Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Excesso Sexual no Casamento e os Métodos Contraceptivos

“Condescendência excessiva entre casados produz efeitos nocivos tão grandes e permanentes como nos homens e mulheres solteiros, e é nada mais nada menos que prostituição legalizada.” Para baixar, clica no título da mensagem.



“E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,

Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. (…)

Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.

Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. (…)

A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.” Gén. 6:1,2,4,5,6,11,12.

Moisés descreveu a terra antes do dilúvio como completamente corrompida, cheia de violência, onde a maldade se multiplicara, onde os pensamentos dos homens eram maus. Até mesmo a geração dos “filhos de Deus”, isto é, da descendência de Sete, pelo menos uma boa parte, contrariamente às orientações divinas, casaram-se com “as filhas dos homens”, ou seja, com mulheres da descendência de Caim.

Não só se casaram como ainda escolheram todas as que quiseram, pois eram formosas. Pecaram ajuntando-se a jugo desigual (II Co. 6:14) e ainda foram mais além, cometendo adultério e poligamia. Será que “as filhas de Deus” não eram formosas e bonitas?! Certamente o seriam, mas decerto também eram mais modestas, recatadas e honradas. O mesmo não se passaria com “as filhas dos homens”, que decerto se vestiam de forma mais provocante e liberal.

Ellen White fez a seguinte descrição acerca da terra antes do dilúvio:

“A poligamia fora logo introduzida, contrária às disposições divinas dadas ao princípio. O Senhor dera a Adão uma só esposa, mostrando Sua ordem a tal respeito. Mas, depois da queda, os homens preferiram seguir os seus próprios desejos pecaminosos; e, como resultado, o crime e a miséria aumentaram rapidamente. Nem a relação do casamento nem os direitos de propriedade eram respeitados. Quem quer que cobiçasse as mulheres ou as posses de seu próximo, tomava-as pela força, e os homens exultavam com suas ações de violência. Deleitavam-se na destruição da vida de animais; e o uso da carne como alimento tornava-os ainda mais cruéis e sanguinolentos, até que vieram a considerar a vida humana com espantosa indiferença.” Patriarcas e Profetas, págs. 91,92.

A Amálgama de Homens e Animais

Infelizmente, a imoralidade de então foi ainda mais longe. Lamentavelmente, a igreja adventista do sétimo dia tem camuflado e forjado algumas descrições de Ellen White a este respeito, que contradizem as ciências modernas. É o caso da amálgama entre homens e animais, descrito no vol. III de Spiritual Gifts, Important Facts of Faith, in Connection with the History of Holy Men of Old, [Dons espirituais, importantes factos de fé, em conexão com a história de santos homens do passado], pertencente a uma colecção de quatro volumes publicada pela 1ª vez em 1864:




Tradução da frase da página 64: “Mas se houve um pecado acima de todo outro que atraiu a destruição da raça pelo dilúvio, foi o aviltante crime de amálgama de homem e besta que deturpou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte. Deus propôs-se a destruir aquela raça poderosa e longeva que corrompera os seus caminhos perante Ele.”

Tradução da frase da página 75: “Cada espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As espécies confusas que Deus não criara, resultantes da amálgama, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amálgama de homem e besta, como pode ser visto nas quase infindáveis variedades de espécies animais, e em certas raças de homens.”

Assim, não admira que existam espécies animais tão semelhantes ao homem, e homens tão semelhantes a estes. Estas frases são bastante esclarecedoras no sentido de nos mostrar que os macacos e outros animais da mesma espécie podem ter sido fruto desta amálgama, em vez de ser o homem o resultado de uma evolução dos mesmos, como falsamente afirma a ciência. Por outro lado, esclarece-nos acerca das esquisitas semelhanças entre certos (considerados) primatas e os seres humanos, bem como dos diversos fósseis e esqueletos que se assemelham simultaneamente à forma de um homem e à de um primata (http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=2231562). Para compreender um pouco mais sobre este assunto, ler o artigo de Gordon Shigley, traduzido da revista Spectrum, Junho de 1982.

(http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jzBivBzzQCUJ:www.adventistas.com/outubro/04-Amalgama.doc+am%C3%A1lgama+entre+homens+e+animais&cd=3&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt)

Quanto a isto, podemos dizer que a degeneração da raça humana antes do dilúvio se acentuou em grande escala pelos excessos sexuais do homem, ao ponto de fornicar com animais, facto abominável e nojento, até mesmo para a vil compreensão humana da sociedade actual. Vemos que para isto, muito contribuiu a alimentação cárnea, a qual não era de modo nenhum sancionada por Deus antes do dilúvio.

A corrupção foi tão grande que chegou ao ponto de Deus se arrepender, isto é, de se desgostar de tal maneira que decidiu pôr um ponto final na situação, pois Jeová não se arrepende (Nm. 23:19), sendo, ao contrário do homem, omnisciente e conhecedor de tudo.

Finalmente, o próprio Jesus descreveu esta situação, afirmando claramente que assim como foi nos dias de Noé e Ló, será antes da Sua 2ª vinda:

“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.” Luc. 17:26-29.

Nós que vivemos nos dias anteriores à vinda de Jesus, podemos comprovar a veracidade das palavras de Jesus. Vivemos na era do sexo! Tudo apela ao sexo depravado. Desde programas televisivos, internet, revistas, cartazes publicitários, todo o tipo de marketing, educação, alimentação, vestuário, etc., tudo apela às práticas sexuais mais depravadas, aos mais baixos apetites carnais.

Verdadeiramente, as pessoas casam-se e tornam-se a dar em casamento, seja adulterando, ou divorciando-se para se tornarem a casar, o que foi proibido por Jesus, a não ser em caso de adultério, para o cônjuge inocente (Mat. 5:32). A formosura, a beleza, a elegância passaram a ser a regra básica na escolha de uma mulher ou homem, não digo de uma esposa/o, pois não é isso que a generalidade dos homens e mulheres actualmente procuram, mas antes, a satisfação dos apetites carnais ou de interesses pessoais.

É por isso que a avalanche da homossexualidade está a aumentar em todo o mundo a um ritmo alucinante, tendo até mesmo o apoio daqueles que são considerados os mais honrados homens das diferentes nações. Assim se cumprem também as palavras de Paulo:

“Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; (…) Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rm. 1:24,26,27.

Até quando Deus tolerará este estado de coisas?! Se aos sodomitas lhes fosse possível contemplar o mundo actual, iriam reclamar de Deus a destruição da terra, pois que se tornou ainda mais ousada, corrupta e depravada que a Sodoma e Gomorra e restantes cidades da planície do passado.

No entanto, ao fazermos a aplicação das palavras de Jesus aos nossos dias, de que, como foi nos dias de Noé e Ló, será na vinda do “Filho do homem”, podemos constatar que essa amálgama entre homens e animais se verifica hoje, sendo esses casos cada vez mais frequentes, constituindo uma das abomináveis características desta última geração de ímpios. Muitas pessoas chegam a valorizar mais os animais que os próprios seres humanos.

Se essa não fosse uma possibilidade, ou algo que não se tivesse já verificado, e até mesmo para o professo povo de Deus, não teria sido necessária a proibição de coabitação entre homem e animal na Bíblia (Lv. 18:23-25)!

A Questão do Excesso Sexual


Anteriormente, ao escrever sobre a masturbação, apresentei frases de Ellen White que mostravam que precisamente este pecado, bem como o da homossexualidade, estão presentes entre o professo povo de Deus. Mas quero agora falar em relação ao excesso sexual no casamento entre o professo povo de Deus e suas terríveis consequências, e de que maneira os adventistas do sétimo dia estão abandonados “às paixões infames”!

Ellen escreveu algo muito interessante acerca deste assunto:

“O homem veio das mãos de Deus perfeito em toda faculdade da mente e corpo; em perfeito vigor, portanto, em perfeita saúde. Foram necessários mais de dois mil anos de indulgência de apetite e paixões lascivas para criar tal estado de coisas no organismo humano para diminuir a força vital.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, pág. 29.

A serva do Senhor fala-nos aqui de um conceito muito importante, a força vital, a qual diminuiu em consequência da prolongada satisfação dos apetites e paixões lascivas do ser humano, como vimos anteriormente.

O pioneiro adventista John Loughborough explicou detalhadamente o que é a força vital, ou seja, a herança genética em termos de vitalidade, recebida dos pais:

“What is the vital force of the human body?

It is that power placed in the human body, at its birth, which will enable the body, under favorable circumstances, to live to a certain age. It is this which enables the body to rally and bring to bear its energies in throwing off disease. (…)

Can the original stock of this vital force be increased or diminished?

It cannot be restored when once expended, but it may be wasted, and life shortened proportionately. If the life force has been measurably wasted, by placing the person in the most favorable relations to life, his days may be protracted to a much greater extent than if he were left to follow out the ordinary habits of life. A realizing sense of these facts should certainly lead us to manifest the greatest care, lest we overtax our energies, waste our life force, and shorten our days.” Handbook of Health, pág. 14,15.

http://temcat.com/L-1-adv-pioneer-lib/JNLOUGH/HANDBOOK.pdf

Tradução: "O que é a força vital do corpo humano?

É aquele poder colocado no corpo humano, por ocasião de seu nascimento, que capacitará o organismo, sob circunstâncias favoráveis, a viver até certa idade. É ela que capacita o corpo a recuperar e utilizar as suas energias no expulsar a doença. (…)

Pode o stock original desta força vital ser aumentado ou diminuído?

Não pode ser restaurado, uma vez gasto, mas pode ser perdido, e a vida proporcionalmente encurtada. Se a força vital tem sido em certa medida perdida, estando a pessoa nas mais favoráveis relações de vida, os seus dias podem ser prolongados em muito maior extensão do que se lhe fosse permitido prosseguir com os comuns hábitos de vida. A percepção destes factos deveria certamente levar-nos a manifestar o maior cuidado, a fim de não abusarmos das nossas energias, perdermos a nossa força vital e encurtarmos os nossos dias."

Quer isto dizer que se nós não cuidarmos da nossa saúde, e não adoptarmos bons hábitos de vida, estaremos a diminuir esse stock de energia vital que recebemos de nossos pais ao nascermos, e consequentemente a acrescentar sofrimentos à nossa existência, encurtando assim a nossa vida. Paulo adverte-nos para o facto de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo de Deus, e que nós seremos responsabilizados pela forma como tratamos dele (I Cor. 6:19,20). Sendo assim, tudo aquilo que enfraquece o nosso organismo deve ser posto de lado, de forma a remediar os erros do passado. Tudo aquilo que nos impossibilita de servir a Deus de uma forma mais vigorosa e perfeita, deve ser abandonado.

Quão importante é então que estudemos as leis que regem o nosso ser, de tal forma que possamos ter o máximo de cuidado com o nosso corpo, que não nos pertence, mas ao nosso Criador, o Senhor Jeová!

O médico adventista Dr. J.H. Kellogg escreveu (antes da sua apostasia), em 1877, acerca do excesso sexual, que afecta muitos cristãos, e até mesmo os adventistas:

“The reproductive act is the most exhaustive of all vital acts.

The effects upon the female are even worse than those upon the male; for, in addition to the exhaustion of nervous energy, she is compelled to endure the burdens and pains of child-bearing…” Plain facts for old and young : embracing the natural history and hygiene of organic life, págs. 119.

(http://etext.lib.virginia.edu/etcbin/toccer-new2?id=KelPlai.sgm&images=images/modeng&data=/texts/english/modeng/parsed&tag=public&part=all)

Tradução: “O acto reprodutivo é o mais esgotante de todos os actos vitais. (…)

Os efeitos sobre a mulher são ainda piores do que aqueles sobre o homem; porque, em adição à exaustão da energia nervosa, ela é forçada a suportar os fardos e as dores do parto…”

Quer isto dizer que se nós zelamos pela nossa saúde devemos ter, entre outros cuidados, uma especial atenção ao excesso sexual, já que o sexo consome em grande maneira a nossa saúde e desgasta todo o nosso organismo.

Os excessos sexuais têm origem sobretudo nos homens, mesmo considerando que actualmente as mulheres se tornaram mais atrevidas e ousadas, mais propícias para os apetites carnais e mais susceptíveis de desejarem ser satisfeitas. Isto tem muito que ver com a mudança do papel da mulher na sociedade, assemelhando-se este, na maioria dos casos, ao do homem. O Dr. Kellogg explica um pouco como deveria ser o comportamento das mulheres, descrevendo um pouco a realidade do séc. XVIII:

“I should say that the majority of women, happily for them, are not very much troubled with sexual feeling of any kind. What men are habitually, women are only exceptionally. (…)

The best mothers, wives, and managers of households know little or nothing of sexual indulgences. Love of home, of children, of domestic duties, are the only passions they feel. As a general rule, a modest woman seldom desires any sexual gratification for herself. She submits to her husband, but only to please him; and but for the desire of maternity, would far rather be relieved from his attention.” Plain facts for old and young : embracing the natural history and hygiene of organic life, págs. 474, 475.

Tradução: “Devo dizer que a maioria das mulheres, felizmente para elas, não se preocupa muito com sentimentos sexuais de qualquer espécie. O que os homens são habitualmente, as mulheres são apenas excepcionalmente. (…)

As melhores mães, esposas e administradoras do lar pouco ou nada sabem sobre condescendências sexuais. O amor ao lar, aos filhos, aos deveres domésticos, são as únicas paixões que sentem. Como regra geral, uma mulher modesta raramente deseja qualquer gratificação sexual para si própria. Ela submete-se ao seu marido, mas unicamente para o agradar; e excepto pelo desejo de maternidade, preferiria de longe ser libertada de sua atenção.”

Ellen White concorda perfeitamente com as frases anteriores, indo ainda mais longe, ao afirmar categoricamente que o excesso sexual desgasta todo o organismo, afectando o cérebro e os nervos, e consequentemente a espiritualidade e relação com Deus:

“Não vêem [os cônjuges] que Deus requer que controlem sua vida matrimonial e evitem quaisquer excessos. Mas bem poucos sentem ser um dever religioso governar suas paixões. Uniram-se em matrimónio para o objecto de sua escolha, e raciocinam, portanto, que o casamento santifica a indulgência de paixões baixas. Mesmo homens e mulheres que professam santidade dão rédea solta a suas paixões lascivas, e não imaginam que Deus os tem por responsáveis pelo gastar a energia vital, o que enfraquece seu vigor na vida e enerva o organismo inteiro.” Testemunhos Selectos, vol. 1, pág. 267.

“O excesso sexual destruirá efectivamente o amor pelos exercícios devocionais e removerá do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, e com muita certeza esgotará a vitalidade. Nenhuma mulher deve ajudar o marido nessa obra de auto-destruição. Ela não o fará se for iluminada e tiver verdadeiro amor por ele.

Quanto mais indulgência às paixões animais for praticada, mais forte se tornarão e mais violentos serão os clamores por mais indulgência. Que mulheres e homens tementes a Deus despertem-se para o seu dever. Muitos professos cristãos estão sofrendo com paralisia de nervos e cérebro dada a sua intemperança nessa direcção.(…)

Não é o amor puro e santo que conduzirá a mulher a satisfazer as propensões animais do marido às expensas da saúde e vida. Se ela possuir verdadeiro amor e sabedoria, buscará distrair sua mente desviando-a da satisfação de paixões lascivas para temas elevados e espirituais, demorando-se em temas espirituais interessantes. Poderá ser necessário instar humilde e afectuosamente, mesmo com risco de seu desagrado, de que não pode rebaixar seu corpo por submissão ao excesso sexual. Ela deve, de modo terno e bondoso, lembrá-lo de que Deus tem a primeira e mais elevada reivindicação sobre o ser inteiro, e que ela não pode desconsiderar tal reivindicação, pois será responsável no grande dia de Deus.” Lar Adventista, págs. 124-126.

A mulher cristã tem assim um importante papel em refrear os apetites sexuais de seu marido, devendo-o distrair com temas mais elevados e espirituais.

Após estas considerações, como saberemos afinal o que é excesso sexual?!

Vamos analisar alguns textos da palavra de Deus que certamente nos irão esclarecer e ajudar a entender este tema.

“E viu Judá ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu.

E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er.

E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã. (…)

Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do SENHOR, por isso o SENHOR o matou.

Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão [Tamar], e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão.

Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão.

E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou. (…)

E vendo-a [a Tamar] Judá, teve-a por uma prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto.

E dirigiu-se a ela no caminho, e disse: Vem, peço-te, deixa-me possuir-te. Porquanto não sabia que era sua nora. E ela disse: Que darás, para que possuas a mim?” Gén. 38:2,3,4,7,8,9,10.

Vemos que tanto Judá como seus filhos, Er e Onã, não tiveram uma boa conduta cristã a nível sexual. O primeiro escolheu erradamente uma mulher cananéia, em vez de uma mulher hebreia, e teve relações extra-conjugais, ao ponto de se ter deitado com a sua nora viúva sem o saber. Os últimos, fizeram “o que era mau aos olhos do SENHOR”. Podemos compreender pelo contexto que não só Onã derramava o sémen por terra, como também seu irmão Er. Se Er não o fizesse seria de esperar que tivesse suscitado descendência a Tamar. Por essa razão é que ambos foram destruídos por Deus! (v. 7,10).

Podemos perguntar porque é que ambos, durante o acto sexual, praticavam a masturbação derramando o sémen por terra? A resposta é óbvia. Eles queriam ter relações sexuais sem terem filhos! Eles queriam satisfazer os seus apetites evitando a concepção da mulher, e isto de uma forma continuada, a fim de poderem ter uma frequência bastante regular do acto sexual. Ou seja, este foi o método contraceptivo que Er e Onã encontraram, a fim de não só impedir a concepção de Tamar, mas também poderem continuar a satisfazer as paixões carnais indeterminadamente.

Foi por isto que Deus os matou, o que quer dizer que se o Senhor Jeová actuasse hoje da mesma forma com Seu professo povo, muitos adventistas do sétimo dia seriam exterminados!

É isso mesmo, Deus proíbe os métodos contraceptivos. Isso é completamente anti-natural no que respeita às leis da saúde, tanto do homem como da mulher. Paradoxalmente, a igreja adventista do sétimo dia defende-os…

Vivemos numa era em que, erradamente, os jovens são desde cedo estimulados não só a praticarem relações sexuais, como também a usarem os métodos contraceptivos como, por exemplo, o tão famoso preservativo, que é agora distribuído gratuitamente nas escolas. As jovens são entusiasmadas, até pelas próprias mães, a utilizarem a pílula, altamente cancerígena, não só para evitar as dores do período menstrual, como também para evitarem gravidezes indesejadas. Vivemos numa época onde o hedonismo e o egoísmo prevalecem, onde a satisfação dos apetites é vista como prioridade. O sexo passou a ser simplesmente, em muitos casos, um mero instrumento dos apetites carnais, não havendo o objectivo de gerar filhos.

Mas não foi assim no inicio, pois Deus ordenou a Adão e Eva:

“Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a…” Gén. 1:28.

Esta ordem pressupõe ter relações sexuais a fim de gerar filhos, e não para satisfazer os apetites sexuais.

“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz”. Gén. 4:1

O apetite sexual deveria ser um instrumento para assegurar algo mais importante, cumprir a ordem “frutificai e multiplicai-vos” a fim de encher a Terra.

O Dr. John Harvey Kellogg escreveu:

“A very few hold that the sexual act should never be indulged except for the purpose of reproduction, and then only at periods when reproduction will be possible. Others, while equally opposed to the excesses, the effects of which have been described, limit indulgence to the number of months in the year.

Read, reflect, weigh well the matter, then fix upon a plan of action, and if it be in accordance with the dictates of better judgment, do not swerve from it.

If the suggestion made near the outset of these remarks, in comparing the reproductive function in man and animals, -- that the seasons of sexual approach should be governed by the inclination of the female, -- were conscientiously followed, it would undoubtedly do away with at least three-fourths of the excesses which have been under consideration. Before rejecting the hint so plainly offered by nature, let every man consider for a moment whether he has any other than purely selfish arguments to produce against it.” Plain facts for old and young: embracing the natural history and hygiene of organic life, pág. 487.

Tradução: “Alguns poucos defendem que o acto sexual nunca deveria ser permitido excepto para o propósito da reprodução, e assim unicamente em períodos em que a reprodução seja possível. Outros, enquanto igualmente opostos aos excessos, aos efeitos dos quais temos estado a descrever, limitam a condescendência ao número de meses do ano.

Leiam, reflictam, pesem bem o assunto, depois escolham um plano de acção, e se ele estiver de acordo com os ditames do melhor julgamento, não se desviem dele.

Se a sugestão feita aproximadamente no princípio destas observações, comparando a função reprodutiva no homem e nos animais, - que as épocas da aproximação sexual devem ser governadas pela inclinação da fêmea, - for conscienciosamente seguida, poderia sem dúvida acabar com pelo menos três quartos dos excessos que temos estado a considerar. Antes de rejeitar a sugestão tão planeadamente oferecida pela natureza, que cada homem considere por um momento se ele tem alguma outra que não seja puramente argumentos egoístas arranjados contra ela.”

“Among cattle, the sexes meet by common instinct and common will; it is reserved for the human animal to treat the female as a mere victim to his lust.” Quarterly Review.” Idem, pág. 464.


Tradução: “Entre o gado, os sexos encontram-se por instinto comum e vontade comum; o animal humano é excepção em tratar a fêmea como mera vítima do seu desejo sexual.”

“Excessive indulgence between the married produces as great and lasting evil effects as in the single man or woman, and is nothing more nor less than legalized prostitution.” Idem, pág. 465.

Tradução: “Condescendência excessiva entre casados produz efeitos nocivos tão grandes e duradouros como nos homens e mulheres solteiros, e é nada mais nada menos que prostituição legalizada.”

Kellogg apresenta ainda o caso extremo de alguém que praticava o sexo diário, demonstrando ser esse hábito, na verdade, um atentado à saúde:

“Another case came under our observation in which the patient, a man, confessed to having indulged every night for twenty years. We did not wonder that at forty he was a complete physical wreck.” Plain facts for old and young : embracing the natural history and hygiene of organic life, pág. 468.

Tradução: Um outro caso foi submetido à nossa observação, em que o paciente, um homem, confessou ter condescendido [sexualmente] cada noite durante vinte anos. Não ficamos admirados de que aos quarenta ele era um autêntico farrapo humano.

Ellen White escreveu algo muito interessante em 1870:

Muitas mulheres sofrem de grande debilidade e doenças crônicas, porque as leis de seu ser têm sido desrespeitadas; as leis da natureza foram calcadas a pés. A energia nervosa do cérebro é esbanjada por homens e mulheres, sendo invocada para uso antinatural a fim de satisfazer baixas paixões; e este odioso monstro - a paixão baixa e vil - toma o delicado nome de amor.


Muitos professos cristãos que passaram diante de mim, pareciam destituídos de domínio moral. Tinham mais de animal que de divino. Eram, na verdade, quase simplesmente animais. Homens dessa espécie degradam a esposa a quem prometeram proteger e amar ternamente. Ela é tornada um instrumento para serviço das propensões vis e concupiscentes. E muitas mulheres se submetem a tornar-se escravas de paixão concupiscente; não possuem seu corpo em santificação e honra. A esposa não conserva a dignidade e o respeito de si mesma que possuía anteriormente ao matrimônio. Esta santa instituição devia ter preservado e desenvolvido seu respeito feminil e sua santa dignidade; mas sua feminilidade pura, digna, divina, tem sido consumida no altar da vil paixão; é sacrificada a fim de agradar ao marido. Em breve ela perde o respeito por ele, que não considera as leis a que a criação irracional presta obediência. A vida conjugal torna-se jugo mortificante; pois o amor extingue-se, substituindo-o freqüentemente a desconfiança, o ciúme e o ódio.” Testemunhos Selectos, Vol. I, págs. 268, 269 (A Solemn Appeal…, pg. 44).

Ellen White está dizendo claramente que muitas doenças das quais as mulheres sofrem, são causadas pelo desrespeito às “leis de seu ser” (da mulher), por parte dos maridos. Diz-nos ainda que “as leis da natureza foram calcadas a pés” e que “a energia nervosa do cérebro é esbanjada… para uso antinatural”, leis essas às quais “a criação irracional presta obediência”. Que leis são estas às quais os animais irracionais prestam obediência, ao contrário de alguns maridos, que têm “mais de animal do que de divino”?! E porque é que ela diz que certos homens são como animais no que respeita às relações sexuais, enquanto noutro lugar honra a atitude dos animais no acasalamento?!

“The general law that the reproductive act is performed only when desired by the female, is sufficient ground for supposing that such should be the case with the human species also.”Plain facts for old and young : embracing the natural history and hygiene of organic life, pág. 463.

Tradução: “A lei universal de que o acto reprodutivo é levado a cabo apenas quando desejado pela fêmea, constitui base suficiente para supor que o mesmo deveria suceder com as espécies humanas.”

Esta frase que Kellogg escreveu sete anos depois, bem como outras que tivemos já oportunidade de analisar anteriormente, nos ajudam a compreender as frases de Ellen White. Ou seja, que os animais têm um tempo próprio para acasalar, e que os machos, mesmo nessas épocas específicas, respeitam a inclinação da fêmea, esperando que ela mesma esteja propícia para tal, não a forçando. As mesmas leis que governam o mundo animal são as mesmas que governam os seres humanos (Gén. 1:22,28), com excepção da lei moral que é apenas para os seres humanos:

“A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da Natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na Natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na Terra, é responsável perante a lei moral.” Patriarcas e Profetas, pág. 52.

No entanto, também é certo que alguns animais, como o leão, têm uma frequência muito grande do acto de acasalar. Penso que é neste sentido que Ellen White escreveu que certos homens têm “mais de animal do que de divino”, pois suas propensões sexuais são como as desses animais, excessivas, irracionais, além de obrigarem as esposas a praticar esses actos sem terem nenhuma vontade ou inclinação para isso, em detrimento de sua saúde, e isto durante uma boa parte da sua vida. Na verdade como Kellogg mencionou, isso é nada mais, nada menos que prostituição legalizada. Acredito que mesmo os animais irracionais, em determinados casos, devido ao pecado se tornaram até certo ponto “infiéis” a estas leis naturais, tal como o ser humano, isto é, seu instinto se tornou depravado.

Existem diferenças muito grandes entre o acasalamento animal e as relações sexuais entre homem e mulher, tão grandes quanto estes são superiores àqueles. Os animais o fazem de uma forma irracional, contínua, por mero instinto reprodutor, sendo que muitos acasalam com diferentes fêmeas, numa frequência elevada, e em épocas específicas do ano. A relação sexual humana deverá ser o resultado do amor existente entre marido e mulher, e envolver um acto reprodutivo responsável e voluntário.

A mulher está preparada para conceber em determinados períodos de cada mês do ano e, por isso, é possível aos pais escolherem a época do nascimento de seus filhos. Daí resulta que, se o marido não refrear os seus apetites sexuais, a menos que utilize métodos contraceptivos, o que já vimos anteriormente ser pecado e antinatural, sobrecarregará a esposa, contra sua própria vontade, com demasiados filhos.

Creio que os conselhos que Kellogg apresentou são interessantes no sentido de haver um plano ou acordo entre marido e mulher, em relação ao acto sexual em si. Este deverá ser limitado a uma vez por mês - conselho dado por alguns, visto que é com essa periodicidade que há a possibilidade de fecundação, e consequentemente que a mulher estará mais inclinada às relações sexuais.

No entanto, caso não se deseje ou não seja aconselhável uma gravidez, a relação sexual poderá ainda assim ter lugar depois de passada a época da ovulação, dado que a mulher já não será fértil nesse período e desta forma se evita o recurso aos métodos contraceptivos. Ou seja, caso seja conveniente evitar uma gravidez, deve evitar-se a relação sexual durante os cerca de 20 dias depois do início do período menstrual (para ciclos de 28 dias), podendo esta ter lugar nos dias restantes e até ao início da próxima menstruação.

Se os cônjuges dormirem separadamente, ainda que no mesmo quarto, isto os ajudará a refrearem-se e a evitar que se “inflamem” sem ser época ou momento oportuno para se ajuntarem. É interessante notar que Sara tinha uma tenda à parte de Abraão, pois depois de sua morte é-nos dito que Isaque dormiu com Rebeca na tenda de sua mãe (Gén. 24:67). Este era um costume antigo e, mais recentemente, já no século XIX, era um hábito comum, pelo menos em famílias mais abastadas ou de maior cultura. Até mesmo actualmente é um hábito recomendado por alguns especialistas.

(http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dormir-camas-separadas-fazer-bem-casal&id=4526)

Por outro lado, alguns consideram a relação sexual como devendo ter apenas a finalidade de reprodução, e não como mera satisfação sexual. Creio que esta é uma questão que merece a nossa atenção, e que tem certo sentido pois também isso faz parte das leis que regem os animais, e às quais Ellen White faz referência.

Deus disse ao homem e mulher para se multiplicarem e encherem a terra. Desta forma, até que ponto o propósito original de Deus de que o homem tivesse relações sexuais não seria apenas até que a terra se enchesse? Não deveriam então os seres humanos preencher o lugar dos anjos caídos? Não deveriam então os homens ascenderem à posição de anjos, os quais não se casam nem se dão em casamento?!

Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.” Mat. 22:30

“O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade, antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse o teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus podendo conversar com os anjos, e estes, com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência. ” Redimidos, pág. 17.

“Deus criou o homem para Sua própria glória, para que depois de testada e provada, a família humana pudesse tornar-se uma com a família celestial. Era o propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana. SDA Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.082.

Os lugares vagos surgidos no Céu pela queda de Satanás e seus anjos, serão preenchidos pelos redimidos do Senhor. Review and Herald, 29 de maio de 1900.” A Verdade Sobre os Anjos, págs. 48,49.

“E, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão no jardim de delícias [o Éden restaurado] um modelo da obra perfeita da criação de Deus, intato da maldição do pecado - modelo do que teria sido a Terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador. ” Patriarcas e Profetas, pág. 62.

Esta última frase de Ellen White demonstra com clareza que o plano original de Deus para esta terra, era o que será demonstrado no Éden restabelecido, na eternidade, quando não haverá mais casamentos nem relações sexuais. Torna-se claro e evidente que, pelo menos antes do pecado, o plano de Deus de que tanto o homem como os animais se reproduzissem (Gén. 1:22,28), seria somente até que enchessem a terra, durante um espaço de tempo limitado.

É ainda interessante, no caso de gravidez da mulher, o facto de José não ter conhecido [sexualmente] Maria durante esse período da sua vida, mas só depois de ela ter concebido (Mat. 1:25), sendo algo que merece também a nossa análise, e decerto pode ter que ver com questões de saúde (infecções, cansaço, desgaste da vitalidade), e até mesmo com a formação do carácter da criança.

Ellen White enfatiza bastante a questão da responsabilidade dos pais no decidirem quando ter filhos e em calcular qual será o resultado de aumentar a família na educação dos mesmos. Apela de uma maneira especial aos maridos a conterem e refrearem seus apetites carnais a fim de não sobrecarregarem as esposas cuja saúde seja fraca, ou que eventualmente já tenham um determinado número de filhos, que as impossibilite de cuidar e dar educação a todos eles segundo deveria ser.

Seguidamente apresento algumas frases de Ellen White que nos sensibilizam quanto a este assunto:

Antes de aumentarem a família, deviam tomar em consideração se Deus será glorificado ou desonrado se trouxerem filhos ao mundo. Deviam procurar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante cada ano de sua vida matrimonial. Testimonies, vol. 2, pág. 380.

Em vista da responsabilidade que recai sobre os pais, deve ser cuidadosamente considerado se é melhor trazer filhos à família. Tem a mãe suficiente força para deles cuidar? E pode o pai dar-se à prerrogativa de bem modelar e retamente educar a criança? Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe minam a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. (…)

Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade.

O esposo e pai deve considerar todas estas coisas, não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve ele cuidar que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada. Review and Herald, 24 de junho de 1890.

Os pais não devem aumentar a família mais depressa do que possam os filhos serem bem cuidados e educados. Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isto debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais sentem dever propiciar-lhes. Solemn Appeal, págs. 110 e 111.

A pergunta que vos compete fazer é: "Estou formando uma família para fortalecer a influência e engrossar as fileiras dos poderes das trevas, ou estou suscitando filhos para Cristo?"

Se não governais vossos filhos e não lhes modelais o caráter de modo que correspondam aos reclamos de Deus, então quanto menos filhos houver para sofrer as conseqüências de uma educação defeituosa, tanto melhor para vós, seus pais, e melhor para a sociedade. A menos que os filhos possam ser educados e disciplinados desde o berço por uma mãe sábia e judiciosa, que seja conscienciosa e diligente, e que governe sua casa no temor do Senhor, talhando e moldando o caráter deles para que possam estar à altura das normas de justiça, é pecado aumentar a família. Deus vos deu raciocínio, e quer que o useis. Testimonies, vol. 5, págs. 323 e 324.

Pais e mães, quando sabeis que sois deficientes no conhecimento de como educar vossos filhos para o Mestre, por que não aprendeis vossa lição? Por que continuais a trazer filhos ao mundo para engrossar as fileiras de Satanás? Está Deus contente com esta demonstração? Quando vedes que uma grande família sobrecarregará duramente vossos recursos; quando vedes que a mãe está cheia de filhos, e que ela não tem o tempo entre os nascimentos para fazer a obra que cada mãe necessita fazer, por que não considerais os resultados? Cada filho suga a vitalidade da mãe, e quando pais e mães não usam a razão neste assunto, que oportunidade têm os pais ou os filhos de ser devidamente disciplinados? O Senhor convida os pais a que considerem devidamente este assunto à luz de realidades eternas. Carta 107, 1890.” O Lar Adventista, págs. 162-164.

O caso de Salomão

Finalmente, quero apresentar o caso de Salomão, que é uma verdadeira advertência a cada homem e mulher. Deus lhe concedeu mais sabedoria que a qualquer outro, além de riqueza, poder, prestígio, fama, etc. No entanto, à medida que foi envelhecendo, orgulhou-se, tornou-se egoísta, e deu lugar às paixões carnais. Tomou para si muitas mulheres de todas as que desejou:

“E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias,

Das nações de que o SENHOR tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor.

E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.

Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR seu Deus, como o coração de Davi, seu pai,

Porque Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, a abominação dos amonitas.

Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do SENHOR; e não perseverou em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai.” I Reis 11:1-6.

Qual foi o resultado?

Esqueceu-se dAquele que tudo lhe concedera, adorou aos ídolos de suas mulheres pagãs, e construiu templos para eles. Salomão não se contentou com uma mulher mas teve mil mulheres (e quer o excesso sexual seja praticado com uma ou com mil mulheres, o pecado e seus respectivos resultados são os mesmos), o que constitui verdadeira prostituição. Porquê?! Porque quando um homem dá lugar às propensões carnais, esses estímulos tornam-se cada vez mais fortes, escravizando-o, não havendo mulher que o satisfaça, nem mesmo a mais formosa que exista, nem todas as mulheres deste mundo! Torna-se como um drogado, viciado numa droga.

Ele simplesmente se serviu dos dons de Deus para sua satisfação própria, tornando-se como aquele homem que vimos anteriormente, um farrapo humano… ao ponto de se ter tornado efeminado, ou seja, de ter um comportamento homossexual.

“Depois de haver sido um dos maiores reis que já empunharam um ceptro, Salomão tornou-se um libertino, instrumento e escravo de outros. Seu carácter, outrora nobre e viril, tornou-se debilitado e efeminado” Profetas e Reis, págs. 57,58.

Os excessos sexuais desviaram-no completamente de Deus ao ponto de ter sido uma maldição para a família real, e para a nação israelita, um mau exemplo para os seus filhos e homens do seu reino, um provérbio entre os povos. As muitas e belas mulheres não são de maneira nenhuma a verdadeira felicidade do homem, pois tudo se desfez em sua vida ao ponto de dizer:

“Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.” Ec. 1:2

Um Apelo

Tomemos pois o conselho de Salomão e o de Paulo:

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.” Ec. 12:1.

“Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.” II Tm. 2:22.

Paulo vai mesmo ao ponto de aconselhar os solteiros a reflectirem seriamente no celibato, bem como aos casados a que vivam como se não fossem casados a fim de poderem consagrar-se mais ao Senhor, não como algo imposto mas como uma escolha pessoal que trará bastantes vantagens na relação com Deus, tendo em mente as circunstâncias desfavoráveis (evangelização/ perseguição) para os cristãos no tempo em que Paulo escreveu.

“Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. (…)

Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.

Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.

Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. (…)

Estás ligado à mulher? não busques separar-te. Estás livre de mulher? não busques mulher.

Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos.

Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; (…)

E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor;

Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher.

Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido.

E digo isto para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor sem distração alguma.” I Cor. 7:5,7,8,9,27,28,29,32,33,34,35.

Cristo confirma as palavras de Paulo, ao ponto de demonstrar que o sexo pode ser uma pedra de tropeço para alguns devido à degradação da raça humana:

“Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.

E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.” Mat. 18:8,9.

“Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.” Mat. 19:12.

Estes conselhos aplicam-se profundamente aos tempos actuais, tempos muito difíceis, não só para o casal, como também para os filhos, pois vivemos em meio a uma geração extremamente corrupta. Eis que é chegado o fim deste mundo, e a última geração dos justos deverá consagrar-se completamente ao Senhor Jeová a fim de dar a última advertência à Terra. Por outro lado, a perseguição contra os fiéis será muito grande. Aproxima-se o tempo de angústia para as nações.

Ellen White acrescenta:

Na realidade não é prudente ter filhos agora. O tempo é curto, os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e as criancinhas, em grande parte, serão levadas antes disso. Carta 48, 1876.

Nesse século do mundo, quando as cenas da história terrestre em breve hão de terminar e estamos prestes a entrar no tempo da angústia tal como nunca houve, quanto menor o número de casamentos realizados tanto melhor para todos, homens e mulheres. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 124.” Eventos Finais, pág. 33.

Acredito que Deus nos ajudará a pôr em prática cada uma destas palavras, seja qual for a nossa condição, circunstâncias, e lugar em que nos encontremos. Deus chama-nos a uma experiência de vida em que verdadeiramente possamos viver não na carne mas no Espírito (Rm. 8:9), renunciar aos maus desejos da carne, e preparar-nos para nos encontrarmos com Cristo:

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência… Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo...” Cl. 3:1-3, 5-8

“Mais tem o SENHOR que te dar do que isso.” II Cr. 25:9

Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.” I Cor. 2:9.

Sem comentários:

Enviar um comentário

A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


Btn_blue_122x44
"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.