“Para o Vaticano importa alcançar uma nova ordem económica mundial, baseada na ética e na procura do bem comum, dedicada “aos princípios de subsidiariedade e de solidariedade”.
“Através desta nota, o Conselho Pontíficio para a Justiça e a Paz, pretende contribuir para o debate do G20, marcado para dias 3 e 4 de Novembro em Cannes, França.
Para o Vaticano importa alcançar uma nova ordem económica mundial, baseada na ética e na procura do bem comum, dedicada "aos princípios de subsidiariedade e de solidariedade".
Lembrando Encíclicas de três Papas, João XXIII, Paulo VI e Bento XVI, o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz, sublinhou que o documento propõe "a formação de uma Autoridade publica de competência universal, necessariamente super partes"(supranacional).
Este orgão deverá fazer prevalecer sempre o diálogo da razão política e jurídica com vista ao fim dos conflitos e injustiças sociais, nomeadamente "uma reforma dos sistemas financeiro e monetário internacionais que responda às exigências de todos os povos", acrescentou o cardeal.
Banco central mundial
Esta autoridade, inspirada na ONU, deveria "por-se ao serviço dos diferentes países membros, segundo o principio da subsidariedade" e "encorajar formas inéditas de solidariedade fiscal mundial", particularmente em favor das economias emergentes.
O Vaticano prõe ainda o estabelecimento de um "Banco central mundial" que governe as instituições financeiras existentes, as quais, refere, estão desatualizadas e são muitas vezes ineficazes ao lidar com as crises.
Pretende-se "ultrapassar esta situação que vê os estados lutarem permanentemente uns contra os outros", refere o documento.
O cardeal Turkson sublinhou "a autoridade deverá ter como fim específico o bem comum e deverá trabalhar e ser estruturada não como uma alavanca adicional de poder dos mais fortes sobre os mais fracos. Neste sentido deverá desenvolver um papel super partes, através do primado do direito da pessoa, de forma a favorecer o desenvolvimento integral de toda a comunidade humana, entendida - neste quadro - como a "comunidade das Nações"."
O Vaticano defendeu ainda a introdução de um imposto sobre as transações financeiras. E condicionou a recapitalização dos bancos com fundos públicos à adoção de "comportamentos virtuosos e com o objetivo de desenvolver a economia real".
Apelo Inspirado na Encíclica Caritas in Veritate, de Bento XVI
Na apresentação do documento, o cardeal Peter Kodwo lembrou ainda as recomendações da Encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate, de 2009, a qual alertava para os perigos de um sistema capitalista desregrado e para a necessidade de uma renovação cultural.
"A complexidade e gravidade da actual situação económica é uma preocupação justa, mas devemos assumir com realismo e esperança a nova responsabilidade a que nos chama o cenário de um mundo necessitado de uma profunda renovação cultural e da redescoberta dos valores de fundo sobre os quais contruir um futuro melhor" escrevia então o Papa.
Segundo o cardeal Peter Turkson, o documento hoje apresentado tem por objectivo "fazer de novo as forças, em particular as financeiras, serem instrumentos fundamentais ao serviço do progresso e do desenvolvimento geral da economia real".
O documento abre com uma citação de Paulo VI, da Encíclica Populorium progressio, de 1976, em plena guerra fria: "A actual situação do mundo exige uma acção conjunta baseada numa visão clara de todos os aspetos económicos, sociais, culturais e espirituais", sublinhando ainda que o papel da Igreja, sob o impulso do Espírito Santo, é unicamente servir o bem comum, seguindo o exemplo de Cristo.”
Não são necessários grandes comentários. Afinal de contas este é um tema que tem vindo a ser progressivamente agitado por diferentes políticos internacionais como o presidente Bush. A igreja católica, apesar das fortes críticas por causa dos seus vergonhosos casos de pedofilia, emerge como uma força espiritual que contagia de “esperança” os governantes e as multidões. Depois de tantos fracassos no mundo da política e perante a catastrófica situação económica mundial, importa encontrar uma solução rápida, “mesmo que seja do Vaticano”!
O papa Bento XVI insurge-se assim como alguém que não só apela para a Nova Ordem Mundial, mas como um líder mediador entre as nações para o bem comum. Passo a passo, o controle da igreja católica sobre as nações se estabelece, anunciando-se um decreto dominical mundial.
A ameaça sobre o povo do Altíssimo Criador é clara!
Aliás, se analisarmos as “cruzadas” ocidentais no mundo muçulmano a pretexto do bem comum durante o corrente ano 2011, vemos como a opinião pública foi forjada por meio das televisões, a fim acatarem as decisões dos líderes mundiais e matarem se necessário for aqueles que são considerados terroristas, rebeldes ou que pressupostamente afectem o bem comum.
Ou seja, a morte de Kadafhi, e a queda do seu governo, conforme é noticiada, é um símbolo do que se fará a qualquer que desafiar esta Nova Ordem Mundial.
Não é esta notícia uma ameaça aos fiéis de Yahuh?
Não sabemos nós que os guardadores do Verdadeiro Sábado serão acusados de serem terroristas e causadores de desgraças mundiais por não guardarem o domingo?!
Firmemo-nos sobre a Rocha enquanto podemos…
Sem comentários:
Enviar um comentário