As seguintes frases de Ellen White demonstram claramente que as palavras “Espírito”, “Espírito Santo”, “Espírito de Deus” ou “Espírito de Cristo”, se referem claramente a todas as bênçãos espirituais que fluem de Deus para nós, por meio de Cristo, o verdadeiro pão do céu. Os anjos por sua vez, repartem essas bênçãos pela multidão dos filhos de Deus.
Lembram-se da multiplicação dos pães? Deus por meio de Cristo efectuou o milagre, e os discípulos repartiram o pão para toda a multidão. Semelhantemente sucede hoje enquanto Cristo ministra no santuário celestial: São os anjos que repartem as Suas bênçãos a todo o povo de Deus, actuando como mensageiros, em todos os lugares da Terra.
“Os anjos de Deus estão sempre indo da Terra ao Céu e do Céu à Terra. Os milagres de Cristo pelos aflitos e sofredores, foram operados pelo poder de Deus através do ministério dos anjos. E é por meio de Cristo, pelo ministério de Seus mensageiros celestiais, que toda bênção nos advém de Deus. Tomando sobre Si a humanidade, nosso Salvador une Seus interesses aos dos caídos filhos de Adão, ao passo que mediante Sua divindade, lança mão do trono de Deus. E assim Cristo é o mediador da comunicação dos homens com Deus, e de Deus com os homens.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 143 (cap. 14).
Lembram-se do sonho de Jacó? Ele viu uma escada que descia do céu à terra; o Pai estava no topo, e os anjos subiam e desciam. Constantemente, os anjos de Deus sobem e descem, ministrando “àqueles que hão-de herdar a vida eterna” (Heb. 1:7,14).
“Os judeus honravam a Moisés como doador do maná, rendendo louvor ao instrumento e perdendo de vista Aquele por quem a obra fora operada. Seus pais tinham murmurado contra Moisés, e posto em dúvida e negado sua missão divina. Agora, no mesmo espírito, os filhos rejeitaram Aquele que lhes apresentava a mensagem de Deus. “Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do Céu; mas Meu Pai vos dá o verdadeiro pão do Céu.” O doador do maná ali estava entre eles. Fora o próprio Cristo que conduzira os hebreus através do deserto, e os alimentara diariamente com o pão do Céu. Esse alimento era uma figura do verdadeiro pão do Céu. O Espírito insuflador de vida, brotando da infinita plenitude de Deus, eis o verdadeiro maná. Jesus disse: “O pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 385, 386 (cap. 41).
Jesus Cristo é claramente definido como o “Espírito insuflador de vida”, “o verdadeiro maná”, “O pão de Deus… que desce do Céu e dá vida ao mundo”.
“Cristo tornou-Se uma mesma carne connosco, a fim de nos podermos tornar um espírito com Ele. É em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro - não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa. Os que vêem a Cristo em Seu verdadeiro carácter, e O recebem no coração, têm vida eterna. É por meio do Espírito que Cristo habita em nós; e o Espírito de Deus, recebido no coração pela fé, é o princípio da vida eterna.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 388.
Jesus tomou a nossa natureza com todas as suas contingências! Ou seja, tomou a natureza humana pecaminosa, com as mesmas paixões e tendências da carne que nós, sem no entanto ter cedido ao pecado nem mesmo num só pensamento ou impulso. Não cedeu a nenhuma tendência pecaminosa, porque foi gerado e nasceu do Espírito de Deus, e viveu no Espírito desde a Sua infância. Embora sujeito às mesmas tentações às quais estamos sujeitos, as paixões humanas estavam plenamente subjugadas no Espírito, e por isso Sua inclinação, em Sua mente, era constantemente para o bem.
Pela Sua vitória sobre o pecado podemos nos “tornar um espírito com Ele”. O que é que isto quer dizer?! Cristo é a videira, nós as varas, e a mesma seiva, a mesma vida que flui na videira, fluirá para as varas que nela forem enxertadas. (Jo. 15:1-5). Somos membros do corpo de Cristo (I Cor. 12), e Seu sangue, Sua vida, flui para nós, a fim de vivermos!
Quer dizer que podemos ter a mesma pureza de pensamento que Cristo, a mente de Cristo (I Cor. 2:10-16), podemos vencer como Ele venceu, vivendo diariamente no Espírito de Deus e de Cristo (Ro. 8:1-15). Significa uma experiência, uma comunhão espiritual com ambos. O mesmo poder do Pai que operava em Cristo operará também em nós, e nos tornaremos participantes da natureza divina.
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” Jo. 17:21-23.
“Sois seguidor de Cristo? Então tudo quanto se acha escrito a respeito da vida espiritual está escrito para vós, e pode ser alcançado mediante vossa união com Cristo. Esmorece o vosso zelo? Esfria o primeiro amor? Aceitai novamente o oferecido amor de Cristo. Comei-Lhe da carne, bebei-Lhe do sangue e vos tornareis um com o Pai e com o Filho. (…)
O Salvador respondeu-lhes: “Isto vos escandaliza? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são Espírito e vida.”
A vida de Cristo, que dá vida ao mundo, acha-se em Sua palavra. Era por Sua palavra que Cristo curava a moléstia e expulsava os demônios; por Sua palavra acalmava o mar, e ressuscitava os mortos; e o povo dava testemunho de que Sua palavra tinha poder. Ele falava a palavra de Deus, como o fizera por intermédio de todos os profetas e instruidores do Antigo Testamento. Toda a Bíblia é uma manifestação de Cristo, e o Salvador desejava fixar a fé de Seus seguidores na palavra. Quando Sua presença visível fosse retirada, a palavra devia ser sua fonte de poder. Como seu Mestre, deviam viver “de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Mat. 4:4.
Como a vida física se mantém pela comida, assim é a espiritual mantida pela Palavra de Deus. E toda alma deve receber, por si própria, vida da Palavra de Deus. Como temos de comer por nós mesmos a fim de receber nutrição, assim devemos receber a palavra por nós mesmos. Não a haveremos de obter simplesmente por meio de outra pessoa. Cumpre-nos estudar cuidadosamente a Bíblia, pedindo a Deus o auxílio do Espírito Santo, para que possamos compreender a Palavra. Devemos tomar um versículo, e concentrar a mente na tarefa de averiguar o pensamento nele posto por Deus para nós. Convém demorar-se sobre esse pensamento até que nos apoderemos dele, e saibamos “o que diz o Senhor”.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 389, 390.
Necessitamos diariamente de uma experiência com Cristo por meio da oração, e pelo estudo da Sua Palavra, a qual Ele mesmo transmitiu aos profetas (Ap. 19:10). Esses momentos se tornarão para nós em Espírito e vida. Assim nos alimentaremos pela fé, da carne e do sangue de Cristo. Os anjos de Deus, que são cheios do Espírito e resplendor da glória divina, actuarão em nossos corações a fim de nos auxiliarem no estudo de Sua Palavra (Heb. 1:14).
Que espírito é o que vivifica?
“Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente {Gn 2,7}; o segundo Adão é espírito vivificante.” I Cor. 15: 45 (VC).
Cristo, o segundo Adão, é ESPÍRITO VIVIFICANTE!
Faz pouco tempo, foi-me pedido para enxertar uma videira. Enxertei duas varas. Uma pegou, está florescer, e frutificará. A outra não pegou, e certamente apodrecerá. Houve algum impedimento para que a seiva fluísse da videira para a vara.
Que será de nós?!
Apodreceremos e morreremos no deserto deste mundo ou frutificaremos em Cristo para honra de Deus, o Pai?!
Comemos e bebemos diariamente, no entanto continuamos a morrer. Não haveremos então de buscar o Pão da Vida?!
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará.” Jo. 6:27.
“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são Espírito e vida.”
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