A rejeição da mensagem da justificação pela fé, apresentada na assembleia de Minneapolis, em 1888, foi uma clara apostasia. E continua a sê-lo, na medida em que essa mensagem só é aceite pela igreja em teoria.
“Justificação pela fé não é uma teoria. As pessoas podem sustentar uma teoria a respeito, e ao mesmo tempo ser ignorantes da justiça de Deus e continuar tentando estabelecer a sua própria justiça. [ref. a Rom. 10:3 e 4]” Cristo Nossa Justiça, de Arthur G. Daniells, pág.25 e 26.
“Por quase dois anos, temos instado o povo a apresentar-se e aceitar a luz e a verdade concernentes à justiça de Cristo, e muitos não sabem se vêm e lançam mão desta preciosa mensagem ou não. Estão presos pelas suas próprias ideias. Não permitem a entrada do Salvador.” Review and Herald, 11 de Março de 1890. (Publicado no livro: Cristo, Nossa Justiça, de Arthur G. Daniells, pág. 66).
Como acabamos de citar, Ellen White claramente diz, referindo-se ao seu tempo, que o povo não permitiu a entrada do Salvador, Jesus Cristo, na medida em que continuavam tentando estabelecer a sua própria justiça. O que nos diz a bíblia acerca deste assunto? Em Apoc. 3: 14-20, podemos ler acerca da actual condição da igreja. Mas o versículo 20, de uma forma bastante clara, nos mostra que o Salvador ainda não entrou no coração dos Laodiceanos, porque nos é apresentado como estando ainda à porta, batendo e desejando entrar.
Deus deu à igreja adventista do sétimo dia a importante missão de pregar a mensagem dos três anjos (Apoc. 14: 6-12). Mas como poderá a igreja cumprir essa missão se não é Cristo que habita no coração da maioria de seus membros? E se não é Cristo, então quem é??
“Pessoa alguma pode ocupar uma posição neutra; não há classe neutra que nem ama a Deus nem serve ao inimigo da justiça. Cristo deve viver em Seus instrumentos humanos… Aquele que não se entregou inteiramente a Deus, acha-se sob o controle de outro poder, escutando outra voz, cujas sugestões são de carácter inteiramente diverso. Um serviço pela metade coloca o agente humano do lado do inimigo, como bem-sucedido aliado das hostes das trevas.” O Maior Discurso de Cristo, pág. 94.
Como pode a igreja dar ao mundo a mensagem da queda de Babilónia, se ela, em grande medida, se está a embriagar com o vinho de Babilónia? E como proclamar lá fora a mensagem do terceiro anjo se a igreja ainda não entendeu nem está a viver a mensagem da justificação pela fé, que é o coração da 3ª mensagem angélica? (Eventos Finais, pág. 172).
E que dizer do braço direito da nossa mensagem, a chamada reforma pró-saúde? Em nossas “expo-saúde” e seminários de nutrição apresenta-se a mensagem da saúde ao mundo, mas a sua eficácia é negada pela esmagadora maioria dos pastores e membros da igreja. O mais triste é que o corpo da mensagem, as três mensagens angélicas que Deus ordenou dar ao mundo, não se dá, contentando-se a igreja em dar uma parte incompleta da mensagem, ou seja a da saúde, não atingindo o seu objectivo principal.
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