Aparentemente pode até parecer um livro que defenda a validade do sábado, o 7º dia. Mas poderia o Vaticano autorizar e imprimir um livro que não defendesse os seus interesses?! Poderia o papa aprovar algo que não promovesse sua causa?!
Reparem:
Como diz o título “Do Sábado Para o Domingo”, o livro não passa de um sublime estratagema de teologia e história eclesiástica, palha e um grande amontoado de opiniões de homens, numa tentativa de demonstrar que de facto passou-se de um para o outro, no devido tempo e com boas razões. Isto é, que afinal de contas os católicos e protestantes estão justificados em guardar o domingo, que se deve respeitar essa posição, que tal não é pecado, e que não é por se guardar o sábado que seremos salvos!
Reparem:
Como diz o título “Do Sábado Para o Domingo”, o livro não passa de um sublime estratagema de teologia e história eclesiástica, palha e um grande amontoado de opiniões de homens, numa tentativa de demonstrar que de facto passou-se de um para o outro, no devido tempo e com boas razões. Isto é, que afinal de contas os católicos e protestantes estão justificados em guardar o domingo, que se deve respeitar essa posição, que tal não é pecado, e que não é por se guardar o sábado que seremos salvos!
O mais grave é que Samuele Bacchiocchi, o autor do livro, era um teólogo adventista do 7º dia. Muito francamente, alguém que conheça a verdade, e se decida a contaminar estudando numa universidade do Vaticano, demonstra com clareza ser do mesmo exército. Como poderão andar dois juntos se não estiverem de acordo?! Mais um Jesuíta…
Um dia um professor disse-me que se queremos saber se um livro é interessante, importa ler a conclusão. Como tal, gostaria de colocar para vossa análise algumas frases da parte final do livro em questão:
“A forma plural “sabbata” refere-se exclusivamente ao sábado sétimo dia? O fato de que o plural tem três significados, a saber (1) vários sábados (LXX Eze. 46:3; Isa.1:13; Atos 17.2), (2) um sábado, (apesar do plural-LXX Êxo. 20:11; Mat. 1:21; 2:23-24; 3-2-4), e (3) a semana toda (cf. os títulos dos Salmos na LXX, Sal.23:1; 47:1 93:1; Mar. 16:2; Luc. 24:1; Atos 20:7) tem levado muitos a acreditar que em Colossenses o termo se refere não exclusivamente ao sábado do sétimo dia mas também a “dias da semana”.63 Esta posição merece consideração pois a enumeração realmente sugere festividades anuais, mensais e semanais. E ainda mais, o fato de que em Gálatas 4:10 (cf. Rom. 14:5), onde Paulo se opõe a um falso ensino marcadamente semelhante que insistia na observância de “dias, e meses, e tempos e anos,” a lista começa com “dias-hmeraς” (plural) dá-nos razões para acreditar que os “sábados” em Colossenses incluem outros dias além do sábado. Neste caso, Paulo está advertindo contra a observância de dias santos anuais, mensais e semanais em geral (incluindo o sábado). Também se encontra apoio para esta justaposição no qual “comer e beber” e a observância de tempos sagrados são colocados. A mesma correlação entre o comer-não-comer e a observância de dias é sugerida em Rom. 14:2 e 5. É, portanto, totalmente possível que os “dias” de Romanos e Gálatas, e os “sábados” de Colossenses, estão inter-relacionados, incluindo, além do sábado, outros dias da semana caracterizados por jejum ou tabus dietéticos.” Pág. 213.
“O princípio de agir segundo as convicções próprias e de respeitar um ponto de vista diferente (Rom. 14:3, 10, 13-16, 19-21) na questão de dietas e dias, se sobressai em Romanos em óbvio contraste com o princípio da justificação pela fé. Quanto a este, Paulo duramente se recusa a comprometer; quanto àquele, reconhece a consciência do indivíduo como a autoridade final. O que faz esta óbvia diferença? A resposta deve ser encontrada na compreensão que Paulo tinha do que é essencial e o que não é para a salvação. Que a fé em Jesus Cristo é a base da salvação, é para Paulo um princípio inquestionável e essencial (cf. Rom. 3:22, 26, 27, 28, 31; 4:3, 13, 22-25; 5:1). Porém, como a fé é experimentada e expressa de modo diferente em cada indivíduo, o modo pelo qual a fé é praticada não é essencial. “Que cada um”, diz Paulo, “seja completamente convencido em sua própria mente” (14:6). O principio básico repetidamente estabelecido pelo Apóstolo para determinar a legitimidade da observância de dias ou regras dietéticas, deve ser o de estar seguro de que se é motivado por um desejo consciente de se honrar ao senhor (“observe ao Senhor — curiw fronei” 14:6, 7, 18; cf. I Cor. 16:31).” Pág. 216.
“Na base deste principio, podemos perguntar, poderia Paulo ter advogado o abandono da observância do sábado? É difícil acreditar que ele teria considerado tal prática empecilho para se honrar ao Senhor, quando ele mesmo “costumeiramente” (Atos 17:2) se reunia com “judeus e gregos” no sábado na sinagoga (Atos 18:4). W. Rordorf argumenta que Paulo assume uma posição dupla. Com respeito aos cristãos judeus “fracos” ele lhes concede liberdade para observar a lei, inclusive o sábado. Por outro lado, aos cristãos gentios “fortes” ele concede absoluta “liberdade de qualquer observância da lei”, particularmente do sábado.76 Pode esta conclusão ser legitimamente tirada de Romanos 14? Observe-se que o conflito entre o “fraco” e o “forte” sobre dieta e dias está relacionado somente remotamente (se estiver) à lei mosaica. O “homem fraco” que “come somente legume” (14:2) não bebe vinho, (14:21) e “considera um dia melhor (aparentemente para jejuar) que outro” (14:5) não pode reivindicar apoio para tais convicções provenientes do Velho Testamento. Em lugar algum prescreve a lei mosaica estrito vegetarianismo, total abstinência de vinho e uma preferência por dias de jejum.77 Semelhantemente, o “homem forte” que “crê que pode comer qualquer coisa” (14:2) e que “considera iguais todos os dias” não está assegurando sua liberdade da lei mosaica mas, das crenças ascéticas aparentemente derivadas o judaísmo sectário.78 A discussão toda então, não é sobre a liberdade de se observar a lei versus a liberdade de não observá-la, mas concerne a escrúpulos “não essenciais da consciência, ditados, não por preceitos divinos, mas por convenções e superstições humanas. Uma vez que estas convicções e costumes divergentes não minavam o fundamento do evangelho, Paulo aconselha tolerância e respeito mútuos neste assunto.” Págs. 216, 217.
“Ao condicionarem a justificação e aceitação por Deus a coisas tais como a circuncisão e a observância de dias e tempos, os gálatas estavam tornando a salvação dependente da realização humana. Para Paulo isto era traição ao evangelho: “Separados estais de Cristo, vós que vos justificais pela lei; da graça tendes caído” (Gal. 5:4) É dentro deste contexto que a denúncia que faz Paulo da observância de dias e tempos deve ser compreendida. Se a motivação para estas observâncias não houvesse minado o princípio vital da justificação pela fé em Jesus Cristo, Paulo somente teria recomendado tolerância e respeito (como o faz em Romanos 14), mesmo se alguns idéias fossem estranhas ao ensino do Velho Testamento.” Págs. 217, 218.
“Terceiro, o fato de que Paulo recomenda tolerância e respeito mesmo com relação a diferenças em dieta e dias (Rom.14:3-6) oriundos de convenções humanas, indica que na questão de “dias” ele era demasiado liberal para promover o repúdio do mandamento do sábado e a adoção da observância do domingo em seu lugar. Houvesse ele feito assim e teria encontrado oposição e discussões intermináveis com os advogados do sábado. A ausência de qualquer traço de tal polêmica é talvez a mais clara evidência do respeito de Paulo para com a instituição do sábado.” Pág. 218.
“Em última análise, então, a atitude de Paulo para com os sábados deve ser determinada não na base de suas denúncias das observâncias heréticas e supersticiosas que possivelmente incluíam a guarda do sábado, mas sim na base de sua atitude para com a lei como um todo. A falha em não distinguir entre o conceito de Paulo para com a lei como um corpo de instrução que ele considera “santo justo e bom” (Rom. 7:12; cf. 3:31; 7:14, 22) e da lei como um sistema de salvação separado de Jesus Cristo, que ele energicamente rejeita, é, aparentemente, a causa de muito mal-entendido quanto à atitude de Paulo para com o sábado. Não há dúvida que o Apóstolo respeitava aquelas instituições do Velho Testamento que ainda tinham valor aos cristãos.” Pág. 218.
“Por outro lado, sempre que estes costumes ou semelhantes eram promovidos como base de salvação, ele denunciava em termos inequívocos sua função desvirtuada. Poderíamos dizer, portanto, que Paulo rejeitava o sábado como meio de salvação, mas aceitava-o como sombra apontando para a substância que pertence a Cristo.” Págs. 218, 219.
Não sou nenhum especialista nestes assuntos, mas a linguagem utilizada faz-me lembrar a dos meus professores enquanto estudei teologia. Como se diz em português, “dão uma no cravo e outra na ferradura”! Ou seja, ora se diz uma coisa, ora se diz outra, diz-se e contradiz-se. Tese, antítese, síntese.
Bacchiocchi começa por meter o sábado no mesmo saco dos outros dias da semana. Aplica a linguagem que Paulo utilizou ao falar de dias e sábados em Romanos, Gálatas e Colossenses, como se referindo tanto ao sábado como aos restantes dias da semana. Posteriormente vai afirmar o contrário, segundo as conveniências!
Quem ler o livro, notará o misticismo, a incerteza, a prejuração com os quais se envolve o sábado. É significativo que ao se colocar o sábado no mesmo saco dos “dias”, e ao falar-se de “agir segundo as convicções próprias e de respeitar um ponto de vista diferente (Rom. 14:3, 10, 13-16, 19-21) na questão de dietas e dias”, dá-se lugar à apostasia. Ou seja, poderá pressupor-se que se cada um faz conforme lhe apetece, achando que está a servir ao Altíssimo, então tem que ser respeitado, nem que esteja a guardar o domingo. Ainda para mais, afirma-se que o essencial do que Paulo nos quer transmitir é acerca daquilo que é para a nossa salvação.
Lamentavelmente, o próprio autor afirma que o sábado, e consequentemente qualquer dos mandamentos, não é essencial para a nossa salvação. É verdade que somos salvos pela graça (Ef. 2:8), no entanto, viver na graça não significa viver à margem dos mandamentos, segundo as convicções e fé de quem quer que seja. É puro ecumenismo afirmar que se deve permitir que alguém actue segundo as suas convicções religiosas desde que não mine o fundamento do evangelho, a justificação pela fé, mesmo se tais convicções sejam contrárias aos ensinamentos do velho testamento. Isto é ousadia a mais, é não ter vergonha, nem escrúpulos pela verdade, é denunciar-se a si mesmo.
Que espécie de salvação preconiza o autor se não houver uma aceitação, e consequente obediência aos princípios de Yahuh?! Por isso tal afirmação é muito perigosa e abre margem para a aceitação de uma futura lei dominical.
Mas ele não ficou por aqui. Sugere que Paulo, embora seja “difícil de acreditar”, tenha “advogado o abandono da observância do sábado”, sendo liberal, e que só não mudou o sábado para o domingo para não criar problemas e conflitos, nem impor nada a ninguém. É satânica esta linguagem. É dizer que ele respeitava o sábado, mas não que fosse seu defensor, ao ponto de ser capaz de abdicar dele para guardar o domingo!
A linguagem do autor apresenta um Paulo que considera o sábado inserido num conjunto de instruções boas, mas não imutáveis, pois também vai ao ponto de afirmar que certas instituições do velho testamento, entre as quais ele mesmo incluiu o sábado, “ainda tinham valor aos cristãos”. Ou seja, que um dia poderiam deixar de ter!
Como conclusão e cúmulo da linguagem da serpente, o autor desafortunadamente vai ao ponto de afirmar que “Poderíamos dizer, portanto, que Paulo rejeitava o sábado como meio de salvação, mas aceitava-o como sombra apontando para a substância que pertence a Cristo”.
Quanto à primeira parte já fiz alguns comentários, mas não chegam!
Nenhum cristão genuíno pensa no sábado, ou em qualquer outro mandamento, como meio de salvação mas como parte da salvação, da restauração da imagem do Altíssimo no homem, oferecidas por Yahushua, nosso Salvador. Dessa forma, se alguém que pretende servir ao Altíssimo voluntariamente guarda o domingo em vez do sábado ordenado por Ele, não poderá salvar-se, pois justificação pela fé implica obediência (Tg. 2:14-26).
Quanto à segunda parte da frase, ao apresentar o sábado como uma sombra, apresenta-o como algo indefenido, incerto, místico. Daí deduz-se que o mais importante não é o sábado em si, mas o facto de que ele aponte para o Ungido. Infelizmente o autor não explicou porque razão é que o sábado apontava para o Ungido, apenas se limitou a “provar” que Col. 2:16 se refere ao sábado semanal e não aos sábados cerimoniais (mentira!). Sim, estes últimos eram na verdade uma sombra de Yahushua, no sentido em que apontavam para o Seu sacrifício no futuro.
Mas o sábado semanal, o sétimo dia, (aquele que vem depois da sexta-feira e antes do domingo, para que não restem dúvidas!) não é uma sombra, mas algo imutável! (Is. 66: 22, 23; Mat. 5:17,18).
Por outro lado, o dizer que o sábado é uma “sombra apontando para a substância que pertence a Cristo” é uma clara menção à eucaristia dominical. Esta é uma forma muito estranha de terminar um livro que supostamente defende o sábado!
Finalmente, este livro, cujos intentos estão bem manifestos nesta conclusão, é uma verdadeira tentativa de justificar a alteração papal “Do Sábado Para o Domingo”.
Não é por acaso que a capa original do livro apresenta uma luz sendo projectada sobre as letras do sábado, produzindo as letras do domingo em sombra:
Ou seja, o que o autor pretende instalar no subconsciente, e até no consciente dos leitores, é que a luz que o Altíssimo projectou foi de molde a justificar uma mudança “ Do Sábado Para o Domingo”, e que na verdade, o sábado que Ele ordena guardar passou a ser o domingo.
Meu irmãos, a estratégia de Roma não mudou!
Muito em breve sairá um livro sobre o sábado, e que será distribuído pela igreja adventista do sétimo dia, pelo menos em Portugal, cujo padrão é o mesmo, ou seja, é de molde a preparar o professo povo do Altíssimo, que pretende guardar o sábado de Yahuh, para a aceitação da lei dominical.
(Ver:http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/05/o-ultimo-engano-da-publicadora-servir.html)
(Ver:http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/05/o-ultimo-engano-da-publicadora-servir.html)
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