas…!!
Queridos irmãos e irmãs, o pôr-do-sol da graça divina para a Sua igreja está quase a chegar. Seremos nós selados eternamente para Deus, ou, continuaremos a rejeitar os apelos de misericórdia divinos, sendo assim rejeitados e ficando perdidos para sempre?! Está nas nossas mãos o decidirmos, qual o caminho que seguiremos.
Saulo, não sabia que perseguindo os cristãos, perseguia o próprio Deus, Jesus Cristo. Sabes tu que “apedrejando” Ellen White, estás apedrejando Jesus? Por favor, larga essas “pedras”, para que no dia do juízo não incorras na mesma condenação daqueles que crucificaram e entregaram Jesus Cristo à morte.
Aos Adventistas do Sétimo Dia: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Mt. 23:37.

Sérgio Ventura
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A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


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Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.