É desígnio de Deus que, mediante Seus servos, os doentes, os desafortunados, os possuídos de espíritos maus, Lhe ouçam a voz. Deseja, mediante Seus instrumentos humanos, ser um Confortador tal como o mundo não conhece.
"Os seguidores de Cristo devem trabalhar como Ele o fez. Cumpre-nos alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os doentes e aflitos. Devemos ajudar aos que estão em desespero, e inspirar esperança aos desanimados. E a nós também se cumprirá a promessa: "A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." Isa. 58:8. O amor de Cristo, manifestado em abnegado serviço pelos outros, será mais eficaz em reformar os malfeitores, do que a espada ou os tribunais de justiça. Estes são necessários para incutir terror aos transgressores, mas o amorável missionário pode fazer mais do que isto. Muitas vezes o coração se endurece sob a repreensão; mas se abrandará sob a influência do amor de Cristo. O missionário não somente pode aliviar os incômodos físicos, mas conduzir o pecador ao grande Médico, o qual é capaz de purificar a alma da lepra do pecado. É desígnio de Deus que, mediante Seus servos, os doentes, os desafortunados, os possuídos de espíritos maus, Lhe ouçam a voz. Deseja, mediante Seus instrumentos humanos, ser um Confortador tal como o mundo não conhece." O Desejado de Todas as Nações, págs. 350, 351.
É interessante compararmos esta frase de Ellen White com os seguintes versos:
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Paráclito [traduzido normalmente por Consolador], a fim de que esteja para sempre convosco.
o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos, eu voltarei a vós.” Jo. 14:16-18 (SBB).
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis. Se alguém pecar, temos para com o Pai um Paráclito [traduzido normalmente por Advogado; é também um dos significados possíveis para esta palavra grega], Jesus Cristo o justo”. I Jo. 2.1 (SBB).
Lemos sobre “um outro Paráclito”, “o Espírito da verdade” e “um Paráclito”. Quantos Paráclitos existem entre nós e Deus? Apenas “um…Jesus Cristo”. Jesus disse de Si mesmo ser a verdade (Jo. 14:6), por isso se referiu ao Seu Espírito, “o Espírito da verdade”, Sua presença ou influência espiritual em nós. Jesus não poderia estar em todo o lugar ao mesmo tempo, mas somente por meio de Seu Espírito, daí a expressão “outro”. De uma outra forma!
Podemos ainda notar que existe uma comparação muito interessante. Primeiramente lemos que “Deus…. Deseja, mediante Seus instrumentos humanos, ser um Confortador tal como o mundo não conhece”. Depois lemos "o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece." O Espírito de Cristo é o Espírito de Seu Pai (Rm. 8:9), e tão somente o possuem e conhecem aqueles que verdadeiramente amam a Cristo. É interessante, que Deus seja chamado de “Confortador”. Sim, por meio de Cristo (Jo. 3:16), e finalmente até mesmo por nosso meio, Seus discípulos.
Na verdade, ninguém conhece a Deus senão por intermédio de Seu Filho (Jo. 14:9). Por isso Jesus disse que “vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”. A quem conheciam os discípulos, e quem habitava com eles? Jesus Cristo (Jo. 1:14). Como se cumpre o “estará em vós”?
“Respondeu Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e faremos nele morada.” Jo. 14:23.
Quantos sujeitos existem neste verso? Jesus e Seu Pai. São eles que estarão em nós!
Eles não estão “apertados” dentro de nós. A Sua presença nos alivia (Mt. 11:28). O Filho recebeu o Espírito de Seu Pai, e nós de Cristo (Jo. 6:57). Essa influência e poder, “Deus…. Deseja, mediante Seus instrumentos humanos” manifestá-la ao mundo.
Estamos nós dispostos a cumprir tão honrada missão?!
Temos a confortadora promessa de Sua presença em nós: “Não vos deixarei órfãos, eu voltarei a vós”!
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