Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eliú - Um Mensageiro do Senhor

Btn_blue_30x30(continuação da série de artigos sobre o livro de Job. Para fazer download deste ou dalgum outro dos artigos anteriores clica no quadrado azul )

“E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Job se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.” Job 32:2


Curiosamente os primeiros 31 capítulos do livro de Job nada dizem acerca deste homem. Não sabemos em que momento chegou junto de Job e seus três amigos, Elifaz, Sofar e Bildad, mas sabemos que Eliú presenciou, se não toda, pelo menos uma boa parte da conversação, “porém, esperou para falar a Job, porquanto tinham mais idade do que ele.” (Job 32:4). Mas no capítulo 32 ele começa a falar, e o seu discurso é que vai revelar a Job a razão do seu sofrimento.



Eliú Repreende Job



"Vendo, pois, Eliú que já não havia resposta na boca daqueles três homens, a sua ira se acendeu. E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, dizendo: (...) Também eu responderei pela minha parte; também eu declararei a minha opinião. Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange. Falarei, para que ache alívio; abrirei os meus lábios, e responderei. (...) Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Job 32:5,6,17,18,20,21.



"Assim, na verdade, ó Job, ouve as minhas razões, e dá ouvidos a todas as minhas palavras. (...) Se podes, responde-me, põe em ordem as tuas razões diante de mim, e apresenta-te. (...) Na verdade tu falaste aos meus ouvidos; e eu ouvi a voz das tuas palavras. Dizias: Limpo estou, sem transgressão; puro sou, e não tenho iniquidade. (...) Eis que nisso não tens razão; eu te respondo; porque maior é Deus do que o homem." Job 33:1,5,8, 9,11,12.


Lembram-se da visão que Elifaz teve? (Job 4:12-17) Logo no início da conversa entre Job e os seus três amigos, Elifaz, o primeiro a manifestar-se contou a visão que teve, onde Deus lhe revelou claramente o motivo de todo aquele sofrimento, o grande pecado de Job: "Pode o mortal ser justo diante de Deus? Pode o varão ser puro diante do seu Criador?” Job 4:17. Porque então continuaram a discussão, tentando descobrir qual era o problema de Job, como se nada tivesse sido revelado?



Eliú agora, referindo-se a este incidente, disse: "Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama. Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução, para apartar o homem daquilo que faz, e esconder do homem a soberba. Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada. Também na sua cama é castigado com dores; e com incessante contenda nos seus ossos; De modo que a sua vida abomina até o pão, e a sua alma a comida apetecível. Desaparece a sua carne a olhos vistos, e os seus ossos, que não se viam, agora aparecem. E a sua alma se vai chegando à cova". Job 33:14-22.


É interessante como este texto nos revela a forma de Deus lidar com os homens para os apartar dos seus pecados. É a descrição exacta da forma como Deus lidou com Jó. Deus queria livrá-lo da sua justiça própria e por isso deu uma revelação, um sonho, a um dos seus amigos. E também castigou Jó com dores de tal maneira que até da comida e da própria vida ele se enfadou. No seu discurso, Jó tinha dito:



"Assim me deram por herança meses de vaidade; e noites de trabalho me prepararam. Deitando-me a dormir, então digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até à alva. A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável. " Jó 7:3-5.



"Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo? A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante." Jó 6:6,7.



"Dizendo eu: Consolar-me-á a minha cama; meu leito aliviará a minha ánsia; Então me espantas com sonhos, e com visões me assombras; Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação; e antes a morte do que a vida. A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias." Jó 7:13-16


"A minha alma tem tédio da minha vida". Jó 10:1.


Continuando a analisar o discurso de Eliú, no cap. 33, podemos entender claramente qual foi o papel de Eliú. Ele foi o intérprete, o mensageiro que declarou a Jó a sua rectidão, ou seja, o seu dever:



"Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete, um entre milhares, para declarar ao homem a sua retidão [nalgumas traduções: qual é o seu dever], então terá misericórdia dele, e lhe dirá: Livra-o, para que não desça à cova; já achei resgate."(v. 23, 24)
E, finalmente, temos uma bonita promessa àqueles que aceitam a repreensão do Senhor e se apartam dos seus pecados:


"Sua carne se reverdecerá mais do que era na mocidade, e tornará aos dias da sua juventude. Deveras orará a Deus, o qual se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça." (v.25, 26).



Como veremos mais adiante, esta promessa cumpriu-se na vida de Jó, porque ele aceitou a repreensão e arrependeu-se da sua amargura contra Deus e da sua justiça própria.



Eliú continuou a falar a Jó: "Olhará para os homens, e dirá: Pequei, e perverti o direito, o que de nada me aproveitou. Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova, e a minha vida verá a luz. Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem, para desviar a sua alma da perdição, e o iluminar com a luz dos viventes. Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei. Se tens alguma coisa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te. Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria." (v. 27-33).



O Caminho da Justiça



Eliú, como um verdadeiro mensageiro do Senhor, desejava que Jó fosse justificado, por isso queria ensinar-lhe o caminho da justiça (Mt. 21:32), ou seja, o único meio pelo qual Jó se poderia tornar justo. Para isso teve de lhe mostrar primeiro como ele estava no caminho errado (Mt. 5:20). Jó estava errado na forma como via a Deus e a si próprio. Eliú vai defender a justiça de Deus:

"Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito. Apesar do meu direito sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão. (...) Porque disse: De nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus. Portanto vós, homens de entendimento, escutai-me: Longe de Deus esteja o praticar a maldade e do Todo-Poderoso o cometer a perversidade! Porque, segundo a obra do homem, ele lhe paga; e faz a cada um segundo o seu caminho. Também, na verdade, Deus não procede impiamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo. (...) Porventura o que odiasse o direito se firmaria? E tu condenarias aquele que é justo e poderoso? Ou dir-se-á a um rei: Oh! Vil? Ou aos príncipes: Oh! ímpios? Quanto menos àquele, que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque todos são obras de suas mãos. (...) Jó falou sem conhecimento; e às suas palavras falta prudência. Pai meu! Provado seja Jó até ao fim, pelas suas respostas próprias de homens malignos. Porque ao seu pecado acrescenta a transgressão; entre nós bate palmas, e multiplica contra Deus as suas palavras." Jó 34:5,6,9-12,17,35-37.


"Respondeu mais Eliú, dizendo: Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus? (...) Logo Jó em vão abre a sua boca, e sem ciência multiplica palavras." Jó 35:1,2,16 Eliú apela agora a Jó a lembrar-se que Deus é o Criador, ou seja, a manter-se no seu devido lugar perante Deus, como criatura, em vez de procurar julgá-Lo:

"Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus. De longe trarei o meu conhecimento; e ao meu Criador atribuirei a justiça. Porque na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que tem perfeito conhecimento. Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza; grande é em força e sabedoria. Ele não preserva a vida do ímpio, e faz justiça aos aflitos. Do justo não tira os seus olhos; antes estão com os reis no trono; ali os assenta para sempre, e assim são exaltados. (...) Mas tu estás cheio do juízo do ímpio; o juízo e a justiça te sustentam. Porquanto há furor, guarda-te de que não sejas atingido pelo castigo violento, pois nem com resgate algum te livrarias dele." Jó 36:1-3,5-7,18.



"Lembra-te de engrandecer a sua obra, que os homens contemplam. Todos os homens a vêem, e o homem a enxerga de longe. Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos, e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar." Jó 36:24,26.



"A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; pára, e considera as maravilhas de Deus. Porventura sabes tu como Deus as opera... ? Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos? (...) Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça." Jó 37:14-16,23.

O Remanescente Fiel

Enquanto Jó é um símbolo de Laodiceia, pela sua justiça própria, Eliú representa os mensageiros que Deus utiliza hoje para mostrar a Laodiceia o seu pecado e "livrar a sua alma da espada", ou seja livrá-los de serem vomitados. (Ez. 9; Ap. 3:16-19)


"Deus opera por intermédio dos que ouvem a Sua voz e Lhe obedecem, e que, sendo necessário, falam verdades desagradáveis, e não temem reprovar pecados populares." O Grande Conflito, pág. 457.

Tal como nos dias de Eliú, aqueles que defendem a honra e justiça de Deus, aqueles que chamam o pecado pelo seu nome e "não temem reprovar pecados populares", também hoje são apenas "um entre milhares". Mas eles existem. Pelo fruto se conhece a árvore.

O êxito da mensagem que levam depende da forma como reagem aqueles aos quais a mensagem é dirigida. Graças a Deus Jó reagiu de forma positiva e por isso Deus pôde abençoá-lo, cumprir a Sua promessa na sua vida. Como reagirá Laodiceia? A resposta é individual.
A serva do Senhor escreveu: "Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-a a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus.

O testemunho da Testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que operar arrependimento profundo, e todos os que de fato o receberem, obedecer-lhe-ão e serão purificados." Testemunhos Selectos, vol. 1, pág. 60.

Está escrito que se iriam desenvolver dois grupos. Um grupo que escolheria permanecer morno, continuando a sentir-se rico e sem falta de nada, satisfeito com as suas boas obras, considerando-se justo, sendo não obstante "desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". (Ap. 3:17) Esse é o grupo de pessoas que a Bíblia afirma que seria vomitado. O outro grupo seria constituido por pessoas que aceitariam as advertências de Deus, por meio dos Seus mensageiros. Aceitariam o testemunho da Testemunha fiel e verdadeira (Ap. 3:14-22). Veriam a sua miséria, arrepender-se-iam e voltariam para o Senhor. Este último grupo constitui o remanescente fiel de Deus. São estes que Deus poderá utilizar para dar o alto clamor ao mundo. Pois estão revestidos pela justiça de Cristo.


Queres fazer parte deste grupo? Escolhe hoje de que lado vais estar. Pela tua reação ás advertências da Testemunha Fiel (Cristo), na pessoa dos Seus mensageiros, estás a determinar de que lado vais estar!

No próximo e último artigo acerca de Jó iremos analisar a repreensão que o próprio Deus deu a Jó, o seu arrependimento e o consequente resultado. Ver: http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2010/04/o-arrependimento-de-jo.html

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A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.